José Mourinho após triunfo com o Nápoles: "O mérito é da equipa, ponto final"

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José Mourinho, treinador do Benfica, durante o jogo com o Nápoles
José Mourinho, treinador do Benfica, durante o jogo com o NápolesSports Press Photo, SPP Sport Press Photo. / Alamy / Profimedia

Leia abaixo as declarações de José Mourinho, treinador do Benfica, depois da vitória por 2-0 diante do Nápoles, em jogo da 6.ª jornada da Liga dos Campeões.

Recorde as incidências da partida

Na flash interview

Análise ao jogo: "Começámos muito bem, aquilo que preparámos aconteceu e acho que os jogadores interpretaram muito bem o jogo. Os jogadores jogaram bem, tiveram espírito, coesão, inteligência. Depois tiveram a classe, confiança e conseguiram explorar os espaços que encontrámos. Criámos muitas dificuldades com o Ivanovic nas costas. É uma grande vitória que nos mantém na luta. Os próximos dois jogos são de dificuldade máxima, com Juventus e Real Madrid, mas estamos lá."

Estratégia para o jogo: "A estratégia correu bem. Nós treinadores creio que na maior parte das vezes acertamos com as escolhas, mas depois são os jogadores lá dentro que fazem com que essas escolhas pareçam boas ou que sejamos uns fracassados. Eu conhecia bem o Antonio (Conte) e os meus jogadores. Trabalhámos no campo e as coisas correram bem. O Ivanovic trabalhou bem. Os jogadores foram inteligentes. O mérito é da equipa e ponto final."

Meio-campo: "O problema foi o Buongiorno e Beukema de chegarem onde se posicionou Sudakov, Barreiro e Aursnes. Quando tentavam chegar e abriam espaço, o Ivanovic procurava a profunidade. Se a bola entrasse podiamos criar perigo, mas também podíamos respirar. As coisas correram bem. Os jogadores fizeram um trabalho extraordinário. A equipa foi muito forte.""

Estreias de Tiago Freitas e José Neto: "Não estava no meu guião estas estreias, estava que confio neles. Se houvesse um problema com o Dahl, era o (José) Neto que entrava. Se houvesse com o Rios, era o Freitas. Com a devida distância, é um jogador parecido em termos físicos. Depois com a transformação para a linha de 5, apanhámos o Aursnes e o Barreiro já em fadiga e era preciso gente para pedalar quebrar ritmo. Gente forte no jogo aéreo. É perfeito para eles. Estrearem-se no Benfica é top. Na Luz igual, na Champions igual.... a ganhar ainda melhor."

Na conferência de imprensa

Que dinâmicas pretendia com as escolhas iniciais? "Grande vitória, grande jogo, coletiva e individualmente. Não houve um único jogador em campo que não tivesse feito um grande jogo. Obviamente depois sobressai um ao outro, mas como equipa fantástico. Grande coesão e interpretação de jogo difícil. Contra equipa com desenhos táticos difíceis de contrariar. Com bola as coisas saíram bem, interpretaram bem. O Ivanovic deu muita saída, é muito mais fácil para eles jogadores que jogam em apoio e mais difícil quem joga em profundidade. O Ivanovic esticava na profundidade e ataca espaços e rompia com a 'compateza' defensiva que o Nápoles normalmente tem. Foram eles que fizeram um grande jogo. Hoje será mesmo muito difícil os experts em atacar o Benfica, hoje vão ter dificuldades em fazê-lo porque o Benfica fez grande jogo."

Anular a pressão foi decisivo? "Trabalho foi muito igual ao que fizemos contra o Sporting, em termos de preparação do jogo. Definimos princípios na preparação. Tentamos fazer de forma sistemática e objetiva. Contra o Sporting cometemos um erro que custou o golo e trouxe alguma intranquilidade. Hoje foi diferente, foram fortes do primeiro ao último minuto, não são só campeões, são bicampeões nos últimos três anos se não erro."

Jogo com nota artística? "Não sou a pessoa indicada para falar de notas artísticas e grandes análises, há pouco tempo... Tenho um problema com este senhor aqui ao lado, não gosto de ler, mas ele persiste a mandar-me coisas às oito da manhã, ou às onze da noite ou meia noite e não me deixa dormir. Lembro-me uma que era 'bola na frente no Otamendi'. Melhorámos qualquer coisinha, não. Se o segundo golo em vez de sermos nós, fosse de outra camisola era nota artística elevadíssima. Estou contente com a performance individual, coletiva, por continuarmos vivos na competição que é o mais importante. Era o objetivo. Lá estaremos."

Pressão do seu currículo afeta? "Não, porque é irrealista. É uma pressão irrealista. A ambição dos benfiquistas é a mesma que eu tenho. Mas num momento como este em que estamos fora, não vi ainda, mas penso que estamos fora. Está a falar em ganhar a Champions, imagine a coisa... Estou contente com o jogo e já está, com este e o do Sporting, com a forma como a equipa vai crescendo e como vai escondendo as limitações, como soluções vão aparecendo. Somos perfil de equipa humilde que leva paulada de tudo quanto é lado, mas continua a sua caminhada. Há 15 dias estávamos mortos na Champions e agora estamos vivos, ainda com a cabeça debaixo de água, mas na luta pela sobrevivência. Agora jogaremos três competições internas até voltar a Champions. Esqueçamos a Champions agora. "

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