Leia abaixo as declarações do treinador do FC Porto, Francesco Farioli, na conferência de imprensa de antevisão ao duelo com o Salzburgo, da primeira jornada da fase principal da Liga Europa, agendado para quinta-feira, às 20:00.
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Desafio do Salzburgo: "Há algumas semelhanças com as equipas ou pelo menos momentos do jogo que já defrontamos. Depois de analisar profundamente o Sazlburgo, é uma equipa que tem uma identidade muito profunda, gostam de pressionar alto no campo em diferentes cenários, olha sempre para a verticalidade, muitos duelos, no chão e aéreos... É um jogo que apresenta dificuldades e desafios, há um momento em que temos de lutar no jogo deles e outros em que temos de levar o jogo para o que queremos. Temos de ser muito inteligentes a gerir esses momentos".
Mudanças no Salzburgo após 3 jogos sem vencer: "Sobre os últimos resultados, há momentos no futebol que não são muito positivos ao virar de cada esquina, tudo pode mudar muito rapidamente. Isso não nos pode deixar mais relaxados, temos é de estar mais atentos e exigentes connosco próprios, até mais em cima dos detalhes. O que pode acontecer e não pode acontecer é vir de uma série de bons resultados e permitirmos que o nível desça. É por isto que lutamos, amanhã (quinta-feira) estaremos prontos para isso e do outro lado eles estarão ainda mais agressivos. Vão começar rápido e fortes.

Desafios da Liga Europa e favoritismo na competição: "Para nós é muito simples: temos dois livros em cima da mesa, o da Liga Portugal, que está fechado agora, e um que se abriu que é o da Liga Europa. Temos estado com muita atenção e dedicação a trabalhar com o mesmo nível de detalhe e desejo para dar o primeiro passo na direção certa. O que queremos é que esta estrada seja a mais longa possível. É uma imagem muito bonita estarmos no Porto, que é de um lado da Europa, e Istambul (local da final) está no limite do outro lado, se levarmos isso em consideração sabemos quantos passos temos de dar se quisermos lá chegar".
Preocupação com o relvado: "Para mim não é uma desculpa, é um facto que ambos vamos jogar naquele relvado que não está, de todo, ao nível de uma noite europeia. Pelo futebol e pela saúde dos jogadores, já falei disto antes, há tantas regras no futebol, o corte e as cores das meias, por exemplo, que são importantes, mas não podemos aceitar ter uma das ferramentas mais importantes, que é o relvado, nestas condições. Especialmente para atletas que vão fazer mais de 50 jogos esta época e este tipo de campos não ajuda a jogar, mas também os expõe a um risco desnecessário".
Mudanças no onze na Liga Europa: "Vamos abordar todos os jogos um por um, queremos ir com o melhor onze possível para maximizar a hipótese de ganhar o jogo, respeitando a competição em que estamos. E as noites europeias são um privilégio de jogar. Sobre a rotação, não é algo novo para mim, acredito verdadeiramente na força do grupo. Tivemos prova disso em alguns jogos, com jogadores que não jogaram muito e que se chegaram à frente com boas exibições. Agora entramos num período apertado, especialmente na próxima semana, precisamos de estar prontos para isso. É uma boa hipótese para o grupo demonstrar o que o grupo tem feito nos últimos meses, por isso aumentamos tanto o ritmo nos treinos".

Quando o FC Porto viajou à Áustria ganhou a competição: "É uma coincidência, veremos em maio se é mais do que isso. Como sempre há dados e informação que é sempre interessante, vi uma esta manhã que mostrei aos jogadores sobre os últimos 16 jogos fora de casa em que só houve duas vitórias fora nos últimos 13 anos. Isso é algo que temos de mudar na nossa mentalidade e a forma como abordamos os jogos, amanhã é o primeiro passo nessa direção. Depois disso, veremos... Para já estamos focados no passo à nossa frente, porque (o Salzburgo) é um grande clube com grande tradição e que merece toda o nosso respeito e atenção".
Diogo Costa e o desejo de renovar: "Para mim enquanto treinador e o Diogo sabe, que quando se tem - na minha opinião - um dos três melhores guarda-redes do mundo na equipa é um privilégio. Do ponto de vista técnico, mas também pelo papel que tem no clube e no grupo, a forma como veste a braçadeira é assinalável, é um exemplo em tudo o que faz. Não são apenas palavras para lhe dar um presente, mas porque é um tipo mesmo especial. Desejo que o presidente faça uma boa negociação e que a duração do contrato seja muito longa".
Leia o que disse Diogo Costa em conferência de imprensa
Perto de fazer história com o melhor arranque do clube: "Para nós é importante fazer o presente. Os resultados e as boas vibrações à volta da cidade e dos adeptos é algo que temos de tentar alimentar com o nosso trabalho, desejo e paixão. Temos muita sorte porque quando damos um, eles dão-nos dois com o seu apoio. Sobre o bom arranque, os resultados foram bons, as exibições foram ok, mas confiem em mim: há muito trabalho a ser feito. Eu próprio, a equipa técnica e os jogadores estão conscientes disso, porque para continuar a crescer e avançar, o nosso nível precisa de subir. Em jogo, tenho a sensação que a consistência não está lá durante os 90 minutos. Contra o Rio Ave, tivemos momentos muito bons, mas também tivemos momentos de blackout que não podemos aceitar, especialmente quando o nível competitivo aumentar, como amanhã, e não podemos cair nessa velha armadilha".
Alan Varela, Martim Fernandes e Alberto Costa recuperados: "Boas notícias, estão todos a caminho de recuperar, exceto o Luuk de Jong e o Nehuén Pérez, que vão precisar de mais umas semanas infelizmente. O Alberto voltou há pouco tempo, tem estado bem, mas temos de considerar se vai jogar ou não. O Martim e o Alan estão melhores, vamos monitorizando com a equipa médica a evolução da situação, não só para amanhã como o futuro. Vamos usar todos os minutos possíveis para os deixar preparados".
Necessidade de reiventar a equipa no calendário apertado: "Há uma parte de adicionar em todos os jogos algo novo. Uma parte é adaptação, outra é melhorar no que queremos fazer. Todos os jogos têm cenários diferentes, como construir, como pressionar... os princípios mais importantes estão sempre lá, mas depois dos jogos há oportunidade de explorar o livro em que estamos a trabalhar desde o início da época. Estou muito grato por ter um grupo muito recetivo e dá-nos a oportunidade de explorar e adicionar coisas mesmo num horário apertado".