Um feito histórico que ficou na memória de todos os adeptos de futebol: de 4-0 na primeira mão para 6-1 na final, Neymar arrastou o Barça e o atual médio do Como assinou o golo decisivo nos instantes finais dos descontos.
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Barcelona - Paris Saint-Germain nunca será um jogo qualquer. E não só pela história e grandeza dos dois clubes, mas sobretudo por uma noite que ficará gravada na memória de todos os adeptos de futebol. Um desafio especial também e sobretudo para Sergi Roberto, hoje médio do Como, o herói por acaso que apareceu de repente no momento mais incrível do jogo.
Mas vamos por ordem. Comecemos pelo contexto. Era o dia 8 de março de 2017, Luis Enrique, atual treinador do PSG, estava no banco do clube catalão e dirigia uma equipa extraordinária: o Barça do segundo Triplete da sua história e do tridente mais demolidor do futebol moderno, o de Lionel Messi, Luis Suárez e Neymar Jr. No entanto, na primeira mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões, os franceses tinham infligido uma dolorosa derrota por 4-0 aos Blaugrana.
No jogo da 2.ª mão, porém, após 50 minutos de jogo, o Barcelona recuperou a desvantagem graças ao golo de Suárez, ao autogolo de Kurzawa e ao penálti de Messi. Pouco depois da hora de jogo, porém, o Paris Saint-Germain conseguiu encontrar o caminho para a baliza com Edinson Cavani, obrigando a um milagre: o Barcelona tinha de marcar seis golos.
Um milagre em que já ninguém acreditava. Bem, não exatamente ninguém. A pressão era enorme, a proeza parecia impossível, mas nessa noite um futebolista especial decidiu que as coisas não iam acabar assim. E não foi Messi. Nem Suárez, mas Neymar. O brasileiro, irrepreensível, reacendeu as esperanças blaugranas com dois golos em três minutos, entre os minutos 88 e 91, naquela que é provavelmente a sua melhor exibição com a camisola blaugrana. Ou, talvez, de sempre.
Sergi Roberto faz história
No entanto, ainda havia um golo para marcar e faltavam apenas alguns minutos. Bem, esses poucos suspiros foram suficientes. Depois de vários lances de arrepiar os cabelos, controvérsias de arbitragem e um Camp Nou em transe místico, Neymar protagonizou, no que deveria ter sido o último lance da partida, um cruzamento tão perigoso quanto desesperado.
Desesperado, mas perfeito para o remate de pé direito de Sergi Roberto, que aproveitou a bola e marcou o golo mais importante da sua carreira. A reviravolta estava completa. A exultação foi, sem dúvida, a mais louca da história do Camp Nou: Luis Enrique, os jogadores, os adeptos, todos numa explosão de alegria e incredulidade épica.
É por isso que este jogo nunca será apenas uma grande recordação para o Barcelona ou um trauma para o PSG, mas uma experiência coletiva para todos os adeptos do desporto mais bonito do mundo, o futebol puro. Uma noite em que a esperança, a determinação e a coragem tornaram possível o impossível.
Para Sergi Roberto, o herói acidental desse jogo, esse golo permanecerá para sempre um momento especial, um exemplo claro de como mesmo aqueles que não são jogadores normais podem escrever história. Entrando nela.
