Estrela Vermelha 1-0 Lille
O Lille, de Félix Correia e Tiago Santos, desperdiçou a oportunidade de vencer dois jogos consecutivos fora de casa na fase principal da Liga Europa pela segunda vez na sua história, ao perder por 1-0 frente ao Estrela Vermelha, de Tomás Händel, em solo sérvio.
Ambas as equipas vinham de derrotas na jornada anterior da competição, e isso refletiu-se nos minutos iniciais, com pouca confiança e escassas oportunidades de perigo. Marko Arnautović e Nabil Bentaleb tentaram a sorte, mas sem acertar no alvo, enquanto a melhor ocasião da primeira parte pertenceu a Marius Broholm, que criou espaço à entrada da área antes de rematar ligeiramente ao lado. Calvin Verdonk também desperdiçou um livre direto, atirando por cima da baliza, e o jogo chegou ao intervalo sem golos, algo que não acontecia há seis partidas a envolver o Lille.
O início da segunda parte foi mais animado para o Estrela Vermelha, que viu Franklin Tebo Uchenna acertar no poste num remate de fora da área. Pouco depois, Nair Tiknizyan tentou também de longa distância, mas o seu disparo passou a poucos centímetros do alvo. Apesar da pressão sérvia, o Lille respondeu e esteve perto de marcar quando Hamza Igamane obrigou o guarda-redes Matheus a uma excelente defesa, após um remate colocado junto ao poste. Arnautović ainda introduziu a bola na baliza, mas o golo foi corretamente anulado por fora de jogo, mantendo o empate enquanto ambas as equipas procuravam o tento decisivo.
O avançado austríaco não voltaria a falhar. A cinco minutos do fim, o Estrela Vermelha beneficiou de uma grande penalidade cometida por Berke Özer, e Arnautović assumiu a responsabilidade, batendo o guarda-redes para selar a primeira vitória dos sérvios nesta edição da Liga Europa.
Já nos descontos, Ayyoub Bouaddi acertou na trave, desperdiçando a última hipótese do Lille de empatar. Com esta derrota, os franceses somam dois desaires consecutivos na competição, vendo as suas aspirações de apuramento para a fase a eliminar seriamente comprometidas.
Nice 1-3 Friburgo
O Friburgo deu um passo decisivo rumo à fase a eliminar da Liga Europa, depois de virar o resultado e vencer o Nice no Allianz Riviera. A equipa francesa prolonga assim o seu mau registo frente a adversários alemães, somando agora 10 jogos consecutivos sem vencer.
Tendo perdido os três primeiros jogos desta edição da Liga Europa, o Nice estava em desespero por uma vitória frente a um Friburgo ainda invicto na competição. Apesar de Derry Scherhant ter assinado o primeiro remate enquadrado do encontro, foram os franceses a inaugurar o marcador a meio da primeira parte: Kevin Carlos recebeu um passe em profundidade de Charles Vanhoutte e finalizou com classe para o canto inferior, somando o seu segundo golo na prova. No entanto, o tento teve o efeito contrário ao esperado. O empate surgiu pouco depois, quando o capitão do Nice, Melvin Bard, falhou um domínio e permitiu que Yuito Suzuki recuperasse a bola e assistisse Johan Manzambi, que rematou com potência para o 1-1, o seu primeiro golo em competições europeias.
Foi uma primeira parte para esquecer de Bard, que pouco depois voltou a comprometer, desta vez ao derrubar Suzuki dentro da área. Na conversão do penálti, Vincenzo Grifo enganou o guarda-redes Yehvann Diouf e completou a reviravolta. O Friburgo ainda teve tempo para ampliar a vantagem antes do intervalo com Scherhant a marcar o terceiro, beneficiando de um desvio em Juma Bah para fixar o 1-3 ao descanso.
