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Quem poderá esquecer aquela meia-final de 2009 em Stamford Bridge, que gerou indignação entre os adeptos da casa, mas ficou sobretudo marcada pelo Iniestazo que levou os catalães até Roma.
Registos idênticos na Liga dos Campeões em 2025/26
Ou o jogo de 2005, quando Lionel Messi se deu a conhecer ao grande público do futebol e Asier Del Horno foi expulso após uma entrada desesperada sobre o argentino.
E a meia-final de 2012, quando Fernando Torres contornou Victor Valdes e garantiu aos Blues um lugar na final dessa época... mais um momento marcante de um duelo que raramente desilude em termos de emoção.

Este jogo da quinta jornada é também o único que coloca frente a frente duas equipas que saíram do Pote 1, e dificilmente poderiam estar mais equilibradas.
Após quatro jogos nesta edição da prova, ambas somam duas vitórias, um empate e uma derrota, totalizando sete pontos cada. O Barcelona ocupa a 11.ª posição graças a uma ligeira vantagem na diferença de golos, enquanto o Chelsea está em 12.º.
Registo recente negativo do Barcelona frente ao Chelsea
Pode surpreender, mas o Barcelona só venceu um dos últimos nove confrontos diretos com o Chelsea, pelo que poderá voltar a sentir dificuldades frente à equipa que ocupa o segundo lugar da Premier League.
Desde 2006 que os catalães não vencem os Blues em Stamford Bridge, sendo essa a única vitória nas últimas oito deslocações ao Oeste de Londres, das quais cinco terminaram em derrota.

O Barça também só conseguiu um triunfo nos últimos nove jogos frente ao Chelsea, seja em casa ou fora, e esse sucesso remonta a março de 2018, no Camp Nou (3-0).
Ainda assim, a equipa de Hansi Flick pode inspirar-se na última exibição em solo inglês, quando o bis de Marcus Rashford permitiu o triunfo sobre o Newcastle em St. James' Park.
Bons resultados em Inglaterra
Esse foi um dos seis triunfos do Barça nos últimos nove jogos fora frente a equipas da Premier League na competição, com as únicas duas derrotas a acontecerem em 2016 (desaire por 3-1 frente ao Man City) e em 2019 (derrota por 4-0 na segunda mão da meia-final frente ao Liverpool).
Rashford soma cinco participações em golos nos seus quatro jogos da Liga dos Campeões esta época e, caso seja opção e já esteja recuperado da doença que o afastou do triunfo do fim de semana frente ao Athletic Club, quererá certamente manter esse registo para continuar a merecer a confiança do selecionador inglês, Thomas Tuchel.
Curiosamente, as equipas da LaLiga não têm tido grande sucesso frente a adversários ingleses ultimamente, sendo essa vitória sobre o Newcastle a única nos últimos 10 encontros entre clubes da Premier League e do principal escalão espanhol.
De forma notável, desde o triunfo do Barça sobre os Magpies, as equipas inglesas não sofreram qualquer golo nos jogos seguintes frente a adversários espanhóis.
O Arsenal goleou o Atlético de Madrid por 4-0, o Liverpool venceu com dificuldade o rival local do Atleti, o Real, por 1-0. O Manchester City somou um triunfo por 2-0 frente ao Villarreal, enquanto o Newcastle venceu o Athletic pelo mesmo resultado.

Será Hansi Flick a arma secreta do Barcelona?
Por outro lado, em 36 jogos ao comando do Bayern Munique e do Barcelona na competição, as equipas de Hansi Flick conseguiram sempre marcar pelo menos um golo.
A ausência recente de Cole Palmer não parece ter afetado Enzo Maresca na tarefa de garantir que o Chelsea continue a somar bons resultados, embora o inglês deva ser uma baixa de peso para este encontro.
Estêvão, melhor marcador dos Blues na Liga dos Campeões, poderá assim ser chamado a testar a linha defensiva muito subida do Barça, que tem mostrado fragilidades em alguns jogos recentes.
Com o onze inicial mais jovem da competição em 2025/26, isso pode também jogar contra o Chelsea. Apesar de os catalães também contarem com muitos jovens no plantel, há igualmente experiência suficiente para equilibrar.
O fator casa pode ser determinante, ainda que Flick vá certamente exigir coragem e uma postura ofensiva à sua equipa. Se caírem, será sempre a lutar até ao fim.
Raphinha pode ser decisivo em Londres
Raphinha regressou no fim de semana com alguns minutos após lesão e, se o brasileiro participar neste jogo, pode ser o homem a ter em conta.
Reece James terá certamente muito trabalho no lado direito do Chelsea, seja com Raphinha ou Rashford a atacar, e Marc Cucurella conhece bem a habilidade de Lamine Yamal no flanco oposto.
O jogo deverá decidir-se no meio-campo e quem conseguir assumir o controlo dessa zona irá ditar o ritmo e o rumo da partida.
Com apenas mais três jogos por disputar na fase de grupos após este duelo de terça-feira, ambas as equipas precisam de somar três pontos, pois só assim aumentam as hipóteses de terminar entre as oito melhores e garantir presença nas rondas a eliminar no início do próximo ano.

