Análise: A segunda juventude de Xherdan Shaqiri, o rei dos verões

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Xherdan Shaqiri, peça-chave no clube do seu coraçãoFABRICE COFFRINI / AFP

Aos 34 anos, Xherdan Shaqiri está a viver o melhor momento da sua carreira em termos estatísticos. Habituado a aparecer para o grande público em Mundiais e Europeus, o ex-internacional suíço tem estado em destaque desde o seu regresso ao Basileia em 2024, somando 57 contribuições ofensivas em 54 jogos disputados.

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Para muitos que já têm cabelos grisalhos, o rei do verão será sempre Georgie Dann. Podem ter razão a nível musical, mas no panorama futebolístico, o grande nome de quase todos os períodos estivais é nada mais nada menos do que Xherdan Shaqiri. Um futebolista eterno que, para o grande público, aparecia sempre de dois em dois anos a liderar a sempre competitiva seleção suíça nos Europeus e Mundiais.

O pequeno futebolista, natural de Gjilan (Kosovo), conta já com 34 primaveras e, depois de ter passado por alguns dos melhores clubes da Europa (Bayern, Inter de Milão, Liverpool, Olympique de Lyon...), a MLS parecia ser a sua sepultura desportiva. Defendeu a camisola do Chicago Fire na competição norte-americana, passando por lá sem pena nem glória.

Parecia um triste final para um jogador que sempre rendeu muito mais pela sua seleção do que pelos clubes, mas o futebol reservava-lhe um capítulo dourado. Em 2024, Shaqiri não hesitou em assinar pelo clube que o viu nascer, o Basileia. Uma última dança carregada de sentimentalismo que, além disso, com os números na mão, está a permitir ver o melhor Xherdan de sempre no seu auge.

E desde a sua chegada ao conjunto suíço, Shaqiri soma mais contribuições de golo do que jogos disputados. Concretamente, soma 57 (28 golos e 29 assistências) em 54 jogos disputados. Números absolutamente estelares que se cimentaram numa primeira época histórica (21 golos e 22 assistências em 39 jogos) e que se mantêm até ao momento nesta época 2025/26 (sete golos e sete assistências em 15 jogos).

Agora, na Liga Europa e frente a uma das suas antigas equipas (Lyon), Shaqiri tentará continuar a prolongar uma segunda juventude tão inesperada quanto merecida para um jogador que também rende no outono, inverno e primavera para além de alguns êxitos estivais que, após a sua retirada da seleção suíça em 2024, são já coisa do passado.