Arsenal 3-1 Bayern Munique
A equipa de Mikel Arteta continua imparável na presente temporada na Liga dos Campeões. Em Londres, os gunners somaram a quinta vitória consecutiva, batendo o Bayern, num jogo marcado pela eficácia nas bolas paradas e por mais uma grande exibição coletiva dos londrinos.
O encontro começou equilibrado, com o Arsenal a mostrar personalidade e a tentar impor o seu jogo. Aos 8 minutos, o conjunto inglês lançou o primeiro aviso e efetivou o primeiro da noite aos 22': Timber, na sequência de um lance de bola parada - uma especialidade da turma de Arteta -, aproveitou para inaugurar o marcador.
Pouco depois da meia hora, Eze desperdiçou uma boa ocasião e a resposta alemã não tardou - no minuto seguinte, Karl, jovem de apenas 17 anos, concluiu com classe uma bela combinação com Kimmich e Gnabry, restabelecendo a igualdade.
O segundo tempo trouxe um verdadeiro festival de oportunidades. Saka obrigou Neuer a uma grande defesa logo aos 48’, depois de um erro grosseiro de Kimmich. O guardião alemão voltou a brilhar aos 62’, com uma intervenção monumental a remate de Rice, depois de já ter travado tentativas perigosas de Merino (58’) e Mosquera (60’), ambas em lances... de bola parada.
Mas a consistência londrina acabaria por falar mais alto. Aos 70 minutos, Calafiori, acabado de entrar, cruzou na esquerda para Madueke, que devolveu a vantagem ao Arsenal.
Sete minutos depois, Martinelli, também lançado do banco, aproveitou um erro inacreditável de Neuer na saída da baliza para fazer o 3-1 e sentenciar o resultado. O passe de Eze na profundidade foi meio golo, e a finalização para a baliza deserta confirmou o triunfo.
Com este resultado, o Arsenal mantém-se 100% vitorioso (cinco vitórias em cinco jogos) e assume o comando isolado.
Atlético Madrid 2-1 Inter
Um cabeceamento fulminante de José María Giménez aos 90+3 minutos deu ao Atlético de Madrid uma vitória sobre o Inter de Milão, no Estádio Metropolitano, terminando assim o registo 100% vitorioso dos italianos nesta edição da Liga dos Campeões.
O início de jogo foi vibrante e quase perfeito para o Inter, que dispôs de duas ocasiões claras logo nos primeiros três minutos. Federico Dimarco testou os reflexos de Juan Musso com um livre direto potente que obrigou o guarda-redes a defesa apertada, e no lance seguinte, o lateral italiano voltou a criar perigo com um remate cruzado que passou a centímetros do poste.
Depois de resistir à pressão inicial, o Atlético respondeu e acabou mesmo por inaugurar o marcador, num lance envolto em polémica. Julián Álvarez marcou de perto, mas o golo foi inicialmente anulado por alegada mão de Álex Baena na construção. Após uma longa análise do VAR, o árbitro validou o lance, e os colchoneros colocaram-se em vantagem. O Inter acusou o golpe e perdeu algum fulgor até ao intervalo, ainda que Dimarco tenha ameaçado o empate pouco antes do descanso, com um remate que saiu ligeiramente ao lado.
A segunda parte começou de forma eletrizante. Apenas 35 segundos após o reatamento, Nicolò Barella esteve perto de marcar um golo de bandeira, ao dominar de forma sublime um passe longo de Bastoni e atirar em arco - a bola, porém, embateu na trave. A insistência italiana acabaria recompensada aos 54 minutos, quando Piotr Zieliński, assistido por Ange-Yoan Bonny, restabeleceu a igualdade com um remate colocado para o canto inferior direito, o seu primeiro golo na presente Champions.
O ambiente no Metropolitano fervia e o jogo manteve-se aberto. Giuliano Simeone teve nos pés o 2-1 para o Atlético pouco antes da hora de jogo, mas atirou por cima em boa posição. Já nos minutos finais, Antoine Griezmann, saído do banco, criou perigo com uma jogada individual brilhante, mas Yann Sommer respondeu com uma defesa de alto nível.
Quando tudo apontava para o empate, surgiu o momento decisivo. Aos 90+3 minutos, Giménez apareceu imperial na área e cabeceou com força após canto, fazendo explodir o Metropolitano e garantindo três pontos preciosos.
Eintracht Frankfurt 0-3 Atalanta
A Atalanta protagonizou um verdadeiro vendaval ofensivo em Frankfurt, ao marcar três golos em apenas cinco minutos da segunda parte, vencendo o Eintracht no Deutsche Bank Park.
Depois de um moralizador empate sem golos em Nápoles na jornada anterior, o Frankfurt entrou determinado a ir mais longe frente a outro emblema da Serie A. Logo aos 11 minutos, Farès Chaïbi, um dos líderes da tabela de assistências do campeonato italiano, obrigou Marco Carnesecchi a uma defesa de grande nível com um remate de fora da área. O lance galvanizou a equipa da casa, e Robin Koch teve também uma boa oportunidade pouco depois, mas o seu cabeceamento saiu ao lado.
A reação da Atalanta demorou a surgir, mas aos 26 minutos Zappacosta testou os reflexos de Michael Zetterer, ainda que sem grande perigo. O guarda-redes alemão só voltaria a respirar de alívio dez minutos antes do intervalo, quando a sorte o protegeu em dose dupla: Lookman atirou ao poste direito e, na recarga, Scamacca acertou exatamente no mesmo ferro. O empate a zero manteve-se até ao descanso.
No regresso dos balneários, a equipa de Raffaele Palladino entrou com a mesma intensidade, e Zetterer impediu o primeiro golo ao sair bem dos postes perante Lookman. No entanto, nada pôde fazer para evitar o colapso que se seguiu a partir do minuto 60. Primeiro, Lookman, completamente solto na área, rematou de primeira após cruzamento de Charles De Ketelaere, abrindo o marcador. Dois minutos depois, os papéis inverteram-se: Lookman assistiu Éderson, que surgiu isolado e finalizou com frieza perante o guarda-redes.
O pesadelo do Frankfurt intensificou-se três minutos mais tarde, quando De Ketelaere aproveitou uma bola devolvida pela trave, após remate de Scamacca, para fazer o 0-3 e silenciar o estádio. Zetterer ainda evitou males maiores aos 69 minutos, ao negar de forma brilhante o golo a Djimsiti, encerrando um período de autêntico sufoco.
Com o resultado praticamente decidido, a Atalanta limitou-se a gerir o ritmo até ao apito final, assegurando uma vitória tão convincente quanto merecida.