A Liga dos Campeões regressa na terça-feira à noite com a segunda jornada da competição, e o Liverpool, atualmente na 11.ª posição, viaja até à Turquia para um duelo que promete ser interessante no RAMS Park contra o Galatasaray.
Acompanhe as incidências da partida
Já lá vai o tempo em que os jogadores adversários eram recebidos com faixas de 'Welcome to Hell', tochas e uma atmosfera incrivelmente intensa criada pelos adeptos ultra, mas o barulho que os adeptos da casa vão fazer dentro do estádio não deve ser subestimado.
Liverpool é o grande favorito
O Liverpool entra em campo como favorito claro, depois do Gala ter sido goleado por 5-1 pelo Eintracht Frankfurt na 1.ª jornada, mas nos quatro duelos diretos anteriores contra os gigantes turcos, os Reds venceram apenas uma vez (1 derrota, 2 empates).
Sob o comando de Jurgen Klopp e Arne Slot, a equipa da Premier League venceu 13 dos últimos 14 jogos da fase de grupos/fase de liga na Champions (e seis dos últimos sete jogos fora na Europa), com a única derrota a acontecer frente ao PSV Eindhoven em 2024/25, quando a qualificação para os oitavos já estava garantida.
A capacidade ofensiva dos Reds também não está em causa, já que marcaram em todos os jogos da Liga dos Campeões desde que a Atalanta os derrotou por 2-0 em novembro de 2020.
Quase cinco anos depois, os Reds somam impressionantes 56 golos em apenas 23 jogos de alto nível, por isso, se Galatasaray quiser travar o Liverpool, terá de mudar também a história recente.
Sete anos sem vitórias do Gala em casa na prova milionária
Isso porque a equipa está numa sequência de oito jogos sem vencer em casa na competição, o registo mais longo da sua história.
Na verdade, já passaram sete anos - uma vitória por 3-0 sobre o Lokomotiv Moscow em setembro de 2018 - desde que o Galatasaray venceu um jogo da Liga dos Campeões perante os seus adeptos.
Além disso, perdeu 12 dos últimos 18 jogos na Taça dos Campeões/Liga dos Campeões, tendo vencido apenas uma vez e empatado cinco.

Alguns pequenos sinais positivos para o Gala são o facto de não ter perdido os dois primeiros jogos da Champions desde a época 2012/13, e o Liverpool não ter vencido nas duas últimas visitas à Turquia (embora a última tenha sido há quase 19 anos).
Nesse jogo de 2006, o atual treinador Okan Buruk jogou e marcou pelo Galatasaray na vitória por 3-2.
Curiosamente, os Reds só venceram uma vez uma equipa turca na Turquia, quando Roy Hodgson liderou a equipa num triunfo por 2-1 na Liga Europa frente ao Trabzonspor em 2010/11, e nunca conseguiram manter a baliza inviolada no país.
Estreia para Arne Slot
Em 70 jogos europeus como treinador, Slot nunca enfrentou uma equipa turca, por isso será uma experiência nova para ele. É evidente que o Gala terá de estar ao seu melhor nível para sair deste jogo com mérito, mas pode inspirar-se no momento do Liverpool na Premier League.
A derrota frente ao Crystal Palace no domingo pode ter sido a primeira da época 2025/26, mas houve vários jogos em que a equipa de Slot mostrou fragilidades defensivas.
Felizmente, continuam a contar com jogadores como Mo Salah na frente para marcar golos, e se o Rei Egípcio fizer dois golos na terça-feira à noite, não só chegará aos 50 golos na Liga dos Campeões, como também atingirá os 250 pelo clube em todas as competições.
Qualquer golo de um jogador do Liverpool permitirá também à equipa alcançar a marca dos 300 golos europeus fora de casa, outro registo digno de destaque.
Será importante ver alguma consistência de Florian Wirtz, como aquela que mostrou no último jogo frente ao Atletico Madrid quando criou cinco oportunidades de golo em jogo corrido.
Osimhen de fora?
Para os anfitriões, Victor Osimhen continua a lutar para recuperar a forma física e o jogo pode chegar demasiado cedo para ele, o que seria um duro golpe tanto para o clube como para o próprio avançado.
Na sua possível ausência, o Gala conta com vários jogadores que sabem bem o perigo que os Reds representam.
Isso porque Leroy Sane, Davinson Sanchez, Mario Lemina e Lucas Torreira já se testaram anteriormente contra os campeões em título da Premier League.
Sem esquecer Ilkay Gundogan, que certamente terá a missão de mostrar a sua classe no meio-campo e criar oportunidades contra uma equipa com quem travou duelos intensos na principal liga inglesa.
A verdade é que quem marcar o primeiro golo nesta partida vai, quase de certeza, ditar o rumo do jogo.
Se o Gala conseguir esse feito, embora seja improvável que feche totalmente a defesa, há motivos para acreditar que vai jogar para frustrar os visitantes e não lhes permitir ganhar ritmo.
Se o Liverpool abrir o marcador, os anfitriões terão de sair para jogar, e com espaço para circular a bola, os Reds podem, e provavelmente vão, ser demolidores.