Que Benfica se deve apresentar amanhã? "Um Benfica semelhante ao que foram os dois jogos com o Barcelona. Respeitar o adversário, perceber que é muito forte individual e coletivamente. Têm um treinador que já venceu a Champions. Mas olhar, acima de tudo, para o que somos, para a qualidade dos nossos jogadores, e preparar a melhor estratégia para tentarmos repetir as duas exibições e produção ofensiva que tivemos nos dois jogos. Isso leva-nos à ambição de tentar passar a eliminatória".
Abordagem do Barcelona: "Esperamos uma abordagem semelhante aos dois jogos que realizámos. Num ou outro detalhe alguns apontamentos diferentes, que foi aquilo que verificámos de um jogo para outro. Mas, acima de tudo, uma equipa que gosta de ter bola, de jogar pelos médios, de colocar os avançados em situações de um para um. E uma equipa que gosta de pressionar alto. O mais importante é sentirmo-nos confiantes por vários motivos, e o mais importante foi olharmos para os dois jogos, para aquilo que fizemos, para as oportunidades que criámos. Sentimos que amanhã temos um jogo decisivo, mas que temos de ter coragem e ambição de jogar o nosso jogo e marcar os nossos golos para podermos seguir em frente. É esse o nosso objetivo. Seria um prestígio enorme".
Dificuldades em anular o adversário: "Há que entender que o Barcelona é uma grande equipa, com jogadores de enorme qualidade, sobretudo os três homens da frente, embora no último jogo quem se tenha destacado foi o guarda-redes. Na Europa, eles ainda não perderam. Temos esse desafio. Quando jogámos contra ele, criámos muitas ocasiões de golo e ficámos com a sensação que poderíamos ter resultados diferentes. Na hora da verdade, na hora do jogo, temos de perceber como podemos dar continuidade a isso".
O que falta ao Benfica no último terço? "Não acredito que esteja a faltar nada. É golo. O que fizemos nos últimos jogos tem sido muito bom. É um facto que podíamos ter feito mais golos em função das oportunidades, mas também temos de analisar que, nesses jogos, proporcionámos grandes tardes ou noites ao guarda-redes adversário. É olhar pelo lado positivo. Quantas mais oportunidades criarmos, mais chance teremos de marcar".
Bons resultados fora: "Esse é mais um fator a ter em consideração. Mas, acima de tudo, olhar para o que fizemos nos dois jogos com o Barcelona, para as oportunidades criadas. É preciso mais frieza na finalização para marcarmos os nossos golos e podermos seguir em frente".
Importância dos adeptos: "Sempre importantes. Independentemente do número, tenho a certeza que terão o seu tempo para se fazerem ouvir e isso é sempre importante para nós".
Raphinha: "Como disse, o Barcelona é uma grande equipa. Mas o mais importante sobre o Barcelona, e em termos de favoritismo, é amanhã termos a capacidade de fazer o nosso jogo e vencer. O Raphinha tem feito realmente um percurso muito interessante, já o conhecia do Sporting e joguei contra ele quando estava no Leeds. Acho que está a fazer um grande trabalho. Bola de Ouro? Quem sabe".
Yamal foi bem marcado nos dois últimos jogos: "A nossa forma de ver o jogo não é apenas estarmos preocupados com um jogador. É realmente um jogador muito bom, também em função da idade e do talento que tem. Mas do outro lado está o Raphinha, e depois tem um ponta-de-lança que tem sido dos melhores do mundo ao longo dos anos. São três homens muito fortes, que combinam muito bem. Vemos o Lewandowski a baixar, a combinarem... Têm uma dinâmica muito interessante, são muito fortes a atacar a profundidade, muito bons no um contra um também. São também muito bons nas combinações, em particulares quando os médios os encontram entrelinhas. Mas nós também temos jogadores com enorme qualidade e, o mais importante, é olhar para o jogo num aspeto coletivo. A resposta que temos de dar é em equipa. Saber que temos de defender, de ter iniciativa, e quando tivermos a bola, de saber procurar os espaços que são menos favoráveis ao Barcelona e mais favoráveis a nós".
