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Desde que venceu de forma contundente o Real Madrid (5-2) no seu reduto, no final de setembro, os colchoneros têm vindo a recuperar sensações à base de vitórias. A última, contra o Sevilha (3-0) perante o seu público, catapultou os rojiblancos para a quarta posição, com 22 pontos, a oito do líder Real Madrid.
No entanto, o duro corretivo frente ao Arsenal (4-0) no Emirates, a 21 de outubro, ainda dói.
A equipa rojiblanca tinha deixado uma boa imagem na primeira jornada apesar da derrota frente ao Liverpool (3-2) em Anfield, e mostrou-se avassaladora na "manita" que aplicou ao Eintracht. Dos nove pontos em disputa, conquistou três, tal como os seus rivais, um histórico clube de Bruxelas que conquistou a liga belga 90 anos depois.
"Ser Giuliano"
A intensidade que a equipa imprime desde a chegada de Diego Simeone ao banco, em 2011, ainda se mantém, mas nesta temporada, a pressão mais alta e a ligação entre os jogadores, especialmente entre os argentinos, fez com que a equipa desse um passo em frente.
Giuliano Simeone, filho do treinador, voltou a fabricar um golo para que o compatriota Thiago Almada marcasse no sábado. O extremo roubou uma bola para penetrar na área e assistir o médio, que só teve de empurrar o esférico para o fundo da baliza.
"Desde que cheguei, desde que me deram a oportunidade, sei quem quero ser e quem quero ser é Giuliano. Vim para oferecer 100% do que tenho. Quero continuar a melhorar como jogador e como pessoa", declarou o futebolista aos meios de comunicação após o triunfo frente ao Sevilha.
Também teve palavras para o pai e treinador: "É o jogo que gosto, deixar tudo. Dar 100% até ao fim e querer sempre melhorar. Estar sempre a lutar pelo que queremos", destacou o jogador de 22 anos.
"Depois, na família, é como qualquer pai que te ajuda imenso, te ajuda e te aconselha. É o mesmo amor que qualquer pai tem por um filho", acrescentou o internacional argentino.
Pouco depois, o pai elogiou-o. "É um futebolista que está a crescer, que tem humildade para continuar a melhorar, e deve manter-se nessa linha para chegar ao lugar onde se imagina", declarou o Cholo em conferência de imprensa.
Garra argentina
Outro que está em grande forma é Nico González, cujo nome retumbou no Metropolitano ao ser substituído após realizar um jogo de grande esforço físico.
"É algo maravilhoso, algo que há muito não me acontecia (...). Muito contente porque venho de um lugar onde me custou muito adaptar-me e agora chegar a esta família é algo maravilhoso, algo que desfruto a cada momento", remarcou o ex-jogador da Juventus.
González foi titular em nove dos onze encontros disputados desde que chegou à capital espanhola cedido pelo clube de Turim, embora a equipa rojiblanca tenha uma opção de compra.
Inclusivamente, o internacional argentino confessou que a afición o empurra a melhorar: "Tenho de continuar a trabalhar, a demonstrar, a meter essa garra argentina; esperemos continuar por este caminho, que foi o que nos trouxe até aqui".
Giuliano, Almada, Nico... formam o núcleo de argentinos liderado por Julián Álvarez, a estrela da equipa. Na sua segunda temporada como colchonero, o campeão do mundo em 2022 já leva sete golos na LaLiga - dois deles contra o Real Madrid - e um na Liga dos Campeões.
Frente ao Atlético estará um Union Saint-Gilloise que se consolidou no sábado como líder da liga belga ao impor-se ao Waregem por 4-1 e onde se destaca o equatoriano Kevin Rodríguez.