Mikel Arteta revelou que a sua decisão de conceder "total liberdade" a Martin Odegaard tem sido fundamental para o capitão do Arsenal, depois de este ter sido decisivo na vitória por 2-0 frente ao Olympiakos, na quarta-feira.
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De regresso ao onze inicial após um período afastado devido a uma lesão no ombro, Odegaard compensou o tempo perdido com uma exibição influente diante do Olympiakos, permitindo ao Arsenal prolongar o seu arranque perfeito na Liga dos Campeões.
O médio norueguês foi o motor do golo inaugural de Gabriel Martinelli aos 12 minutos, antes de assistir com classe Bukayo Saka para o segundo golo dos Gunners já nos descontos.
"O Martin tem toda a liberdade do mundo para avançar. Para jogar com essa liberdade e esse nível de ameaça," afirmou Arteta.
"Não só pelos passes, mas também pela forma como recebia, transportava a bola e atacava os espaços, foi realmente perigoso. Devia ter marcado um golo hoje. É ótimo tê-lo de volta. Também jogou bons minutos para nos ajudar a vencer em Newcastle no domingo", acrescentou o treinador.
O Arsenal atinge o seu melhor nível quando Odegaard lidera a pressão alta no terreno, impulsionando os ataques com a sua inteligência no passe e movimentação.
Arteta considera que as qualidades de Odegaard combinam na perfeição com a velocidade explosiva nas alas de Martinelli, Saka, Eberechi Eze e Noni Madueke.
"Poucos jogadores conseguem fazer isto"
"Temos de jogar com as nossas qualidades e, com um trio ofensivo tão rápido, temos de aproveitar isso ao máximo", disse Arteta.
"A criatividade faz parte da sua natureza. Não lhe traz pressão adicional. É a sua melhor qualidade. Poucos jogadores conseguem fazer isto. Está-lhe no sangue. Tem total liberdade da minha parte para explorar e sentir os movimentos nos espaços. E tem-no feito nos últimos jogos", acrescentou o treinador do Arsenal.
Com Madueke atualmente lesionado e Saka ainda a recuperar a forma após um problema muscular, Arteta pôde recorrer a Martinelli e Leandro Trossard como extremos.
Essa profundidade no plantel – reforçada por um investimento significativo no verão em novas contratações – contrasta fortemente com os problemas que Arteta enfrentou na fase final da época passada, quando as lesões prejudicaram as aspirações do Arsenal de conquistar a Premier League e a Liga dos Campeões.
"Com todo o respeito, na época passada olhava para o banco e tínhamos cinco jogadores da formação que nunca tinham jogado futebol profissional na Liga dos Campeões. Portanto, sim, faz diferença", afirmou Arteta.
"Hoje mudei seis jogadores porque quero que todos se sintam envolvidos e parte do grupo. Foi excelente. Fisicamente estávamos a quebrar porque disputámos um jogo muito intenso em Newcastle. Os que entraram elevaram o nível e ajudaram-nos a vencer hoje", acrescentou.
Arteta sublinhou que manter jogadores-chave como Saka frescos será especialmente importante, numa altura em que a equipa persegue o primeiro título inglês desde 2004.
"Especialmente com o Bukayo, que vinha de uma lesão prolongada, jogou 46, 60 e 70 minutos num curto espaço de tempo, por isso era mais arriscado", explicou.
"Optámos por lançar o Gabby. É ótimo poder contar com alguém como ele, com um perfil diferente. Esteve muito bem", concluiu.