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Jogo decisivo? "É um jogo muito importante. Se ganharmos, estamos completamente por dentro da corrida para a qualificação. Se perdermos estamos numa situação ainda não impossível, mas francamante difícil e a necessitar de uma segunda fase perfeita no sentido de ganhar 4 jogos seguidos".
Derrota seria desastroso: "Seria mau sob o ponto de vista desportivo, financeiro e de prestígio. O Benfica teve um calendário difícil, mas temos de enfrentar e este jogo com o Leverkusen, uma equipa de qualidade, com montes de opções, podemos ganhar. Estamos numa fase positiva, de novo com grande empatia com os adeptos. Mostrararam-nos isso há uma semana".
Entrada em jogo pode ser decisiva? "O Benfica entrou muito bem com o Qarabag e perdeu. O futebol é uma caixa de surpresas e tem de haver equilíbrio durante todo o jogo. Um estádio pode estar cheio de gente que quer ver o jogo ou que quer jogar o jogo e isso é muito diferente: se estiverem assim, empurram esta malta e vamos ganhar".
Bayer Leverkusen: "É parecido com o de Xabi Alonso, do ponto de vista tático. Muito parecido nos desenhos que põe em campo, com alguns jogadores diferentes, mas que foram substituídos por perfil muito semelhante. É uma equipa que defende a 5, do ponto de vista da organização ofensiva. Constrói a 3, constrói a 4. Um atacante favorito, mas rápido no jogo interior. É uma equipa difícil, que teve o início de época complicada. Este treinador demora algum tempo a encontrar. O resultado com o Bayern é um bocadinho descontextualizado. O Grimaldo não jogou, por exemplo. São duas equipas a precisar de pontos, eles também. Como já lhe disse, repito as minhas palavras. O estádio pode estar cheio de gente, que quer jogar o jogo. Se eles quiserem jogar, acho que vamos ganhar".
Sequência de vitórias: "O Benfica tem cultura de vitória. Não consigo dizer se é mais fácil trabalhar sobre vitória ou derrota, honestamente, porque, às vezes, as coisas variam. Às vezes, um momento de vitórias traz relaxamento. Às vezes, um momento negativo traz uma vontade grande de voltar a ganhar e modificar o estado das coisas. Já passámos pelo momento negativo da derrota em Newcastle, e a reação foi muito boa, ganhámos três jogos seguidos. Amanhã, espero que essas três vitórias, os golos que marcámos e os que não sofremos, a maneira como dominámos... A Liga dos Campeões é um contexto diferente e o nível do adversário é completamente diferente, mas espero que traga uma equipa confiante, a sentir maior empatia com o estádio e menos pressão. Acho que os jogadores vão estar à altura e as coisas vão correr bem."
Bayer Leverkusen tem causado insónias? "Insónias tive ontem, porque os miúdos fizeram um bocado de barulho. Eram 23:00 e tal e ainda estavam na brincadeira, a ouvir música. Só eles é que me causaram insónias. Insónias, não, mas muito trabalho, muita análise ao adversário, para tentar chegar a conclusões sobre a minha equipa. O leque de opções vai-se alargando com a confiança que me dão. Por exemplo, o jogo que fizeram Schjelderup e Barreiro, em Guimarães, o mais que provável regresso do Amar Dedic, o aumento das opções... Não dá insónias, mas muito a pensar, para encontrar o puzzle correto."
"Expectante em relação ao que aconteceu no Dragão"
Pressão do FC Porto a Fábio Veríssimo: "Neste momento, não faço nenhum tipo de comentário, mas não nego que vou esperar com interesse. Diria mesmo com alguma expetativa, mas, neste momento, o que li foram notícias. Não li o relatório do Fábio Veríssimo. Sei pouca coisa."
