Na quarta-feira, o italiano será chamado a parar o ataque do Arsenal no jogo da segunda mão da meia-final, depois de ter sido uma muralha na semana passada no jogo de ida em Londres, onde o PSG garantiu uma valiosa vitória por 1-0.
Duas defesas suas, a negar o brasileiro Gabriel Martinelli e o belga Leandro Trossard, foram particularmente aplaudidas, permitindo que o PSG saísse do Emirates Stadium em posição favorável para o decisivo jogo de volta na capital francesa. O único erro grave na partida, quando não mediu a saída, resultou num golo para o Arsenal, mas foi salvo por uma decisão de fora de jogo que anulou o golo.
Não há duas sem três?
No resto do jogo, Donnarumma foi um pesadelo para desarmar os Gunners e continuar a sua boa forma contra equipas inglesas nesta Liga dos Campeões, tendo já sido decisivo contra o Liverpool nos oitavos de final e o Aston Villa nos quartos de final.
"Para ser campeão, é preciso ter um grande guarda-redes", disse o capitão brasileiro da equipa, Marquinhos, após as defesas de Donnarumma na segunda mão dos quartos de final contra o Aston Villa, em Birmingham.
Naquela partida, o PSG havia vencido em casa por 3-1 no jogo da primeira mão e estava muito feliz. Ainda mais quando a equipa francesa tinha uma vantagem de 2-0 na segunda mão ao fim de meia hora, mas o Villa marcou três golos.
Na última meia hora, Donnarumma foi decisivo com duas defesas a remates de Marcus Rashford e Youri Tielemans para evitar o quarto golo inglês, que teria levado o jogo para o prolongamento.
"Estamos muito satisfeitos com o guarda-redes que temos, é um dos melhores. Muitas pessoas duvidaram dele, mas nós nunca duvidámos. É um dos melhores guarda-redes do mundo. Esperemos que fique no PSG o máximo de tempo possível", disse na altura o defesa marroquino Achraf Hakimi.
Nos oitavos de final, Donnarumma também esteve no centro das atenções pelo seu desempenho na decisão por penáltis contra o Liverpool, defendendo os pontapés dos uruguaios Darwin Nunez e Curtis Jones.
A renovação está à espera
O guarda-redes de 26 anos e 1,96 metros de altura chegou a Paris em 2021, ano em que foi campeão europeu com a seleção italiana. Também nessa altura, foi carrasco da Inglaterra, nesse caso no desempate por grandes penalidades da final do Campeonato da Europa, onde defendeu os pontapés de baliza de Jadon Sancho e Bukayo Saka.
Nesse mesmo ano de 2021, chegou a Paris, mas na sua primeira época foi obrigado a partilhar a baliza com o costa-riquenho Keylor Navas. Essa primeira época no PSG ficou também marcada por um erro grave que custou caro à sua equipa contra o Real Madrid nos oitavos de final da Liga dos Campeões.
Com o passar do tempo, Donnarumma conseguiu afirmar-se como guarda-redes titular do PSG, embora nem sempre tenha convencido toda a gente e uma parte dos adeptos o tenha criticado sobretudo pela sua forma de jogar com os pés.
O contrato termina no final da próxima época e há rumores de que o PSG está interessado no jovem francês Lucas Chevalier, do Lille. O russo Matvey Safonov chegou como concorrente no início da atual temporada e, em alguns momentos, parecia ser capaz de quebrar a hierarquia.
Em novembro, Luis Enrique colocou Donnarumma no banco em um importante jogo da fase de grupos da Liga dos Campeões, mas Safonov falhou em uma jogada que permitiu ao Bayern de Munique marcar e vencer por 1-0.
O ex-jogador do AC Milan logo viu o seu status de titular ser restabelecido. Agora, as suas perspectivas de continuar, ao que parece, foram reforçadas. "Quero ficar e renovar. Esta é a minha casa", disse ele no início deste ano.