Salah acusou o Liverpool de o "sacrificar" e afirmou não ter qualquer relação com o treinador principal, Arne Slot. O astro egípcio acabou por ficar fora da convocatória na vitória por 1-0 frente ao Inter de Milão, na Liga dos Campeões, numa altura em que aumentam os rumores sobre o seu futuro.
A entrevista após o jogo com o Leeds United trouxe ao jogador de 33 anos uma onda de críticas, incluindo de comentadores e antigos jogadores como Steven Gerrard e Jamie Carragher, que consideram que Salah errou ao expor-se daquela forma.
Agora, em declarações à CBS Sports, Thierry Henry partilhou a sua opinião sobre o caso, posicionando-se ao lado do clube e de Slot.
"É preciso proteger a equipa a todo o custo, sempre. Compreendo que queiras falar. Compreendo a frustração. Não compreendo o modo nem o momento. Isso não faz sentido para mim. Foi errado, e quando se fala de relações, a única relação que um treinador quer ter com um jogador é que ele renda em campo", afirmou.
"Se não estiveres a render, o teu lugar está em risco. Não tens direito garantido a um lugar, especialmente num clube como o Liverpool... Não tem nada a ver, mais uma vez, com o que ele já conquistou. Repito – adoro o Mo Salah. Adoro o que ele fez no futebol. Mas isso é outro assunto. Não é assim que se deve agir", defendeu Henry.
Salah afirmou que "é muito claro que alguém quis que eu levasse toda a culpa" – sem revelar quem – antes de garantir que "alguém não me quer no clube".
O extremo já marcou 250 golos em todas as competições e foi fundamental nas conquistas de dois títulos da Premier League e da Liga dos Campeões, mas a entrevista levou muitos a acreditar que a janela de transferências de janeiro poderá ser o momento da sua saída, após vários anos de serviço ao clube.
