Reveja aqui as principais incidências da partida
Numa partida decisiva para o futuro na Liga dos Campeões, Artur Jorge apresentou uma equipa na máxima força, tendo em conta as baixas de Bruma e Al Musrati, que falharam o jogo por lesão. Moutinho somou o quarto jogo consecutivo a titular, Simon Banza recebeu a confiança na frente de ataque.
O Union Berlim era uma surpresa, já que este marcou a estreia de Nenad Bjelica no comando dos germânicos que viram chegar ao fim cinco anos de Urs Fischer. E o novo técnico mudou do habitual sistema de três centrais (que ainda se vislumbrou a defender), para um 4x3x3, em que Volland partia da direita para se juntar a Behrens, e Gosens era o escolhido para atacar na esquerda.
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Cautela
O jogo da primeira volta começou de forma bastante entretida, com ambas as equipas a apostarem na velocidade da frente para conseguirem ferir o adversário (aqui o Union Berlim sentia falta do lesionado Sheraldo Becker) e no final dos 45 já havia três golos na capital germânica.
Em Braga o jogo foi radicalmente diferente. Por motivos diferentes, as duas equipas apostaram num jogo mais pausado, com o Union a procurar tapar os caminhos ao SC Braga mais preocupado com o evitar a derrota, enquanto os arsenalistas dominavam a posse de bola, na procura de novo triunfo milionário.
Foi preciso esperar até aos 16 minutos para ver o primeiro momento de frisson, com Ronnow a negar o golo a Banza com uma grande defesa. O congolês apareceu na área após um belo trabalho individual de Ricardo Horta e ficou muito perto de ser feliz. Depois, foi a vez de Álvaro Djaló ficar perto do golo, mas cabeceou ao lado após cruzamento com peso, conta e medida de Víctor Gómez.
![O posicionamento do Union Berlim O posicionamento do Union Berlim](https://livesport-ott-images.ssl.cdn.cra.cz/r900xfq60/0c40f078-e04f-4d32-a7d8-3835766f0043.jpg)
Vermelho cor da esperança
O domínio do SC Braga caiu por terra aos 30 minutos. Impetuoso, Niakaté perseguiu Behrens até ao meio-campo adversário e acabou por pisar inadvertidamente o central alemão. Inicialmente viu o cartão amarelo, mas Clement Turpin foi chamado pelo VAR e corrigiu para vermelho. Sem vencer desde agosto, o Union Berlim via agora um sinal de esperança.
Reduzido a 10, o SC Braga repôs a defesa ao mexer no meio-campo. Vítor Carvalho foi o sacrificado do trio de médios e Serdar Saatçi entrou para o centro da defesa. Contudo, a equipa começou a sentir claramente dificuldades.
O Union Berlim tornou-se mais audaz, conseguiu aproveitar a superioridade no meio-campo e começou a aproximar-se da baliza bracarense. Foi recompensado pela audácia. Aos 42 minutos, Roussillon surgiu na esquerda e combinou com Gosens, com o internacional alemão a rematar para o fundo das redes.
Sentiu-se a intranquilidade arsenalista nesse momento. O SC Braga não mais se conseguiu reorganizar e pareceu perder por completo a batalha no meio-campo, onde Laidouni ia sendo o elemento em melhor plano, sobretudo a aparecer nas costas de João Moutinho. Ainda assim, é minhota a melhor oportunidade antes do intervalo, com Ronnow a negar José Fonte na sequência de um lance de bola parada.
![Os números ao intervalo Os números ao intervalo](https://livesport-ott-images.ssl.cdn.cra.cz/r900xfq60/a2fbbc07-520a-4251-8b4e-c3e393314ab3.jpg)
Os fantasmas
A vencer em Braga, o Union Berlim sentiu a importância do momento. Além de procurar o primeiro triunfo da história na Liga dos Campeões, o conjunto germânico jogava com o peso de 15 jogos consecutivos sem vencer e bater o SC Braga seria o tónico que a equipa precisava para se reerguer de uma época tenebrosa.
Contudo, os fantasmas voltaram a surgir. Instados a pressionar por Artur Jorge na linha lateral, os jogadores do SC Braga conseguiram provocar o erro alemão e Ricardo Horta conseguiu aproveitar um mau passe do adversário numa assistência ao isolar Álvaro Djaló na cara de Ronnow, com o espanhol a não desperdiçar.
Despertaram as bancadas do Municipal de Braga e empurraram a equipa para a frente, quase que esquecendo o facto de estar em desvantagem numérica. Álvaro Djaló ficou perto de bisar, Ricardo Horta viu a bola rasar o poste após um erro de Juranovic e, de repente, o ímpeto da partida mudou: era agora o SC Braga que dominava.
Contudo, os minhotos não conseguiram mais ameaçar a baliza de Ronnow. O Union Berlim foi mesmo conseguido recuperar o controlo do jogo e acabou com as melhores oportunidades da etapa final, ambas por David Datro Fofana que não conseguiu concretizar.
O apito final deixou um sabor agridoce para ambas as equipas. O Union Berlim somou o segundo jogo consecutivo sem perder, mas aumentou para 15 os duelos sem o sabor da vitória e perdeu uma oportunidade soberana para conseguir o primeiro triunfo na Liga dos Campeões. Já o SC Braga manteve a porta dos oitavos de final em aberto (devido à vitória do Real Madrid), mas está obrigado a vencer por dois golos em Nápoles para conseguir o feito inédito.
![A classificação do Grupo C A classificação do Grupo C](https://livesport-ott-images.ssl.cdn.cra.cz/r900xfq60/379da9ec-446d-4f96-8272-271e327839ad.jpg)
Homem do jogo Flashscore: Álvaro Djaló (SC Braga)
![Os números da partida Os números da partida](https://livesport-ott-images.ssl.cdn.cra.cz/r900xfq60/158d40e1-8d49-42d6-8090-769e430b4952.jpg)