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Antevisão: "É o último jogo, não da temporada que só acaba após o Mundial de Clubes, mas o último em casa com o nosso público para a Liga. Queremos despedir-nos do campeoanto, não foi o que esperávamos, mas temos a nossa gente para nos despedir da melhor forma possível. Pela frente temos um rival que preparamos da melhor forma, sem pensar mais além disso. Queremos terminar a época da melhor forma possível".
"Não vamos colocar um jogador só porque é o último jogo"
Mudanças no onze: "Como corpo técnico, quando desenhamos um plano de jogo para qualquer jogo, estão os intérpretes, os jogadores que o vão levar a cabo. Muitas vezes, em função do que nos vai apresentar o rival, a partir daí temos um plano para defender e atacar, e colocamos em campo os jogadores mais capazes para cumprir essa tarefa. Vamos continuar a fazer assim, dar oportunidades ou não por ser o último jogo da temporada não vejo isso, damos oportunidades todos os fins de semana. Tudo é importante, os intérpretes para o plano de jogo, a forma como treinaram durante a semana e o presente competitivo. Com estes aspetos, escolhemos os melhores para disputar este jogo de futebol, não importa o contexto. Queremos a melhor e máxima competitividade. Quero os três pontos, não vamos colocar um outro jogador só porque é o último jogo, mas sim porque acreditamos que está capacitado para jogar. Até porque a nossa temporada continua".

Reforços pouco utilizados (William Gomes e Tomás Pérez): "Não vou falar apenas do FC Porto, mas em qualquer clube, quando chegam jogadores há os que vêm com o rótulo de reforço, que colocam a camisola e têm a pressão de render, depois há jogadores que têm o perfil do modelo de jogo e queremos desenvolver com o tempo, e ainda há jogadores jovens que precisam de passar por um processo de adaptação à Liga, ao país, à Europa, aos ritmos... Nesse processo de adaptação, temos que lhes dar as ferramentas possíveis para transformarem-se nos jogadores que acreditamos que podem ser, porque as capacidades eles têm, senão não os tínhamos comprado. A partir daí, há situações e contextos. Se precisarmos do William ou do Tomás, no meio desse processo vamos crescendo juntos com os jogadores. O William quando foi chamado teve momentos de pico muito altos e outros normais, o Tomás Pérez também, sempre que jogou foi espetacular, e isto vai aproximando-os desse processo. Está a pressionar os outros jogadores que também pode jogar, é isso que queremos e é esse o tempo que queremos ganhar, contamos com o jogador para a próxima época que pode vir a ser titular. Foi isso que fizemos durante seis meses".
"Não gosto de ter um plantel com 30 jogadores"
Mudanças para a próxima época: "Há 10 formas para responder a essa pergunta, podia dizer que ainda há um jogo e depois de sábado falamos do futuro, podia dizer-te quem vai sair e vai chegar, mas vou responder como gosta o Martín Anselmi treinador: em cada processo de clube em que estive, gosto de optimizar o plantel ao máximo, tirar o máximo rendimento dos jogadores, levar os futebolistas aos limites e ver do que são feitos. Em todos os processos que vi, jogadores que por vídeo pareciam-me dispensáveis e quando cheguei são titulares indiscutíveis e passou-me o oposto também. Posso dar a avaliação do dia que cheguei e do dia de hoje e vejo muitos futebolistas evoluídos, coisas que não esperávamos, alguns que esperávamos mais e deram menos.
Nesse sentido, não sou um treinador que não pensa no bolso do clube ou em gastar, gastar, gastar. Vivemos um mercado muito curto, já não me lembro quantos dias cheguei antes do fecho, mas não queria incorporar por incorporar, mas com a certeza. Gosto de optimizar e trazer o que realmente faz falta. Não gosto de um plantel de 30 jogadores, mas de dois por lugar e três guarda-redes, e que haja competência interna. Entendo que haja jogos de três em três dias, mas também tocou-me um semestre com o Mundial de Clubes em cima, que foi muito mais curto, mas disputámos três competições e fomos competitivos nela. Pelo meio acontecem coisas, há um mercado para corrigir, mas não sei a quantidade de jogadores que vão sair ou entrar. Mas este plantel é o que vai connosco ao Mundial de Clubes, provavelmente com uma cara nova. Gosto de ser cuidadoso e tratar de acertar tanto nas saídas como nas entradas, nesse sentido consideramos que tratamos de trabalhar o máximo possível do que precisa o clube e o que imaginamos no futuro".
"Vasco Sousa é um profissional de topo, um miúdo da casa, um portista"
Regresso de Vasco Sousa: "Custou-me muito a lesão do Vasco, porque é um rapaz bárbaro, um profissional de topo, que dentro de campo tem uma capacidade de repetir esforços que é realmente única e é um miúdo da casa, um portista. Com a perda do Vasco, perdemos um perfil que só tínhamos com ele, mais ninguém tem essas características. Hoje fez um pouco de treino com o grupo, outro pouco à parte, ainda está na fase final da recuperação, entendo que vai poder estar connosco no Mundial de Clubes, na semana seguinte entra na fase final de recuperação. Quando voltarmos ao trabalho vai ajudar-nos".
Penálti com Boavista foi reflexo da época do FC Porto: "Tenho de responder, foi um erro do árbitro, porque não cumpriu o que diz o regulamento. Porque atenta contra o jogo, querer aliviar uma bola, ela bate e volta à tua baliza, isso não favorece a tua equipa, atenta contra o jogo. É um resumo da época, há coisas que têm explicação, há outras que simplesmente acontecem, cometemos falhas, erros, surpreendemos, melhoramos, houve erros que não controlámos... Aconteceu de tudo esta época, é como esse lance, são coisas pontuais, não é azar nem nada. Não temos grande controlo, porque é uma falha de arbitragem. Tomámos conta do que é nosso, há que comprar mais espelhos e menos janelas".