Real Madrid 1-2 Manchester City

Este confronto foi o destaque da sexta jornada da Liga dos Campeões e o jogo correspondeu às expectativas logo nos primeiros cinco minutos. Vinícius Júnior caiu na área após um duelo com Matheus Nunes, e embora o árbitro Clément Turpin tenha inicialmente assinalado penálti, o VAR confirmou que a falta ocorreu fora da área.
Do livre resultante, o remate de Federico Valverde desviou a poucos centímetros do poste, antes de Vini Jr. tentar um chapéu que passou por cima da barra, numa fase em que o Madrid procurava aproveitar a entrada lenta do City.
Os visitantes não tinham feito qualquer remate nos primeiros 30 minutos e acabaram por ser castigados nesse período. Um contra-ataque rápido do Real terminou com Rodrygo a surgir pelo lado direito, e o brasileiro não desperdiçou, rematando colocado para o canto mais distante e pondo fim a um jejum de 32 jogos sem marcar.
No entanto, na primeira oportunidade clara do City, a equipa inglesa respondeu: Joško Gvardiol saltou mais alto e desviou o canto de Rayan Cherki, permitindo a Nico O’Reilly empurrar para o fundo das redes na recarga, já dentro da pequena área.
O jogo virou completamente pouco depois, quando um momento de descontrolo de Antonio Rüdiger levou-o a derrubar Erling Haaland dentro da área. Apesar de inicialmente não ter sido assinalada falta, uma rápida consulta ao monitor levou à marcação de penálti, e Haaland não falhou da marca dos onze metros.
Após o reatamento, Jude Bellingham desperdiçou uma ocasião de ouro para restabelecer a igualdade, ao tentar um chapéu que saiu por cima da barra quando se preparava para finalizar. Xabi Alonso recorreu ao banco para tentar mudar o rumo do encontro, mas as alterações não surtiram grande efeito.
Foi mesmo um dos titulares a desperdiçar duas oportunidades flagrantes para empatar: primeiro, Vini Jr falhou um cabeceamento livre a seis metros da baliza, e depois rematou por cima ao segundo poste, novamente sem marcação da defesa do City. Endrick foi a última aposta de Alonso e esteve muito perto de salvar o treinador, mas o seu cabeceamento embateu com estrondo na barra.
O City resistiu à pressão intensa nos minutos finais, mas defendeu com grande qualidade para garantir um triunfo importante na luta pelo apuramento direto para os oitavos de final. O apito final foi recebido com assobios e vaias em Madrid, numa altura em que a posição de Alonso fica ainda mais fragilizada após duas derrotas consecutivas em casa.

Athletic Bilbao 0-0 PSG

Vencer em casa o Atlético de Madrid num dos melhores jogos da época foi o sinal perfeito para encarar a final frente aos campeões da Europa. Com quatro pontos somados, a visita dos comandados de Luis Enrique apresentava-se como um verdadeiro teste à capacidade do Athletic para manter vivas as suas aspirações na Champions League. O Bayern de Munique tinha sido, até então, o único conjunto capaz de bater os franceses em competições europeias.
La Catedral foi palco de um início destemido por parte dos anfitriões. Valverde delineou uma estratégia ambiciosa, tentou incomodar o PSG e não abdicou do futebol ofensivo. O Athletic procurou criar perigo na área adversária, mas rapidamente os visitantes arrefeceram o ímpeto dos bascos e passaram a controlar o jogo através da posse de bola.
Com o passar dos minutos, os leões foram beneficiados. Safonov não foi muito incomodado, mas Vitinha, Barcola e Kvaratskhelia desapareceram por completo do jogo. Berenguer tentou a sua sorte num livre muito apertado, mas o guarda-redes russo respondeu com uma defesa notável. O esforço físico dos bascos era impressionante, embora, tal como frente aos comandados do Cholo, a eficácia ofensiva continuasse em falta.
Os franceses pressionavam por fases, sem perder a cabeça, e Unai pouco teve de se aplicar a fundo na primeira parte, até surgir para manter o equilíbrio. Mayulu dispôs de uma oportunidade de ouro para furar a sólida defesa basca, mais clara até do que um penálti. Nos descontos, Unai apareceu como um salvador e desviou o remate do jovem parisiense.
Marquinhos, que saiu do relvado com algumas queixas, foi substituído por Zabarnyi. Antes do encontro, circulavam rumores de que o central ucraniano e o guarda-redes russo preferiam não coincidir em campo.
Após alguns lances de perigo, Unai voltou a vestir a capa de herói e evitou o golo do mesmo adversário que tentou inaugurar o marcador: Mayulu. As intervenções do titular da baliza espanhola passaram de extraordinárias a cada vez mais frequentes.
A equipa de Luis Enrique encurralou o Athletic, que já não tinha energia para avançar nem pressionar os parisienses na construção de jogo.
Barcola foi o próximo a assustar La Catedral. O internacional francês apareceu isolado frente ao guarda-redes e, em vez de passar a Kvaratskhelia para finalizar facilmente, decidiu rematar e a bola acabou por bater na trave. Os últimos 15 minutos desenrolaram-se quase totalmente no meio-campo do PSG. Berenguer teve a melhor ocasião dos vizcaínos com um remate de longe.
Yuri ainda teve de intervir uma última vez, salvando sobre a linha aquele que teria sido o primeiro golo do encontro.

