Recorde as incidências da partida
Danny Rohl (treinador do Rangers):
"Sim, foi desapontante (não termos matado o jogo quando estávamos a ganhar contra 10 jogadores). Mas olho para os primeiros 60 minutos e foi a primeira vez que a minha equipa foi competitiva na Europa e acho que isto é um passo em frente. Claro que queríamos ganhar.
Na segunda parte, achei que estávamos a controlar o jogo e depois ocorreu um momento, e é algo que pode acontecer nesta competição, em que cometemos um erro e concedemos um golo. Mas isto foi um passo em frente ver uma equipa competitiva na Europa nos primeiros 60 minutos.
Na segunda parte também tínhamos o vento que nos criou dificuldades, estávamos a correr contra o vento, mas isto é o futebol. Sim, estamos desapontados e temos de melhorar para conseguir jogar 90 minutos ao mais alto nível, mas pelo menos fiquei feliz com o nosso desempenho em 60 minutos.
Se olharmos para tabela, não foi hoje que perdemos a oportunidade (de garantir a qualificação), foi nos quatro jogos anteriores. Se só temos um ponto ao fim de cinco jogos, temos de pensar (que não nos vamos qualificar)."
Carlos Vicens (treinador do SC Braga):
"A equipa saiu com ambição, saiu a tentar controlar, a fazer seu futebol, enfrentou um rival que tornou as coisas difíceis, que tinha de fazer o seu jogo porque estava diante de seus adeptos, porque tinha que tentar manter-se nesta competição.
O que aconteceu foi que conseguimos ter duas oportunidades claras, que não resultaram em golo. E, depois, após um par de roubos de bola e de segundas bolas que perdemos, começámos a perder o controle do jogo. Começámos a dar-lhes mais a oportunidade de poder atacar. E custou-nos no fim da primeira parte manter o controlo que queríamos. Temos de ser capazes nesses momentos de manter mais a bola.
Já tínhamos preparada uma série de ajustes para poder fazer. E, acima, sofremos dois cantos seguidos. No final, não vimos que o vento, na primeira parte, aproximava muito a bola para o nosso lado, para a nossa baliza. E concedemos esse penálti que não tinha de acontecer. E que nos faz ir ao intervalo com 1-0.
Na segunda parte ajustámos um pouco a pressão e tentamos dar à equipa duas imagens claras de que continuamos tendo superioridade por dentro e que temos que aproveitar e com essa ideia seguiremos para o campo.
Fizemos mais substituições para refrescar a equipa e para dar continuidade à nossa organização, para ter ambição de ir para o empate e, quem sabe, ir para a vitória, que era o objetivo que tínhamos ao começar o jogo e acontece a expulsão de Rodri (o uruguaio Rodrigo Zalazar). E aí tivemos de parar as substituições para ver nos ajustarmos e ver se continuamos no jogo sem renunciar à ambição que tínhamos.
Conseguimos o golo e acho que é de admirar como a equipa continuou a pressionar com um jogador menos e a dificultar a saída da bola da equipa contrária. E aí quase conseguimos o segundo golo duas vezes.
Acho que isso demonstra um nível de ambição, um nível de compromisso, um nível de competitividade da equipa muito alto. E acho que é um mérito tremendo ver a equipa competir assim até o último minuto.
Não conseguimos ganhar o jogo, mas conseguimos este ponto. Seguimos vivos na competição. Sabemos que nos falta muito caminho se queremos estar nos oitavos de final. E esse vai ser o objetivo a partir de agora.
Não te posso dizer (se a expulsão de Zalazar foi incorreta) porque não vi as imagens ainda. O que eu sei é que o Rodri reagiu a uma situação que eu não vi e que depois pediu desculpas aos companheiros no balneário, que o aplaudiram, o que demonstra a união que temos aí dentro.
E o que eu sei é que essa ação condicionou o resto do jogo, porque tínhamos duas substituições planeadas para dar frescura à equipa e tivemos que replanear e reajustar o que íamos fazer”.
