FIFPro preocupada com efeitos da sobrecarga competitiva nos jogadores

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Mais
Publicidade
Publicidade
Publicidade
FIFPro preocupada com efeitos da sobrecarga competitiva nos jogadores
Vinicius Júnior contabiliza 19 mil minutos aos 22 anos
Vinicius Júnior contabiliza 19 mil minutos aos 22 anosAFP
O aumento do número de competições e de jogos está a sobrecarregar muitos jogadores, denunciou hoje o Sindicato Internacional de Futebolistas Profissionais (FIFPro), mostrando-se preocupado com os planos para a Liga dos Campeões e Mundial de clubes.

"Há um número sem precedentes de competições internacionais, torneios e jogos de seleções, que também obrigam a muitas viagens", refere a FIFPro num relatório em que alerta para "os efeitos nocivos do congestionamento do calendário na saúde e bem-estar dos jogadores".

"A canibalização do calendário dos jogos coloca muito mais pressão mental e física nos jogadores de topo do que a que tinham os jogadores de gerações anteriores", lamentou o secretário-geral da FIFPro, Jonas Baer-Hoffmann.

Segundo dados da estrutura sindical, o brasileiro do Real Madrid Vinicius Júnior, de 22 anos, já jogou cerca de 19.000 minutos, o dobro do tempo que o seu compatriota Ronaldinho, atualmente com 43 anos, tinha jogado com a mesma idade.

Aos 20 anos, o espanhol Pedri e o inglês Jude Bellingham têm 25% e 30%, respetivamente, mais tempo de jogo do que tinham Xavi e Wayne Rooney, com a mesma idade.

Os novos modelos competitivos da Liga dos Campeões, com 36 clubes, e do Mundial, com 48 seleções, que devem entrar em vigor na época 2024/2025, podem, segundo a FIFPro, levar um jogador a disputar até 89 jogos por temporada, mais 11% do que atualmente.

O relatório denuncia também o descanso insuficiente entre partidas, dando como exemplo o internacional português Bruno Fernandes, do Manchester United, que jogou 74% dos jogos com menos de cinco dias de folga, 20 dos quais consecutivos.

Segundo o relatório, o médio argentino Enzo Fernández, que em janeiro se transferiu do Benfica para o Chelsea, jogou 70% das partidas sem um descanso de cinco dias, e teve apenas nove dias de descanso entre a final do Mundial Qatar2022 e o regresso aos encarnados.