Recorde as incidências do encontro
Ao contrário do que tem acontecido esta temporada na Liga, onde o SC Braga tem vindo a fazer uma temporada abaixo das expectativas, a equipa de Carlos Vicens estava a brilhar na Liga Europa, entrando para a 4.ª jornada como uma das três equipas ainda invictas na prova. Um registo que parecia estar para continuar, depois de 45 minutos de domínio frente ao Genk, que não tinha marcado nos últimos dois jogos da competição.

Parecia mais um passeio na Europa
O jogo com o FC Porto provocou desgaste e Vicens assumiu isso mesmo antes da partida, mas não foi um SC Braga revolucionário aquele que recebeu o Genk, provando que o foco dos arsenalistas está muito na Liga Europa, especialmente depois de um começo tão promissor que permite sonhar com o apuramento direto para os oitavos de final.
Depois da boa exibição no Dragão, o SC Braga trouxe o mesmo espírito para a Pedreira e entrou com tudo, ficando perto do golo em duas ocasiões logo nos primeiros 15 minutos da partida - Zalazar e Gabri Martínez desperdiçaram em boa posição.
No entanto, comprovou-se que o golo bracarense seria meramente questão de tempo. Lelo tentou visar a baliza belga, mas foi um remate forte de Zalazar (30'), após pontapé de baliza de Hornicek, que iniciou o que parecia ser mais uma noite cintilante para este SC Braga europeu.
O nível transcendente na competição não encontrava par naquela altura, com exceção do Midtjylland, a outra equipa ainda invicta na prova, que já tinha feito o seu trabalho. Um livre rápido batido por Moutinho quase resultou no 2-0, desperdiçado pelo perdulário Gabri Martínez, mas o SC Braga já preparava o regresso aos balneários com uma vantagem mais do que justa, até que...

Só Zalazar tentou segurar a Pedreira
O Genk fez o empate para lá do único minuto de desconto dado pelo árbitro. No banco, Carlos Vicens pedia para que o canto não fosse batido, uma vez que já passava alguns segundos após o tempo de compensação e parecia que o técnico estava a adivinhar o que aí vinha - Heymans (45+2'), de cabeça, fez o 1-1 e mudou o plano da segunda parte e o desfecho de um jogo que parecia controlado.
Aquele golpe precipitou uma autêntica derrocada na Pedreira e lançou uma segunda parte recheada de erros e com reviravolta precoce do Genk. Sor (48') aproveitou um mau passe de Gorby e fez o 1-2 que deixou ainda mais nervosos os jogadores bracarenses.
A urgência para chegar ao golo tirou algum discernimento à equipa de Vicens e abriu as portas da baliza de Hornicek. O guardião checo deparou-se com uma noite eficaz do conjunto belga e viu Oh (59') fazer o 1-3, perante a passividade da defesa arsenalista.
No meio de um jogo louco e anárquico, Zalazar foi sempre o foco de inspiração bracarense e ainda reduziu (71') num golpe de cabeça, depois do cruzamento de Ricardo Horta a partir da esquerda, numa altura em que o SC Braga carregava e parecia voltar a estabilizar.
Mas nesta noite de ilusões na Pedreira, a surpresa não tardou a suceder. Medina (72') fez o 2-4 na jogada logo a seguir, depois de nova perda de bola de Gorby, com um grande remate de fora da área, e deitou por terra a esperança bracarense, que ainda foi renovada com um golo aos trambolhões de Lagerbielke (86'), a meias com Fran Navarro, mas não o suficiente para evitar o primeiro deslize na Liga Europa.
Uma noite de loucos na Pedreira.
Homem do jogo Flashscore: Zalazar (SC Braga)

