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Com as equipas desportivas israelitas a serem alvo de protestos pró-Palestina durante o conflito em Gaza e o Aston Villa a anunciar inicialmente que os adeptos visitantes estariam proibidos de entrar, seguindo recomendações da polícia, o Maccabi acabou por decidir, com relutância, não aceitar bilhetes para os seus adeptos.
Apesar disso, grupos pró-Palestina planeavam realizar protestos, enquanto nas redes sociais surgiram apelos para contra-manifestações.
A polícia de West Midlands informou que haverá uma forte presença policial no centro de Birmingham, cidade com uma grande comunidade muçulmana, e nas imediações do estádio.
"Sabemos que diferentes grupos irão protestar no dia do jogo e temos planos preparados que equilibram o direito à manifestação com o nosso dever de proteger todas as comunidades em Birmingham", afirmou o superintendente-chefe Tom Joyce.
"Quem não for ao evento deve contar com grandes perturbações no trânsito da zona ao final do dia, pelo que aconselhamos a evitar a área sempre que possível".
Violência anterior
Em novembro passado, mais de 60 pessoas foram detidas em Amesterdão após confrontos em redor de um jogo entre o Maccabi e o Ajax.
A polícia relatou que grupos anti-Israel em scooters perseguiram e agrediram adeptos do Maccabi. Cinco pessoas receberam assistência hospitalar.
Imagens verificadas pela Reuters mostraram adeptos do Maccabi, nos dias anteriores ao jogo, a entoar cânticos anti-árabes. A polícia indicou que adeptos do Maccabi queimaram uma bandeira palestiniana, derrubaram outra e vandalizaram um táxi. Mais tarde, a presidente da câmara afirmou que não voltaria a receber o Maccabi.
O Reino Unido tem registado um aumento acentuado do antissemitismo nos últimos anos, e dois fiéis judeus morreram durante um ataque a uma sinagoga no mês passado.
A decisão inicial de proibir adeptos do Maccabi de assistir ao jogo com o Villa foi contestada pelo governo britânico, mas o clube israelita optou por manter os seus adeptos afastados devido ao "ambiente tóxico".