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Acabou-se a tradição: AFS garante permanência e condena Vizela à Liga 2

Atualizado
Tunde voltou a marcar no play-off
Tunde voltou a marcar no play-offMANUEL FERNANDO ARAÚJO/LUSA/Opta by Stats Perform
O AFS garantiu a permanência na Liga Portugal e condenou o Vizela a mais uma temporada na Liga 2. A equipa de José Mota chegou à segunda mão com uma vantagem confortável (3-0) e confirmou a manutenção fora de portas, com um agregado de 5-2, depois do empate (2-2) deste domingo. Um autogolo de Fernando Fonseca (14') ainda deu esperança aos vizelenses, mas Tunde (32') e Gustavo Assunção (64') acabaram com o sonho antes do penálti convertido por Mörschel (78').

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O resultado da primeira mão foi pesado e obrigava a uma recuperação histórica, mas, depois da segunda volta operada pela equipa de Fábio Pereira, havia ainda uma réstia de esperança de que fosse possível fazer a festa da subida em Vizela.

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O AFS tinha a faca e o queijo na mão. Sem José Mota e o seu adjunto - ambos expulsos na primeira mão -, a equipa da Liga Portugal podia perder por 2-0 e, mesmo assim, contrariar a tendência de ser a equipa da Liga 2 a vencer este play-off. Mas o Vizela ainda sonhou.

A equipa da Vila das Aves teve duas grandes oportunidades logo nos primeiros minutos de jogo, mas foi o Vizela a fazer o AFS provar do seu próprio veneno. Na primeira incursão ofensiva com relativo perigo, Ntolla (14') teve espaço no corredor esquerdo e foi feliz no cruzamento, que desviou em Fernando Fonseca e entrou no fundo das redes de Simão Bertelli.

Com o play-off em 1-3 e tanto jogo pela frente, as bancadas entusiasmaram-se ainda mais, mas a tranquilidade com que os vizelenses tentaram jogar na primeira mão não apareceu nesta partida. Percebe-se, tendo em conta a urgência, mas a pressa foi mesmo inimiga da perfeição.

Depois de alguns calafrios junto à área de Miguel Morro, o Vizela esteve perto do 2-0 por Ntolla (30'), que não conseguiu enganar os reflexos de Bertelli. Logo a seguir, no entanto, o extremo transformado em lateral enganou o seu próprio guarda-redes e, ao falhar o alívio, entregou o golo a Tunde (32'). O herói da primeira mão limitou-se a contornar o guardião e voltou a tranquilizar as hostes avenses.

Vivaldo Semedo (43') ainda ameaçou levar o Vizela em vantagem para os balneários, o que voltaria a deixar a equipa a precisar de apenas dois golos para forçar o prolongamento. No entanto, Simão Bertelli voltou a apresentar-se a bom nível e garantiu a margem de conforto para o AFS atacar a segunda parte.

Depois de andar toda a temporada com o credo na boca, os jogadores do AFS entraram na segunda parte mais soltos do que na maioria das partidas - e isso sentiu-se na forma como a equipa de José Mota somou novas ocasiões de golo, chegando mesmo a ver o 1-2 anulado a John Mercado (53') por fora de jogo.

O apito de Miguel Nogueira serviu apenas para adiar o sofrimento vizelense, que acabou definitivamente com um golaço de Gustavo Assunção (64'). Mercado cruzou a partir da esquerda, e o médio apareceu ao primeiro poste para desviar de calcanhar e aplicar, em grande estilo, a sentença final no play-off.

Um penálti de Jaume Grau (75') ainda permitiu a Mörschel empatar a partida, mas com uma montanha de três golos para escalar, ninguém voltou a acreditar em Vizela. A tradição do play-off chegou ao fim e o AFS garantiu mesmo a permanência na Liga Portugal.

Homem do jogo Flashscore: Gustavo Assunção (AFS)

Estatísticas da partida
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