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No entanto, não há espaço para bajulações e reencontros esta quarta-feira, quando o Bayer já está condenado à vitória na quarta jornada da Liga dos Campeões - e contará com o seu artista das cobranças de livre no complicado jogo fora de casa na capital portuguesa. O defesa de 30 anos, que tem estado em dificuldades nos últimos tempos, só pode estar a cem por cento.
"É claro que teríamos deixado Grimaldo jogar se ele estivesse em plena forma, porque ele tem sido o nosso jogador mais influente até agora", disse o treinador Kasper Hjulmand, que sentiu muito a falta do seu jogador criativo na amarga derrota por 3-0 para o Bayern de Munique na Bundesliga.
"No entanto, é importante que não o forcemos a entrar em algum lugar e depois ele fique lesionado por muito tempo", disse Hjulmand.
O Bayer Leverkusen não pode dar-se a esse luxo no outono quente. Após a saída de vários jogadores importantes, Grimaldo tornou-se o líder do Werkself ao lado do compatriota Aleix Garcia. Em 13 partidas disputadas esta temporada, Grimaldo marcou sete golos - quatro deles de livre - e fez quatro assistências. E isso apesar de jogar nominalmente no flanco esquerdo.
No sistema de Hjulmand, porém, o campeão europeu espanhol, que vestiu a camisola do Benfica durante sete anos, pode movimentar-se livremente, aparecendo muitas vezes no meio-campo ofensivo para dar um impulso criativo ao jogo do Bayer. Na Taça da Alemanha, frente ao Paderborn (4-2), trabalhou arduamente durante 120 minutos e brilhou com mais um golo de sonho, mas contra o Bayern a ausência do vice-capitão foi imediatamente notada.
Leverkusen não está entre os "oito melhores da Europa"
"Quero fazer a diferença, conduzir e apoiar a equipa se necessário e também ajudar os jogadores mais jovens. É essa a minha mentalidade", afirmou recentemente Grimaldo, numa entrevista ao SZ.
Contra o Benfica, que continua sem pontos, a responsabilidade recairá mais uma vez sobre o canhoto, que já está sob pressão com os seus colegas na luta por um lugar no play-off, após a derrota por 7-2 contra o atual campeão Paris Saint-Germain.
Com apenas dois pontos em três jogos, o Bayer Leverkusen está atualmente no último terço da tabela classificativa.
"Este ano, não estamos entre os oito primeiros da Europa", admitiu o diretor desportivo Simon Rolfes após a derrota em Munique. "Mas os 24 primeiros devem ser o nosso objetivo na Liga dos Campeões", acrescentou.
E, tendo em vista os outros adversários deste ano - Manchester City e Newcastle United -, a equipa da Renânia deve começar a marcar pontos o mais rápido possível. Grimaldo também sabe disso.
"Perdemos pontos importantes no início da temporada. Eles não vão voltar", disse o espanhol, que quer liderar o caminho mais uma vez contra o seu ex-clube e José Mourinho: "Temos o dever de obter bons resultados porque temos os jogadores para isso."