Recorde aqui as incidências do encontro
Apesar da fase positiva depois de um triunfo e um empate, Vasco Seabra mexeu no xadrez para lançar Omar Fayed, Lee Hyunju e Ivan Barbero, nos lugares de Popovic, Miguel Puche e Dylan Nandín. Por seu lado, os galos não vencem desde a renovação de César Peixoto, há cinco jogos, mas puderam contar com a grande figura Pablo Felipe e o irreverante Tidjany Touré, nos lugares de Joelson Fernandes e Gustavo Varela.

Uma ode ao futebol
O Gil Vicente entrou a todo o gás. Nos primeiros segundos, Tidjany Touré furou na grande área e rematou para uma grande defesa de Nico Mantl que, logo a seguir, teve de cometer uma ilegalidade para impedir o chapéu do colega de equipa Pedro Santos, num passe que saiu bem alto. Na conversão, o remate de Luís Esteves foi travado por Tiago Esgaio e a recarga de Pablo esbarrou nos 11 jogadores que sprintaram da linha de baliza, num lance limpo após revisão do VAR.
A resposta foi tremendamente eficaz, já que o Arouca marcou no primeiro ataque. Um grande passe de José Fontán virou o jogo para Tiago Esgaio, o lateral tocou de primeira para a entrada de Trezza dentro de área e o uruguaio fez um cruzamento rasteiro para uma entrada fulgurante de Lee Hyunju, que rematou ao primeiro poste, aos 08 minutos.
Ainda os galos recuperavam do golpe, quando os lobos já salivavam pelo segundo. O lado direito voltou a estar em destaque com uma troca de bola rápida que terminou em novo cruzamento para o médio sul-coreano, Andrew ainda defendeu o primeiro remate, mas Trezza chegou primeiro à recarga e ampliou, aos 12 minutos. Os gilistas meteram algum gelo na partida, sem nunca deixar de visar a baliza adversária, mas a pontaria de Antonio Espigares estava demasiado afinada quando o central cabeceou ao poste.
Numa primeira parte de luxo para os adeptos neutros, disputada a bom ritmo, com poucas pausas e muita baliza, o Arouca parecia confortável com e sem bola apesar do assédio dos adversários. Em cima do intervalo, logo após ter visto uma grande penalidade negada e o pontapé de canto confirmado, Pablo Felipe venceu o duelo aéreo e cabeceou com grande qualidade ao ângulo para reduzir distâncias.
O intervalo chegou com a sensação de que já tinha passado um jogo inteiro, tal foi a quantidade e qualidade das oportunidades. A Liga Portugal precisa mesmo de mais jogos assim.

Uma pausa que ninguém merecia
Sem alterações nos intervenientes, nem na toada, a segunda parte arrancou com o empate do Gil Vicente, num lançamento lateral enviado para a área e com Murilo a concluir ao segundo poste após um desvio. O lance, no entanto, tirou ritmo à partida, já que foi inicialmente anulado por falta sobre Omar Fayed e precisou de uma análise de 8(!) minutos para ser validado, com muitos protestos dos arouquenses.
Os galos aproveitaram o desânimo emocional dos arouquenses para continuar a crescer numa altura em que os duelos provocavam faísca. Murilo voltou a marcar, mas o tento da reviravolta foi anulado por fora de jogo, enquanto Trezza agitava e motivava os companheiros com incursões interessantes pela direita. Os dois bancos mexeram para dar mais frescura, mas perdeu-se clarividência nos últimos minutos.
Até ao apito final, Gustavo Varela chegou um tudo ou nada atrasado a um cruzamento prometedor de Murilo e, na outra área, Mavin Elimbi apareceu no sítio certo para impedir uma jogada promissora. No último lance da partida, nova polémica, com o Arouca a pedir uma mão fora de área de Andrew e o árbitro a interromper a partida porque a bola lhe bateu quando o Gil Vicente se preparava para sair num contra-ataque com jogadores isolados.
Melhor em campo Flashscore: Alfonso Trezza (Arouca).

