Valerenga 0-1 Paris FC

Última equipa apurada para as fases finais da Liga dos Campeões feminina no momento do apito inicial, o Paris FC não tinha qualquer margem de erro. E esta deslocação ao relvado do Vålerenga, que estava apenas um ponto atrás, prometia ser decisiva para o desenrolar da competição. Conseguiriam as parisienses dar o golpe de mestre?
Após um início de jogo morno e uma primeira oportunidade de Sædís Rún Heiðarsdóttir para as anfitriãs (8'), foi o Paris que sofreu o primeiro revés da partida: lesionada, Clara Mateo teve de abandonar o relvado. Privado da sua principal arma logo aos 18 minutos, a noite prometia ser longa para o Paris FC.
As visitantes começaram então a recuar, entregando a posse de bola às norueguesas, cada vez mais ousadas. Um cruzamento-remate de Eline Hegg provocou arrepios (25'), mas no geral, o Paris mostrava-se sólido na defesa. No ataque, as coisas complicavam-se, apesar de uma série de cantos que criaram perigo junto à baliza norueguesa. No entanto, a primeira parte foi globalmente decepcionante, até que tudo mudou quando Célina Ould Hocine sofreu uma cotovelada tão desnecessária quanto absurda de Karina Sævik, que foi expulsa mesmo antes de ir para o balneário (0-0).
Com toda a segunda parte em superioridade numérica, esperava-se muito mais iniciativa das parisienses. De facto, jogaram mais adiantadas, aumentaram a pressão, mas as oportunidades claras tardavam em aparecer. Até ao excelente trabalho de Melween N'Dongala, que cruzou para a cabeça de Lorena Azzaro, que ainda hoje se pergunta como falhou o alvo (55'), antes de Maëlle Garbino perder o duelo frente à guarda-redes (fora de jogo).
O Paris apostou então nos suplentes à procura de um momento decisivo. Quase aconteceu quando Hawa Sangaré, ao tocar pela primeira vez na bola, cabeceou de forma pouco ortodoxa e acertou no poste (64'). Pouco depois, Sheika Scott, sozinha na marca de penálti, não conseguiu finalizar da melhor forma e esbarrou numa Tove Enblom cada vez mais inspirada na baliza norueguesa.
As oportunidades multiplicavam-se, sobretudo num remate de Sangaré (77'), mas a sorte sorriu ao Paris FC quando a VAR assinalou uma mão norueguesa e ofereceu um penálti que Lorena Azzaro converteu com alegria (82'). A reação de orgulho das norueguesas não alterou o desfecho: o Paris esteve mesmo perto do segundo golo. Triunfo parisiense que garante oficialmente a presença nos play-offs antes da última jornada.

