O Manchester City recebeu e venceu o Bayern (3-0), na primeira mão dos quartos de final da Liga dos Campeões. Rúben Dias e Bernardo Silva foram titulares na equipa da casa, João Cancelo foi suplente no regresso ao Etihad e entrou no segundo tempo perante um coro de assobios.
Sem uma referência ofensiva – Choupo-Moting está lesionado e ficou em Munique – e com Muller e Sadio Mané no banco, Thomas Tuchel inovou com uma frente de ataque móvel, sem posições definidas, mas deu-se mal e raramente o Bayern conseguiu incomodar um Manchester City que aos poucos foi agarrando o controlo do jogo e asfixiando o gigante bávaro.
Um domínio ficou mais palpável com um momento fantástico do inesperado Rodri. Aos 28 minutos, o médio espanhol tirou um adversário do caminho, fez mira e colocou, de pés esquerdo, a bola fora do alcance de Sommer. Uma bela forma para se estrear a marcar na principal competição europeia de clubes.
Até ao intervalo, Sommer ainda teve de se aplicar, quando aos 34 minutos travou, com o pé esquerdo um remate à queima de roupa de Gundogan. Isto depois de ter caído desamparado num lance que disputou nas alturas com Grealish.
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O intervalo parece ter feito bem ao Bayern. Mais assertivo, o conjunto bávaro fez o primeiro remate aos 48 minutos, por Sané que viu Ederson aplicar-se. O mesmo duelo viria a suceder-se cinco mais tarde e com o mesmo resultado: o guarda-redes brasileiro mostrou reflexos atentos.
Foi o canto do cisne do Bayern e o início de uma exibição de gala do Manchester City que colocou a nu toda a fragilidade do grande dominador do futebol alemão. E neste mundo encantado que Guardiola consegue muitas vezes montar tudo é permitido, até mesmo lances que imaginados antes do apito inicial seriam estranhos.
Vejamos o do segundo golo: Upamecano perdeu a bola perante a pressão de Jack Grealish, Haaland apareceu na esquerda e cruzou para Bernardo Silva (70 minutos) aparecer na área de cabeça.
Mas depois de assistir, Haaland não queria deixar de ser protagonista. Prestes a somar a primeira vitória na carreira contra o Bayern, o avançado norueguês quis dar outro brilhantismo com um golo para os livros dos recordes: Aos 76 minutos aproveitou um cabeceamento de Stones para aparecer a finalizar na área. 45.º golo esta época em todas as competições (11 na Liga dos Campeões), um feito inédito ao serviço de um clube da Premier League.
O Manchester City segue em vantagem para a Alemanha, onde o Bayern vai ter uma tarefa muito complicada para dar a volta à eliminatória. Dois anos depois de ter perdido a final, a equipa de Pep Guardiola volta a ter motivos para sonhar com a conquista da prova milionária.
