O pressionado Benfica, frente ao Chelsea, na terça-feira, e o folgado Sporting, face ao Nápoles, na quarta-feira, têm deslocações complicadas na segunda jornada da fase de liga da Liga dos Campeões.
Os dois representantes lusos na principal prova da UEFA têm bem mais probabilidades de perder do que de conseguir um resultado positivo, que passaria por pontuar, o que, nesta fase, é bem mais preocupante para as águias do que para os leões.
Na primeira jornada, os clubes lisboetas foram presenteados com os jogos teoricamente mais fáceis nesta fase e, se o Sporting cumpriu, com um 4-1 aos cazaques do Kairat Almaty, o Benfica fez o impensável, ao perder inesperadamente na Luz por 3-2 face aos azeris do Qarabag, depois de liderar por 2-0.
Este encontro precipitou a saída do treinador Bruno Lage e a sua substituição por José Mourinho, que está ao comando do Benfica 25 anos depois e vai voltar à Champions, seis épocas volvidas, logo em Stamford Bridge, que foi a sua casa durante sete épocas, em dois períodos (2004/05 a 2007/08 e 2013/14 a 2015/16).
O special one, que caiu em três meias-finais da prova ao comando dos londrinos (2004/05, 2006/07 e 2013/14), será, certamente, bem recebido, mas, para o Benfica, o que está reservado é um adversário muito forte, o campeão do Mundo.
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Os dois clubes defrontaram-se recentemente, em junho, nos oitavos do Mundial de clubes e os blues precisaram de prolongamento, mas acabaram por vencer por 4-1, mantendo o pleno face aos encarnados, que já haviam eliminado nos quartos de final da Champions 2011/12 e batido na final da Liga Europa 2012/13.
O Benfica conta, assim, por derrotas os quatro jogos com o Chelsea, sendo que, o mais provável é que a equipa em que agora alinha o ex-benfiquista Enzo Fernández, e também os portugueses Pedro Neto e Dário Essugo, chegue à quinta, mesmo desfalcada da sua maior estrela, o lesionado Cole Palmer.
A anteceder o duelo de terça-feira em Stamford Bridge, o Benfica penou para bater em casa o Gil Vicente (2-1), na Liga, enquanto o onze do italiano Enzo Maresca, que também se estreou com uma derrota na fase de liga (1-3 no reduto do Bayern Munique), perdeu em casa por 3-1 com o Brighton, na Premier League.
Na quarta-feira, é a vez de o Sporting, que entra em campo com o conforto de já ter três pontos, contra nenhum dos campeões italianos em título, que, na estreia, cedo reduzidos a 10, por expulsão do capitão Di Lorenzo (21 minutos), perderam por 2-0 na visita ao Manchester City.
O norueguês Haaland e o belga Doku selaram o desaire dos comandos de Antonio Conte, que estão em estreia na fase de liga da Champions, pois na época passada não participaram nas taças europeias, o que facilitou a conquista da Serie A.
A formação napolitana estará, assim, mais pressionada, num embate que reedita a mítica eliminatória de há 36 anos, em 1989/90, entre os dois clubes, que ficou para a história, mesmo não tendo havido golos em 210 minutos.
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Na primeira mão da Taça UEFA, registou-se um nulo em Alvalade, em 14 de setembro de 1989, num jogo marcado pela presença de sua excelência Diego Armando Maradona, que, devido a problemas físicos, só entrou aos 70 minutos.
Treze dias volvidos, no então San Paolo, o Nápoles já apresentou Maradona de início, mas as duas equipas voltaram a não marcar, nos 90 minutos regulamentares e no prolongamento, com tudo a decidir-se no desempate por grandes penalidades.
Nessa fase, ficou célebre a aposta do guarda-redes leonino Ivkovic com Maradona, que lhe parava o penálti. Conseguiu-o mesmo, mas os leões acabaram derrotados por 4-3, face aos falhanços de Luisinho, Marlon Brandão e Fernando Gomes.
Agora, o palco já não tem o nome de San Paolo, mas precisamente de Diego Armando Maradona, o maior ídolo dos napolitanos, que morreu em 25 de novembro de 2020, com apenas 60 anos.
Na antecâmara do embate de quarta-feira, o Sporting venceu no sábado no reduto do Estoril Praia por 1-0, com um tento de Luis Suárez, enquanto o Nápoles só joga hoje, procurando somar o quinto triunfo em cinco jogos na Serie A, no reduto do AC Milan.
Em relação aos outros jogos da segunda jornada, o grande destaque é a receção, na quarta-feira, do FC Barcelona ao campeão europeu Paris Saint-Germain, que pode ter de se apresentar sem os portugueses João Neves e Vitinha.