Porque aguarda com interesse? "Não sou comentador. Sou treinador do Benfica. Para além disso, sou - ainda que alguns não o interpretem assim - sou das pessoas mais importantes do futebol português. Não posso fazer comentários gratuitos, não posso comentar uma situação que eventualmente pode ser grave. Aquilo que sei foi o que vi, que li, que não foi mais do que 'O árbitro diz que...'. Não li o relatório do árbitro nem dos delegados da Liga. É pouco para fazer qualquer tipo de comentário. Gente irresponsável, gente sem equilíbrio pode fazer qualquer tipo de comentário sobre uma situação que pode ser grave, mas pode não ser. Por isso é que digo que estou expectante, porque pode ser uma situação de grande gravidade, mas pode ser que não. Eu, como treinador do Benfica e como uma pessoa importante no futebol português, não posso fazer comentários que me coloquem numa situação ridícula, se for caso disso. Espero para ver, e, depois, comentarei ou não."
Bayer Leverkusen é tudo ou nada? "A situação é muito óbvia. Quando o jogo acabar amanhã, ainda estarão 12 pontos de disputa. Mesmo que, amanhã, tenhamos zero pontos, podemos fazer 12, e, com 12, qualificamo-nos. Agora, se olharmos para quatro jogos com zero pontos, temos de ser muito otimistas para dizer que vamos fazer 12 e qualificar-nos. Obviamente que é um jogo importante. Se ganharmos, estamos completamente no meio da luta pela qualificação. Se não ganharmos, a situação fica mais difícil, mas tem de ser um jogo jogado com a alma de quem quer muito ganhar, sem receio desse tipo de responsabilidade. Se o estádio esteve connosco num jogo de Taça da Liga... Já percebi que, neste país, as pessoas dão muito pouca importância à Taça da Liga, e o estádio esteve connosco. Só posso imaginar que, amanhã, estarão lá para jogar, também, e os jogadores têm a maior motivação. Acredito que as coisas vão correr bem."
Livres diretos de Grimaldo: "O Grimaldo é exímio nessa situação muito específica, mas praticamente em todos os jogos há esse alerta para não cometer faltas gratuitas, mas há faltas que têm de ser cometidas. Eles são fortes, também, em lances de bola parada, com cruzamentos laterais, pontapés de canto... Têm quatro jogadores acima do 1,90m. Nós não somos, propriamente, uma equipa de gigantes, mas não posso dizer aos jogadores que não façam cantos porque eles são perigosos. Temos de jogar com equilíbrio. O Grimaldo não é um jogador importante apenas por isso. É um jogador que, na dinâmica ofensiva, é muito importante, jogando aberto, por dentro e como médio. É um jogador excelente, ao qual temos de ter a maior atenção."
António Silva: "O António (Silva) não perdeu a titularidade, de modo algum. Com 3 centrais daquela qualidade, não quero cometer a parvoíce de fazer com que um se sinta o terceiro ou que algum sinta que perdeu algum tipo de corrida. No próximo domingo, o Otamendi não joga. No domingo, jogará o António e Tomás. Tenho 3 centrais de uma grande qualidade. É uma garantia fantástica. Têm personalidades diferentes. O António é mais exuberante do que o Tomás, mas são jogadores fantásticos. É um privilégio ter o Nico (Otamendi) ao lado e aprenderem com ele. Não é problema nenhum".
Influência de Leandro Barreiro: "O Barreiro tem jogado bem. Sudakov e Barreiro têm dois perfis diferentes. O leque tem ficado maior. Começo a olhar para alguns jogadores de maneira diferente. Isso ajuda-me. Claro que me cria dúvidas, mas são problemas bons. O plantel tem vindo a aumentar em opções".
Futuro após as eleições: "É uma pergunta à qual responderei na conferência de imprensa posterior às eleições de domingo. Prometo que responderei completamente independente do contexto e do presidente ser Rui Costa ou o Dr. Noronha Lopes. Responderei com a maior honestidade. Não é que, em função de quem ganhe, responda de uma maneira ou outra. Garanto que vou responder de um modo muito honesto."
Recuperação de Dedic: "Neste momento, os jogadores não sabem quem joga, amanhã temos treino de manhã, a vantagem de jogar em casa ajuda o facto de poder treinar no dia antes do jogo. Amanhã é que vão saber quem irá jogar. Ele entregou-se muito à recuperação, apareceu em treino pela primeira vez connosco hoje, pareceu-me sem qualquer tipo de limitação, mas daqui a um par de horas já me podem dar mais dados, mas a minha sensação é que ele está para jogar".