Devido a um incidente com pirotecnia no último jogo europeu frente à Roma, duas secções do estádio estavam interditas, e a equipa da Ligue 1 sentiu claramente a falta desse apoio adicional. Apesar de ter mostrado mais iniciativa na segunda parte, a melhor oportunidade do Nice pertenceu a Salis Abdul Samed, que rematou por cima em boa posição dentro da área. O Friburgo, por sua vez, apostou nas transições rápidas e, com um pouco mais de acerto no último passe, poderia ter dilatado ainda mais a vantagem.
O Nice tentou reagir, mas nunca conseguiu reduzir o marcador. Com esta vitória, a formação de Julian Schuster termina a jornada entre os oito primeiros e soma já 10 pontos, mantendo esperanças reais de garantir o apuramento direto para os oitavos de final. O Nice, por outro lado, fica à beira da eliminação e terá de vencer o FC Porto no próximo jogo da Liga Europa para manter viva a sua campanha europeia.
Sturm Graz 0-0 Nottingham Forest
Ambas as equipas chegaram a este encontro depois de arranques pouco convincentes na prova, mas o Forest parecia em melhor forma após ter vencido o FC Porto na ronda anterior.
A equipa de Sean Dyche começou novamente de forma positiva, com James McAtee muito perto de inaugurar o marcador ao rematar ligeiramente ao lado, depois de responder a um livre inteligente de Nicolás Domínguez. Pouco depois, Ryan Yates viu o seu cabeceamento ser afastado em cima da linha por Arjan Malić, num início dominador dos Tricky Trees.
Ainda assim, os Die Schwoazn chegaram a introduzir a bola na baliza na sua primeira investida ofensiva, quando Maurice Malone aproveitou uma defesa incompleta de John Victor a um remate de Otar Kiteishvili. No entanto, o golo foi anulado por fora de jogo assinalado pelo árbitro assistente. Logo depois, o Forest passou do possível desgosto à esperança, quando Emanuel Aiwu foi penalizado por mão na bola após um cruzamento de Neco Williams, mas Oliver Christensen defendeu com facilidade a grande penalidade cobrada por Morgan Gibbs-White, num primeiro tempo intenso e equilibrado.
O Forest procurou rapidamente ultrapassar essa desilusão após o intervalo, com Ryan Yates a tentar a sorte de longe, mas sem sucesso, enquanto Arnaud Kalimuendo sofreu uma entrada dura de Niklas Geyrhofer depois de ser lançado por Williams. Quem esperava que isso abrisse caminho a mais oportunidades de golo acabou desiludido, já que o jogo se tornou mais tático e cauteloso à medida que a segunda parte avançava. Domínguez ainda esteve perto de dar a vitória ao Forest nos minutos finais, mas o seu remate desviado embateu com força no poste.
No final, o Forest, que ainda vai defrontar o SC Braga, teve de se contentar com a divisão de pontos - um resultado aceitável, tendo em conta a longa lista de lesionados da equipa. Por seu lado, Jürgen Säumel poderá estar satisfeito com a solidez defensiva do seu conjunto, depois de três derrotas nos quatro jogos anteriores. Não ficará na memória como um clássico europeu, mas poderá revelar-se um ponto importante para ambas as equipas na luta pela passagem à fase a eliminar.
Salzburgo 2-0 G.A Eagles
O RB Salzburgo conseguiu finalmente somar os primeiros pontos nesta edição da Liga Europa, depois de dois golos na segunda parte garantirem uma confortável vitória por 2-0 frente ao Go Ahead Eagles, que vão defrontar o SC Braga.
Apesar do ambiente intenso e da névoa de fumo que pairava na Red Bull Arena, foram os Eagles quem começaram melhor, com Mathis Suray a obrigar o guarda-redes a uma boa defesa num remate potente de longa distância. Só perto do quarto de hora os anfitriões criaram verdadeiro perigo, quando Clément Bischoff ganhou espaço à entrada da área e rematou para uma boa defesa de Jari De Busser.
Após um início algo morno, os Eagles desperdiçaram uma excelente oportunidade para se adiantarem no marcador a meio da primeira parte, quando Kenzo Goudmijn, sem oposição, recebeu a bola dentro da área e rematou ao lado. O Salzburgo terminou a primeira parte por cima, e Bischoff voltou a estar perto do golo, mas o seu remate de fora da área saiu ligeiramente ao lado, deixando o marcador em 0-0 ao intervalo.