Club Brugge 0-3 Arsenal

Mikel Arteta fez cinco alterações em relação à equipa que perdeu com o Aston Villa no fim de semana, mas o seu conjunto mostrou-se promissor desde cedo, com Martin Ødegaard a testar Dani van den Heuvel, que se estreava na Liga dos Campeões após Simon Mignolet se lesionar no aquecimento.
Os anfitriões conseguiram equilibrar e Aleksandar Stanković viu um remate de longe ser bloqueado, mas o Arsenal continuou a criar as melhores oportunidades, com um remate instintivo de Piero Hincapié a embater no poste antes de um cabeceamento de Viktor Gyökeres ser desviado para canto.
O golo inaugural surgiu aos 25 minutos por Madueke, que passou por Joaquin Seys e Raphael Onyedika antes de rematar de forma brilhante, com a bola a entrar após bater na trave.
Hincapié viu depois um cabeceamento ser travado em cima da linha por Hans Vanaken, antes de Van den Heuvel segurar um cabeceamento de Gyökeres. Carlos Forbs foi o maior perigo do Club Brugge, mas o extremo viu um remate ser bloqueado por Hincapié e outro defendido por David Raya. Stanković ainda tentou a sua sorte com um remate em arco que saiu a rasar o poste, antes de ele e Christos Tzolis verem os seus remates serem defendidos, numa altura em que os Blauw-Zwart procuravam o empate.
O Arsenal entrou da melhor forma na segunda parte, com Madueke a bisar logo nos primeiros 90 segundos, ao cabecear com facilidade após cruzamento de Martín Zubimendi.
Gabriel Martinelli tornou-se então o primeiro jogador dos Gunners a marcar em cinco jogos consecutivos da Liga dos Campeões, e fê-lo com classe, deixando para trás Hugo Siquet e Onyedika antes de colocar a bola no ângulo superior com um remate fantástico.
Tzolis ainda tentou criar perigo para o outro lado, e o seu canto acabou por chegar a Brandon Mechele, que rematou para defesa de Myles Lewis-Skelly, antes do internacional grego atirar ao lado.
Gabriel Jesus ficou incrédulo ao ver o seu remate embater na trave. Ainda assim, houve motivos para festejar, com Marli Salmon, de apenas 16 anos, a estrear-se pela equipa principal, numa noite em que o Arsenal se tornou a segunda equipa inglesa da história a vencer 10 jogos consecutivos na fase de grupos/principal da Liga dos Campeões, isolando-se no topo da tabela com mais três pontos.
Em contraste, o Club Brugge continua à espera da primeira vitória nesta edição da competição desde a jornada inaugural, ocupando a 30.ª posição, a três pontos de um lugar no play-off.

