Juventus joga pela vida em Bodo: italianos procuram continuar na luta pelo apuramento

Luciano Spalletti incentiva Dusan Vlahovic
Luciano Spalletti incentiva Dusan VlahovicMARCO BERTORELLO / AFP

Os bianconeri chegam à Noruega após três empates e complicaram o apuramento para a próxima fase: Spalletti exige uma mudança de ritmo e, acima de tudo, golos dos avançados. Frente ao Bodo/Glimt, é proibido falhar.

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Juventus chega à Noruega encostada às cordas. O novo ciclo dos bianconeri enfrenta o seu primeiro grande teste europeu em casa do Bodø/Glimt, e fá-lo a partir de uma posição que diz mais do que qualquer análise: 26.ª na Liga dos Campeões, com apenas três pontos em quatro jornadas. Ou seja, para continuar agarrados ao comboio dos play-offs, não há alternativa: é obrigatório regressar a Turim com os três pontos.

O empate em Florença, o terceiro consecutivo, deixou um sabor amargo. O 1-1 reforçou mais a Fiorentina do que os bianconeri, como explicou sem rodeios Luciano Spalletti: "Fomos demasiado previsíveis, cometemos erros que não nos podemos permitir. Temos de elevar o nível de tudo. Fomos escolhidos para fazer mais".

O treinador toscano falou de silêncio no balneário, um silêncio que mostra que nem os jogadores estão satisfeitos: "Para Bodo vou mudar algumas coisas", prometeu o antigo selecionador de Itália.

Juventus fora da zona de apuramento
Juventus fora da zona de apuramentoFlashscore

Mas o apuramento não espera promessas. O 24.º lugar, o último que dá acesso ao play-off, está apenas a um ponto, mas a luta é feroz. E depois, uma equipa com a história da Juve deve, pelo menos, tentar aspirar a ficar entre a 9.ª e a 16.ª posição – para depois jogar a segunda mão do play-off em casa – já que a qualificação direta é praticamente impossível. O que é certo é que uma eliminação logo na primeira fase seria uma catástrofe em todos os sentidos.

Marque quem conseguir

Dito isto, como se pode vencer sem golos? Antes do jogo contra o Sporting, o jejum dos avançados tornou-se um limite preocupante, tanto técnico como mental. O último golo de um avançado bianconero em jogo corrido remontava a 24 de agosto, também apontado por Vlahovic frente ao Parma. O sérvio, com seis golos esta época, é o único que ainda dá sinais de não desistir, mas não basta estar presente: um avançado tem de marcar, sobretudo num contexto de pressão crescente.

Contra a Fiorentina, até quem deveria ser o principal catalisador do jogo ofensivo dos bianconeri, Kenan Yildiz, apareceu pouco: "Encontrámo-lo pouco, era preciso verticalizar, arriscar um passe", explicou Spalletti.

E depois há os reforços, nos quais o clube investiu mais de 70 milhões: David, Openda e também o próprio Conceição, que tecnicamente não é novo, mas só foi adquirido em definitivo pela Juventus no último verão. Pois bem, em Florença, jogaram apenas 30 minutos no total, já com descontos: "Culpa minha, lancei-os tarde", admitiu o técnico, referindo-se ao ponta-de-lança canadiano – que não marca desde a primeira jornada – e ao médio ofensivo belga, em branco desde 11 de abril: uma seca que pesa como chumbo.

Um desafio decisivo

A Juventus chega assim a Bodo com uma certeza que, ao mesmo tempo, é uma incógnita. É preciso vencer, mas com golos de quem? Insistimos, se os avançados não voltarem a marcar, nenhum plano técnico-tático será suficiente e Spalletti terá o mesmo destino de Thiago Motta e Igor Tudor.

O Bodo/Glimt, além disso, nunca é um adversário fácil, sobretudo no seu estádio. Mas esta é a noite em que a Juventus tem de mudar de ritmo: chega de esperar, chega de travar, chega de adiar. Marcar e vencer para continuar na luta pelos play-offs da Liga dos Campeões.

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