Recorde as incidências do encontro
Um Aston Villa - Paris SG nos quartos de final da Liga dos Campeões não é propriamente um jogo de cartaz, mas quem assistiu a esta partida não deu o seu tempo por perdido, apesar da vantagem de dois golos que a equipa francesa trouxe da capital (3-1).
Laterais tiveram via verde em Birmingham
Além de ter tocado o hino da Liga Europa no Villa Park, num momento que deixou incrédulos os jogadores das duas equipas, a formação inglesa teve mesmo uma entrada em falso que podia ter sentenciado a eliminatória numa fase precoce da partida.
Sem ter de assumir as despesas do jogo, o Paris SG decidiu aproveitar o espaço deixado pela equipa de Unai Emery e encontrou, através dos seus laterais, a solução para bater Emiliano Martínez e deixar bem a eliminatória bem encaminhada. Hakimi aproveitou uma bola solta da zona de grande penalidade, após saída do guardião argentino, e abriu o marcador.
Os ingleses tiveram uma reação algo tímida, mas que ainda serviu para incomodar Donnarumma pela primeira vez. No entanto, mais uma jogada bem construída pelo conjunto de Luis Enrique permitiu a Nuno Mendes (28') apontar o segundo golo nesta eliminatória e fazer o 0-2 que deixava o Aston Villa com uma montanha de cinco golos para escalar.
Depois das ameaças do Aston Villa, interrompidas pelo 0-2 de Nuno Mendes, a equipa de Unai Emery assumiu definitivamente o risco máximo e acabou por ser premiado com um desvio que lançou os ingleses para uma segunda parte que ainda deu para sonhar - Youri Tielemans (35') reduziu a desvantagem com um remate que ainda tocou em Pacho e traiu Donnarumma.
O jogo estava aberto e imprevisível, fora do controlo da equipa de Luis Enrique, que gosta de ter bola, mas teve dificuldades numa noite menos positiva de Vitinha no miolo. Se a primeira parte até foi animada, a segunda foi mais uma noite épica de Liga dos Campeões que deixou os adeptos do Aston Villa, de volta a esta competição 41 anos depois, a sonhar com as meias-finais.
Só Donnarumma evitou o sonho do Aston Villa
Quando as equipas voltaram para os balneários, a eliminatória aparentava estar decidida. Com um 2-5 favorável aos parisienses, o Aston Villa precisava de três golos para levar a decisão para prolongamento, mas nem o poderio da equipa de Luis Enrique, que já tinha vencido o Liverpool, futuro campeão da Premier League, em solo inglês, afastou as intenções dos Villans.
No espaço de apenas três minutos, John McGinn (55') disparou uma bomba que acabou no fundo das redes de Donnarumma e Konsa (58') fez o 4-5 na eliminatória pouco depois de mais uma grande intervenção do italiano. Emery, com histórico de surpreender nas competições europeias, começava a acreditar numa good ebening, mas encontrou no titular da seleção de Itália o último muro de Paris.
O guarda-redes italiano foi o único a manter o nível numa incaracterística segunda parte do Paris SG, que teve as suas principais figuras desaparecidas e não conseguiu fazer funcionar o coletivo. Donnarumma fez uma defesa monstruosa para negar o empate na eliminatória a Tielemans e depois evitou um potencial golo irónico de Asensio, emprestado pelo PSG à equipa inglesa.
O gigante italiano conseguiu suster a fase de maior assédio da equipa inglesa e o Paris SG confirmou o apuramento para as meias-finais da Liga dos Campeões, não sem sofrer um valente susto numa noite de terça-feira em Birmingham. Quem diria...
