Recorde as incidências da partida
Apesar das dúvidas, Pedro Gonçalves manteve-se no onze inicial do Sporting, com Rui Borges a reservar as surpresas para a defesa, onde Eduardo Quaresma ocupou a vaga de Debast, Fresneda voltou à titularidade, em detrimento de Vagiannidis, e Maxi Araújo regressou à esquerda, em vez de Mangas. Contas feitas, apenas Gonçalo Inácio repetiu o estatuto de titular, numa equipa sem alterações a meio-campo e no ataque. Do lado do Kairat, destaque para a titularidade de Kalmurza, guarda-redes de apenas 18 anos, na baliza da formação cazaque, além dos portugueses Luís Mata e Jorginho.

Pote de classe
Logo aos 4 minutos, Kochorashvili ficou condicionado por um cartão amarelo, e logo depois Pedro Gonçalves esteve perto do 1-0, numa jogada em tudo parecida ao golo que marcou ao Famalicão, mas desta vez o toque de classe, após ser lançado por Luis Suárez, foi defendido pela mancha do jovem Kalmurza. Na recarga, Maxi Araújo rematou contra um adversário e o guarda-redes do Kairat segurou.
Aos 12 minutos Pedro Gonçalves voltou a abrir o livro pela esquerda, tirando um adversário do caminho antes de cruzar para Sorokin ganhar a frente a Luis Suárez e, de carrinho, ceder canto. Perante o bloco baixo dos cazaques, o Sporting expunha-se muitas vezes num 2x2x6, com os dois centrais e os dois médios atrás de uma largura dada pelos laterais, colados à frente de ataque. Em cima do quarto de hora Pedro Gonçalves voltou a espalhar magia, tocando de calcanhar para Trincão, que serviu Luis Suárez mas o remate foi cortado para canto pelo português Luís Mata. Na sequência da bola parada, Gonçalo Inácio ganhou nas alturas mas cabeceou por cima.
Kalmurza defendeu penálti
Logo depois, aos 17', Kochorashvili tentou o golo de bicicleta, mas a bola saiu ao lado. Aos 20 minutos Mrynskiy derrubou Luis Suárez dentro da área mas, na conversão, Hjulmand rematou fraco, a meio da baliza, e Kalmurza defendeu a grande penalidade com o pé.
O guarda-redes do Kairat continuou a noite de sonho aos 24 minutos, voando para desviar o remate em arco de Quenda. O leão continuou com o pé no acelerador, aos 26' Trincão rematou ao lado, antes de Pedro Gonçalves, em cima da meia hora, rematar igualmente desviado da baliza do Kairat.
Olá João Virgínia
Aos 34 minutos, no primeiro remate do Kairat, valeu João Virgínia ao Sporting, voando para defender o remate forte do jovem Satpaev, e desviando para canto.
Respondeu o Sporting, aos 37', com Luis Suárez a encher o pé esquerdo para um míssil que embateu no poste da baliza cazaque.
Aos 40' foi Fresneda a ir até à linha de fundo mas a cruzar atrasado e Luis Suárez, à boca da baliza, a não conseguir desviar com sucesso.
Míssil de Trincão
Aos 44 minutos, depois de uma jogada de insistência, Gonçalo Inácio recuperou, tocou para Kochorashvili, que deixou a bola para Trincão encher o pé e rematar cruzado para o 1-0, com Kalmurza a ficar mal na fotografia.

Entrada a todo o gás
Para a segunda parte o Sporting não fez qualquer alteração, tal como o Kairat, apesar de Edmilson ter estado prestes a entrar na equipa cazaque. A verdade é que, logo aos 48 minutos, já depois de Jorginho ter rematado por cima, foi João Virgínia a parar o remate de Satpaev, antes de, na resposta, Pedro Gonçalves ter picado para Luis Suárez cabecear à barra da baliza de Kalmurza.
Aos 50' nova tentativa de Jorginho, a sair por cima da baliza do Sporting, antes de Arad, aos 54', atirar à figura de João Virgínia. Um minuto depois, surgiu novamente Jorginho, após perda de bola de Kochorashvili, com João Virgínia a defender mas já com posição irregular do jogador português do Kairat.
Kairat a crescer, Borges a mexer
A formação cazaque crescia no jogo, e Rui Borges mexia em dose tripla, aos 61 minutos, tirando Kochorashvili, Pedro Gonçalves e Luis Suárez, para lançar Morita, Alisson e Ioannidis.
O bis e a estreia a marcar
Quatro minutos volvidos, Fresneda cavalgou pela direita e ainda ganhou um ressalto antes de servir Trincão que, já dentro da área, rematou colocado para fazer o 2-0.
Logo depois Rui Borges voltou a mexer, tirando Maxi Araújo para estrear Matheus Reis esta temporada, antes de Alisson Santos, acabado de entrar, em estreia absoluta na Champions, apontar o 3-0 aos 67 minutos.
Obra de arte de Quenda
O leão estava endiabrado e o que dizer do que Quenda fez aos 68 minutos? Morita serviu o extremo que, pela direita, foi driblando adversário após adversário, antes de com o pé esquerdo fazer magia, apontando o 4-0. O miúdo não resistiu, tirou a camisola e viu amarelo. Mas a obra de arte merecia.
Com a goleada relâmpago em Alvalade, Rui Borges tirou Hjulmand para apostar em Debast, com Edmilson e Stanojev a serem lançados no Kairat, nos lugares de Arad e Tapalov. Aos 75 minutos entrou Sadybekov, saindo Kassabulat, antes de Ioannidis, aos 78', não ter conseguido dar seguimento ao passe de Matheus Reis, e de Trincão, aos 80', ter ultrapassado o guarda-redes mas rematado ao lado, falhando o hat trick.
Sotaque no golo de honra
Aos 82 minutos Kurgin e Ricardinho ocuparam os lugares de Mrynskiy e Luís Mata na equipa do Kairat, e aos 86 minutos os cazaques conseguiram mesmo chegar ao golo de honra, numa combinação entre brasileiros, quando Ricardinho cruzou para Edmilson rematar, de primeira, e bater João Virgínia.

O leão pagou caro por levantar o pé do acelerador, sofreu um golo com o jogo resolvido, mas Trincão, sempre com mudança elevada, aos 90' voltou a espreitar o hat trick, com remate por cima. O resultado ficou mesmo pelos 4-1, numa vitória construída na primeira parte e dilatada com três minutos diabólicos, antes do relaxamento final.
Homem do jogo Flashscore: Francisco Trincão (Sporting)