Depois de um recomeço cauteloso, o Salzburgo inaugurou o marcador pouco antes da hora de jogo, culminando uma bela jogada coletiva. Após uma troca paciente de passes, Aleksa Terzić recebeu a bola na esquerda e cruzou com precisão para Yorbe Vertessen, que finalizou com sucesso, somando o seu segundo golo nesta Liga Europa. Libertados da pressão de marcar, os austríacos ganharam confiança e procuraram rapidamente ampliar a vantagem: Sōta Kitano viu dois remates defendidos, e Edmund Baidoo também obrigou De Busser a intervir.
Terzić, que já tinha assistido no primeiro golo, voltou a ser decisivo aos 81 minutos, quando avançou para a área e disparou um remate fortíssimo para o ângulo superior, fazendo o 2-0 e selando a vitória. As duas intervenções decisivas do sérvio garantiram um triunfo europeu muito necessário ao Salzburg, que, apesar do resultado positivo, continua nos lugares inferiores da classificação da Liga Europa.
Malmo 0-1 Panathinaikos
A espera do Malmö, futuro adversário do FC Porto, pela primeira vitória nesta fase da Liga Europa continua, depois de uma derrota frente ao Panathinaikos, que disputou o seu primeiro jogo na competição sob o comando do novo treinador, Rafael Benítez.
O Malmö começou melhor e foi a equipa mais perigosa nos minutos iniciais. Aos oito minutos, Otto Rosengren obrigou o guarda-redes Alban Lafont a uma boa defesa num remate potente de fora da área, e, logo a seguir, o guardião francês voltou a brilhar ao afastar a bola após o canto resultante. Do outro lado, Anass Zaroury tentou a sorte com um remate em arco que saiu ao lado, e, pouco depois, os gregos ganharam uma grande penalidade aos 18 minutos: um mau toque de Kenan Busuladžić à entrada da área permitiu a Pedro Chirivella recuperar a posse, e, na tentativa de emendar o erro, o jogador bósnio acabou por derrubar Karol Świderski. No entanto, o avançado polaco desperdiçou a oportunidade, com uma corrida hesitante e um penálti fraco facilmente defendido por Melker Ellborg.
Os suecos também falharam uma excelente ocasião quando desperdiçaram uma situação de três contra um, após um passe demasiado suave de Emmanuel Ekong ser interceptado pelo único defesa em cobertura, Erik Palmer-Brown. O primeiro tempo terminou com alguma frustração para o Panathinaikos, já que Manolis Siopis viu o terceiro cartão amarelo nesta fase da prova e vai falhar o próximo jogo da Liga Europa, frente ao Sturm Graz.
Mesmo antes do intervalo, o Malmö voltou a criar perigo, quando Jens Stryger perdeu o equilíbrio ao tentar finalizar um cruzamento de Hakšabanović. Já na segunda parte, Benítez — vencedor da Liga Europa com o Chelsea e da Taça UEFA com o Valencia — retirou Świderski e lançou Miloš Pantović. A substituição não teve impacto imediato, com Ekong a ficar a centímetros de desviar um cruzamento tenso de Hugo Bolin, e Palmer-Brown a desperdiçar uma boa oportunidade para testar Ellborg após passe de Tetê. Pouco depois, o Panathinaikos pediu penálti por queda de Pantović na área, mas o árbitro mandou seguir; aos 67 minutos, Tetê quase inaugurou o marcador, com um remate que embateu no poste.
Com o jogo a encaminhar-se para o final e o nervosismo a aumentar, Tetê acabou por ver cartão amarelo por simulação. Contudo, o Panathinaikos conseguiu finalmente marcar, após um período de pressão contínua: um cruzamento mal aliviado por Đurić sobrou para Zaroury, que aproveitou e viu o seu remate desviar num defesa antes de entrar na baliza.
