Recorde aqui as incidências do encontro
À procura de voltar a somar depois do empate na receção ao Twente (1-1), Ivan Baptista fez duas alterações no onze promovendo as entradas de Carissa Boeckmann e Rakel Engesvik para enfrentar um emblema pariense que contou com a internacional jovem portuguesa Rafaela Mendonça no banco de suplentes.
O Estádio Jean Bouin contou com muito apoio português nas bancadas, mas foram as anfitriãs que tomaram as rédeas do encontro desde cedo, mas o contra-ataque encarnado começou a causar estragos com um par de boas oportunidades. A melhor de todas surgiu aos 18 minutos, quando Engesvik pressionou uma distraída N'Dongala e acabou por isolar Cristina Martín-Prieto que rematou para uma defesa a dois tempos de Mylène Chavas, embora a internacional espanhola pudesse ter feito melhor na hora de finalizar.
O Benfica que parecia estar à vontade perante o maior controlo do Paris FC sofreu um grande contratempo à meia hora de jogo, quando Caroline Moller foi expulsa ao ver dois cartões amarelos em três minutos. Isso obrigou a equipa a fechar ainda mais o bloco ofensivo e explorar o contra-ataque para tentar chegar ao golo, que até poderia ter chegado quando Lúcia Alves tirou um cruzamento rasteiro pra a pequena área, mas Martín-Prieto foi displicente e atirou por cima da barra.
No minuto seguinte a essa perdida, o bom trabalho das águias em desvantagem numérica ruiu por terra para castigar a falta de eficácia. Numa jogada de insistência das francesas, Ucheibe falhou o corte a um cruzamento e o esférico sobrou para Maeline Mendy rematar de primeira e a beneficiar de um desvio que traiu Lena Pauels, já em cima do intervalo.
As duas equipas mexeram para a segunda parte, com Anna Gasper a render Engesvik no Benfica e Maelle Garbino a entrar nas parisienses, uma mudança que viria a surtir efeito minutos mais tarde. Mas, antes disso, Beatriz Cameirão ainda ficou muito perto do empate com um remate à barra. Porém, aos 62', novamente numa jogada pela esquerda, Anaele Le Moguedec levantou de forma irrepreensível ao segundo poste, onde a recém-entrada Garbino estava sozinha para cabecear para o fundo das redes.
As dificuldades do Benfica, que não conseguia segurar a posse e respirar com bola, acentuavam-se com o passar dos minutos. Já depois de uma grande penalidade bem revertida pelo VAR por suposta falta de Ucheibe, Lena Pauels teve de se aplicar para travar os remates de Harnes Haheim e Garbino, que apareceram a rematar em boa posição. Do outro lado, na única chegada à área contrária no segundo tempo, Lúcia Alves trabalhou bem junto à linha de fundo e serviu um forte remate de primeira de Gasper que ainda bateu na trave. Seria um golaço.
As contas ficam muito complicadas para o Benfica que, com apenas um ponto, ainda tem de enfrentar o todo-poderoso Barcelona - num reencontro com Kika Nazareth - e o candidato Paris Saint-Germain nas últimas duas jornadas da fase principal da competição.
