Recorde as incidências da partida
Prometia ser um final de tarde difícil para os sportinguistas. Viajar até Munique para defrontar o Bayern já trazia más memórias suficientes aos leões, mas as lesões de Quenda, Trincão e Pote provocavam suores frios na noite fria da Baviera, até porque do outro lado a equipa de Kompany tem dominado os adversários e brindado os seus adeptos com goleadas patrocinadas por Kane e companhia.

Do susto à confiança
Entre os vários companheiros de classe ao serviço do capitão de Inglaterra, Karl, de apenas 17 anos, tem sobressaído. O Messi da Baviera aproveitou a lesão de Musiala para encontrar espaço na primeira equipa e apareceu com potencial de desequilíbrio, confirmado logo aos 5 minutos com um golaço. Valeu o ombro de Gnabry, no lugar do castigado Luis Díaz, que estava ligeiramente adiantado e justificou a anulação do 1-0 por fora de jogo.
Se o medo fazia parte dos sentimentos leoninos antes da partida, aquele início foi o derradeiro susto para uma tarde de concentração extrema, mas o passar dos minutos foi dando confiança à equipa de Rui Borges, que sem Pote, Quenda e Trincão foi a jogo com Alisson, Geny e Suárez, voltando a uma linha de cinco com Matheus Reis como novidade.

Tal como em Turim, Rui Silva voltou a ser importante para as fases mais apertadas da partida, negando o golo a Gnabry (24') com uma grande intervenção e voltando a brilhar já perto do intervalo, em mais um lance de Karl (44').
Pelo meio, também houve Sporting e por pouco não apareceu um golo numa jogada bem construída pelos leões, com Geny Catamo a ganhar a linha de fundo e a tentar servir Suárez. Tah (28') antecipou-se ao internacional colombiano e só não fez autogolo graças aos reflexos intactos do experiente Manuel Neuer.
É certo que foram 45 minutos com muito mais organização ofensiva do que com bola, mas o Sporting conseguiu garantir o primeiro objetivo com que chegou à Allianz Arena - terminar a primeira parte sem golos sofridos. Kane (37') ainda rematou ao poste num grande trabalho e remate de pé esquerdo, mas atendendo às circunstâncias o 0-0 sabia a um resultado bem diferente ao conjunto leonino.
Da esperança à desilusão
Se o nulo sabia a vitória, o que dizer do 0-1? A primeira parte deu a tal confiança à equipa de Rui Borges e a esperança num resultado histórico na Allianz Arena apareceu com o autogolo de Kimmich (54') na melhor jogada ofensiva dos leões, com João Simões a entrar pelo flanco esquerdo e a deixar Tah pelo caminho, mas quantas equipas passaram pelo mesmo em casa do Bayern?
A vantagem no marcador deu ainda mais sabor à exibição positiva da equipa do Sporting, mas também ainda mais energia ao gigante alemão, que entrou em modo de ataque e não tardou a virar o jogo a seu favor, aproveitando também os erros leoninos numa exibição que não podia ser perfeita e que perdeu o seu rigor com o passar dos minutos - Gnabry (65') apareceu completamente sozinho e fez o 1-1 na sequência de um canto, com Kane a bloquear Maxi para deixar o alemão solto.
O empate continuava a ser um resultado positivo, mas não deu mesmo para aguentar mais. Lennart Karl (69') voltou a aparecer e finalizou junto ao poste de Rui Silva uma bola colocada na perfeição por Laimer. O internacional português deixou o remate escapar entre os dedos, tal como o Sporting deixou fugir o ponto e dificultou a receção ao Paris SG - Hjulmand viu amarelo e falha o jogo com os parienses.
Na pior fase do Sporting, o equilíbrio que durou cerca de uma hora terminou com o 3-1 de Jonathan Tah (77'). Suárez (82') ainda esteve perto de reduzir, permitindo a interceção de Upamecano, mas já não deu para voltar a sonhar.
Homem do jogo Flashscore: Lennart Karl (Bayern Munique)