Benfica sem Carreras e com Dahl? "Vou usar a expressão do Tomás: preparamos todos os jogos da mesma maneira. O Dahl é um jovem jogador, com um enorme talento, e teve uma adaptação muito boa ao clube e à forma de jogar. Tem sido utilizado de várias formas e isso é bom para o nosso jogo. Está encontrado com a equipa, com os colegas, com a nossa forma de jogar. Preparou-se normalmente e amanhã vai jogar".

Ansiedade pode ser inimiga? "Não acredito. Pela experiência que a equipa tem, não acredito. E, curiosamente, a equipa entrou sempre muito bem nos jogos com o Barcelona. No primeiro, já estávamos a vencer 1-0 ao início, e no segundo fizemos logo um remate à baliza no começo. Sinto a equipa tranquila e confiante, e amanhã teremos de ter a capacidade de reproduzir o que fizemos nos outros jogos".
Fala-se de Yamal, Raphinha e Lewandowski mas Pedri foi o melhor em campo: "Ou o guarda-redes... Não nos faz mudar. Faz-nos preparar bem os nossos médios, que também são muito inteligentes e percebem como o Barcelona constrói. Muitas vezes com os dois centrais, muitas vezes com um dos laterais baixos, outras com um médio entre os centrais. Mas são realmente muito bons a tocar a bola. Têm o tempo, são calmos, tranquilos. O adversário quase chega e a bola já está a circular noutro espaço. Nós falámos muito, porque quer no primeiro quer no segundo jogo, tivemos muitas oportunidades, e concordo com o que diz, dos três avançados e do guarda-redes serem muito bons. Mas quer num jogo quer no outro, o combate estratégico dos médios foi muito interessante. Fizemos uma excelente partida quando jogaram o Florentino, o Kökçü e o Aursnes, e no outro também. A estratégia foi muito interessante de ver e analisar".
Ausência de Pau Cubarsí: "Posso falar disso à vontade porque o outro treinador já percebeu perfeitamente (a nossa forma de jogar). Preparamos muito a estratégia em função dos centrais, do pé dominante deles, e depois quais os laterais, as linhas de passe mais utilizadas. Depois definimos a nossa pressão. Estamos preparados para esse desafio".
Aspeto anímico do lado do Barcelona: "A sua pergunta leva-me a dizer outra vez o quanto lamento a morte do doutor do Barcelona. Não sei como é que vão reagir, é um momento difícil. Acredito que queiram oferecer e dedicar uma vitória a uma pessoa tão próxima deles, mas nós também temos coisas muito importantes para nós. Temos um jogador de 37 anos que ficou em casa e não está cá devido a lesão, o Di María, que ainda tem um recorde para bater na Liga dos Campeões. Pelo clube, porque é realmente muito prestigiante seguir na prova. Também temos as nossas razões e as nossas razões é que são importantes, levam-nos a estar confiantes para o jogo de amanhã".
Disponibilidade de Florentino Luís: "O Tino vai treinar e só amanhã tomaremos a decisão final."
Fala das coisas boas do Benfica, mas o Barcelona ganhou os dois jogos: "Aquilo que digo dos dois jogos é trazer as coisas positivas. Criámos muitas oportunidades. É tentar criar o número suficiente de oportunidades que nos permita marcar os golos para seguir em frente".
Defesa do Barcelona é um problema ou uma fortaleza? "É um pouco dos dois. Há sempre o lado estratégico. Olhamos sempre para a forma como o Barcelona joga e defende. Por vezes, observamos um espaço enorme entre a linha defensiva e a baliza, mas no meio há um guarda-redes, com uma colocação muito boa atrás da linha defensiva. Há que saber utilizar esse espaço. Acho que fazemos isso muito bem".