Reveja aqui as principais incidências da partida
Os londrinos do norte podiam, por isso, encarar o jogo com alguma confiança, embora fosse necessário conter uma eventual tendência para arriscar demasiado frente a uma das equipas que mais rapidamente sai em transição no futebol europeu.
500.ª presença de Marquinhos
Frank fez quatro alterações em relação ao onze que defrontou o Copenhaga, lançando Djed Spence, Archie Gray, Richarlison e Lucas Bergvall para os lugares de Xavier Simons, Wilson Odobert, Destiny Udogie e Brennan Johnson.
Luis Enrique surpreendeu ao deixar no banco o talismã do PSG, Ousmane Dembele, enquanto Achraf Hakimi continuava indisponível devido a lesão.
Marquinhos cumpriu o 500.º jogo pelo PSG em todas as competições, tendo sido titular em 459 dessas partidas, enquanto Randal Kolo Muani tinha algo a provar frente ao seu clube de origem, já que não marcava há 16 jogos na Liga dos Campeões, desde que fez o gosto ao pé pelos parisienses frente ao Milan em outubro de 2023.
PSG assume o controlo desde cedo
Sem surpresa, o domínio inicial pertenceu aos detentores do troféu, com o PSG a registar 80% de posse de bola e quatro remates no primeiro quarto de hora. No entanto, ainda não tinham conseguido qualquer toque na área dos Spurs nesse período.
O Tottenham esforçou-se, mas pouco fez em termos ofensivos e, de facto, não conseguiu qualquer remate nos primeiros 30 minutos pelo segundo jogo consecutivo.
O último jogo dos Lilywhites frente ao Arsenal foi um desastre em quase todos os aspetos, pelo que o início desta partida não augurava nada de bom. Frank também não terá ficado satisfeito por ser já a quarta vez em 2025/26 que algo semelhante acontecia.
Incrivelmente, apesar de estarem sob pressão durante tanto tempo, foram os visitantes a inaugurar o marcador, com Richarlison a aparecer de cabeça após assistência de Kolo Muani.
Depois de ter bisado na estreia na Liga dos Campeões frente ao Marselha em setembro de 2022, o brasileiro voltou finalmente a marcar na competição, somando o seu terceiro golo.
Apesar de estar em vantagem contra a corrente do jogo, nunca pareceu haver grandes dúvidas de que o PSG voltaria a entrar na discussão, e quando o fez por intermédio de Vitinha, foi com um verdadeiro momento de arte.
O português abriu o corpo e disparou um remate fantástico, sem hipóteses para Guglielmo Vicario. Quatro dos seus seis golos na Liga dos Campeões foram de fora da área, sendo este também o 11.º de 22 em todas as competições a longa distância.
Como habitual, os seus números de passe eram impressionantes, terminando o jogo com 92,6% de eficácia.
Kolo Muani e a Lei do Ex
O único remate enquadrado do PSG na primeira parte foi, na verdade, mais um do que tinham conseguido frente aos Spurs na primeira metade da final da Supertaça. Kolo Muani, como que por ironia do destino, voltou a dar vantagem aos londrinos do norte, mas desta vez a vantagem durou apenas três minutos, com Vitinha a restabelecer a igualdade.
Com João Neves e Khvicha Kvaratskhelia a dominarem o meio-campo, com 16 e 14 duelos individuais tentados, respetivamente, o jogo parecia completamente inclinado para o lado do PSG.
Foi Neves quem assistiu Fabián Ruiz para o terceiro golo dos anfitriões, que assim passaram para a frente pela primeira vez na noite. O terceiro golo concedido pelos Spurs nos primeiros 15 minutos da segunda parte só é superado pelos cinco do Villarreal e pelos quatro do Ajax, último classificado, no mesmo período.
Registo indesejado do Tottenham
Micky van de Ven e Cristian Romero tentavam segurar a defesa, mas eram traídos por colegas que perdiam a bola com uma frequência preocupante.
Richarlison e Kolo Muani perderam a posse em 26 ocasiões diferentes entre ambos, e a bola regressava sempre, aumentando a pressão sobre a linha defensiva.
Willian Pacho parecia ter sentenciado o jogo ao apontar o quarto golo do PSG pouco depois da hora de jogo, sendo a primeira vez desde maio de 2003, quando os Spurs eram orientados por Glenn Hoddle, que a equipa concedeu 4 ou mais golos em jogos consecutivos.
Kolo Muani ainda conseguiu reduzir para o Tottenham, com apenas o seu segundo remate enquadrado, mas qualquer esperança de reviravolta foi rapidamente anulada quando uma mão de Romero resultou em penálti para o PSG.
Vitinha não desperdiçou e completou o hat-trick, somando o seu quarto golo nesta edição da Liga dos Campeões, o que faz dele o melhor marcador dos parisienses em 25/26.
O quarto penálti assinalado por Felix Zwayer em três jogos da Liga dos Campeões esta época faz dele o árbitro com mais grandes penalidades assinaladas. Também expulsou Lucas Hernandez já perto do fim, liderando igualmente a lista de cartões vermelhos mostrados na competição.
Os jogadores dos Spurs não vão querer recordar que concederam cinco golos fora de casa pela primeira vez na sua longa e ilustre história, e os cinco remates nos últimos 10 minutos - apenas um deles enquadrado - revelam um esforço tardio e insuficiente.

