Sob orientação de Rui Borges, que havia chegado em dezembro de 2024 para suceder a João Pereira, após quase cinco anos com Ruben Amorim, que agora lidera o Manchester United, os leões capitalizaram o impacto deixado pelo avançado sueco Viktor Gyökeres.
Autor de 97 golos em 102 jogos nas duas temporadas realizadas em Alvalade, o nórdico repetiu as distinções de melhor marcador e jogador da Liga conseguidas em 2023/24 e liderou em remates certeiros nos campeonatos europeus, mas não conquistou a Bota de Ouro, lograda pelo francês Kylian Mbappé, do Real Madrid, por diferenças de coeficiente.
Depois de fazer 54 golos e 13 assistências em 52 jogos na melhor época da sua carreira, o ponta de lança, de 27 anos, foi alvo de prolongadas negociações no verão e reforçou o Arsenal, por 65,8 milhões de euros fixos, na venda verde e branca mais alta de sempre.
Rui Borges continuou no Sporting e foi o único treinador dos grandes a completar o ano civil, no qual perdeu com o Benfica a Taça da Liga, em Leiria, e a Supertaça, no Algarve, mas bateu o rival lisboeta - principal adversário no 21.º título, que apenas foi decidido na última ronda - numa polémica final da Taça de Portugal, no Estádio Nacional, em Oeiras.
As águias disputaram esses troféus com Bruno Lage, cuja segunda passagem pela Luz acabou em setembro, levando ao regresso de José Mourinho, 25 anos depois da estreia.
Demitido um mês antes dos turcos do Fenerbahçe, após ter sido derrotado precisamente pelo Benfica no play-off de acesso à fase principal da Liga dos Campeões, Mourinho foi contratado antes da reeleição em duas voltas do presidente encarnado Rui Costa e não logrou, para já, levar a equipa além da terceira posição na Liga, liderada pelo FC Porto.
Os dragões melhoraram com o italiano Francesco Farioli, por oposição à primeira época da presidência de André Villas-Boas, na qual trocaram Vítor Bruno pelo argentino Martín Anselmi e foram terceiros, ficando de fora da Champions pela segunda vez consecutiva.
No verão, quando transitavam de uma temporada para a outra, FC Porto e Benfica foram aos Estados Unidos jogar o renovado Mundial de clubes, tendo os dragões ficado pela fase de grupos e as águias perdido nos oitavos de final com o Chelsea, futuro campeão.
O ano marcou ainda o regresso à Liga do Tondela, vencedor do segundo escalão, e do Alverca, três e 21 anos depois, respetivamente, substituindo Farense e Boavista, que foi relegado administrativamente para os distritais portuenses e entrou em crise existencial.
Nas camadas jovens, o Benfica conseguiu pela primeira vez numa temporada o pleno de títulos nacionais de iniciados, juvenis e juniores, com Portugal a sagrar-se campeão da Europa pela terceira vez em sub-17, escalão no qual arrebatou ainda um inédito Mundial.
Se a seleção principal masculina reconquistou a Liga das Nações ao fim de seis anos, a feminina não passou da fase de grupos do Europeu e foi despromovida à Liga B da Liga das Nações, terminando o ano com nove derrotas e apenas duas vitórias em 14 partidas.
Já nas competições nacionais, o Benfica sagrou-se pentacampeão e revalidou a Taça da Liga ante o Sporting, mas foi batido na Taça de Portugal e na Supertaça pelo Torreense.
Portugal deixou a corrida ao Campeonato da Europa sénior feminino de 2029, arrebatada pela Alemanha, mas foi escolhido para sediar o Europeu de sub-19 em 2028 e continua a preparar o Mundial-2030 masculino, coorganizado com Espanha e Marrocos, num dossiê agora a cargo de Pedro Proença, eleito como líder da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) em fevereiro, volvidos 10 anos na Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP).
Proença derrotou Nuno Lobo, ex-presidente da Associação de Futebol (AF) de Lisboa, e rendeu Fernando Gomes, que sucedeu em março a Artur Lopes na liderança do Comité Olímpico de Portugal (COP), atingido o limite de três mandatos autorizado por lei na FPF.
A chefia da LPFP foi assumida por Reinaldo Teixeira, coordenador dos delegados desse organismo e líder da AF do Algarve, que bateu José Gomes Mendes e vai ter de gerir as perspetivas antagónicas dos clubes na centralização dos direitos audiovisuais do futebol profissional português, decretada pelo Governo em 2021 e planeada a partir de 2028/29.
