Qarabag 2-4 Ajax

Uma equipa jovem do Ajax – sob comando interino de Fred Grim, que apostou em dois jogadores de 17 anos e um de 18, numa formação com média de idades de 22,9 anos – entrou bem na partida, mas teve de estar atenta ao Qarabag, equipa que já tinha conseguido empates caseiros frente ao Chelsea e ao Copenhaga.
Após algumas oportunidades iniciais, o Qarabag inaugurou o marcador ao 10.º minuto por intermédio de Camilo Duran, que aproveitou uma falha de comunicação entre Ko Itakura e o guarda-redes Vitezslav Jaros, que saiu da baliza sem necessidade e acabou por ser batido pelo colombiano de 23 anos – o jogador mais experiente do Qarabag.
O Ajax tentou reagir com futebol ofensivo, mas não conseguiu criar grandes ocasiões, enquanto o Qarabag continuava a ameaçar.
Um momento de pura classe do avançado dinamarquês Kasper Dolberg devolveu o Ajax ao jogo, com um potente remate de longe que valeu o primeiro golo de bola corrida do Ajax nesta edição da Liga dos Campeões.
O início da segunda parte foi desastroso para o Ajax, que ofereceu ao Qarabag novo avanço no marcador por Matheus Silva, que aproveitou um cruzamento rasteiro e contou com a ajuda de Lucas Rosa, que desviou a bola para a própria baliza, ultrapassando Jaros.
Os visitantes neerlandeses não conseguiram reagir após o golo e quase permitiram ao Qarabag marcar o terceiro, depois de Youri Baas ter arriscado um drible na sua própria área e perdido a posse de bola numa zona perigosa, sem consequências.
O Ajax procurou o empate nos últimos 25 minutos, com Oscar Gloukh e Anton Gaaei a tentarem a sorte de longe, sem sucesso. O jovem Don-Angelo Konadu, que entrou para o lugar de Dolberg pouco depois da hora de jogo, esteve perto de marcar aos 78 minutos, mas falhou perante a baliza aberta.
Um minuto depois, o Ajax igualou o marcador com Oscar Gloukh a apontar o segundo golo da equipa, novamente de fora da área, em solo azeri. Três minutos após o empate de Gloukh, o Ajax passou para a frente de forma surpreendente, com Anton Gaaei a finalizar um contra-ataque com um remate fulminante para o ângulo superior da baliza de Mateusz Kochalski.
Depois de uma breve pressão do Qarabag e já perto do minuto 90, Oscar Gloukh sentenciou a partida com um remate tranquilo para o canto inferior, após mais um contra-ataque rápido.
O Qarabag ainda esteve perto de reduzir por Emmanuel Addai, que rematou por cima da baliza de Jaros no primeiro minuto dos descontos, naquele que foi o último lance de perigo dos anfitriões.
Após cinco derrotas consecutivas no arranque da Liga dos Campeões, o Ajax – vencedor da prova por quatro vezes – conquistou os seus primeiros pontos e a primeira vitória da época, ao vencer por 4-2 fora, na cidade azeri de Agdam.

Villarreal 2-3 Copenhaga

O Villarreal recebia o Copenhaga em La Cerámica, consciente de que esta era a última oportunidade para tentar o milagre de chegar ao play-off.
Parece incrível que, apesar da excelente época que o Submarino está a realizar na LaLiga, ocupando o terceiro lugar a apenas um ponto do Real Madrid e com menos um jogo, a Liga dos Campeões lhe esteja a causar tantos problemas. Um empate frente à Juventus e quatro derrotas até esta quarta-feira: Tottenham, Manchester City, Pafos e Borussia Dortmund.
O encontro começou já com um contratempo, pois foi tocado o hino da Liga Europa em vez do da Liga dos Campeões. E a maldição da Liga dos Campeões não tardou a manifestar-se em terras de Castellón. Aos 70 segundos, um cruzamento do peruano Marcos López para a área foi finalizado por Elyounoussi, que se antecipou à saída de Luiz Júnior.
A resposta do Villarreal surgiu com um remate forte de Buchanan, que saiu ao lado. Mas a equipa de Marcelino podia ter sofrido mais golos, já que Luiz Júnior teve de intervir perante um remate de Zague, quase sem ângulo.
O próprio Zague ainda dispôs de uma boa oportunidade, mas Rafa Marín cortou-lhe o caminho. De seguida, Pedraza cruzou e Comesaña quase chegou à bola. A melhor ocasião do Villarreal na primeira parte foi de Pépé, com um cabeceamento que Kotarski defendeu de forma milagrosa para os dinamarqueses. Antes do intervalo, ainda houve tempo para uma dupla oportunidade de Rafa Marín e Pau Navarro.
Na segunda parte, o Villarreal devolveu ao Copenhaga o golpe sofrido na primeira metade. No primeiro minuto do segundo tempo, um cruzamento de Ilias Akhomach foi finalizado por Santi Comesaña, que colocou o 1-1 no marcador.
Mas a alegria do Submarino durou apenas um minuto. Na jogada seguinte, um cruzamento de Zague pela direita foi convertido por Achouri. Luiz Júnior nada pôde fazer para evitar o 1-2.
O jogo estava completamente aberto. Dadason podia ter feito o terceiro, mas, mesmo isolado, rematou para fora. E na jogada seguinte, surgiu o empate. Um cruzamento de Alfonso Pedraza foi finalizado de primeira por Tani Oluwaseyi. Kotarski ainda tocou na bola, mas esta acabou por entrar.
La Cerámica voltou a acreditar. Marcelino lançou Solomon para o lugar de Moleiro e os amarelos foram atrás do resultado. Por vezes, mostraram alguma imprecisão; noutras, estiveram mais acertados. Ayoze tentou uma meia-volta que bateu no braço de Dadason, mas este tinha-o junto ao corpo. Depois, numa excelente jogada coletiva, Comesaña assistiu para Tani e Ilias, que se desmarcaram, mas nenhum conseguiu finalizar com sucesso.
O Villarreal pressionou a baliza dinamarquesa, sabendo que o empate não servia, mas não conseguiu marcar. Renato Veiga cruzou para a área, mas Ayoze não conseguiu finalizar bem; Cardona também cruzou para Ayoze e Marcos López tocou na bola, impedindo o canário de rematar em condições.
Como se não bastasse, o Copenhaga saiu em contra-ataque e, após um corte de Pau Navarro, Cornelius aproveitou o ressalto para fazer o 2-3 e selar o naufrágio do Submarino.
Com esta derrota, o Villarreal despede-se praticamente das suas hipóteses de entrar entre os 24 melhores, já que soma apenas um ponto em 18 possíveis. Tem de vencer os dois jogos que restam e esperar por um milagre altamente improvável. Ainda vai receber o Ajax e visitar o Bayer Leverkusen.

