Recorde as incidências do encontro
Durante a semana, todas as conversas e artigos foram sobre um dérbi eterno que, do ponto de vista futebolístico, voltou a ter muito pouco para contar, mas quem quer ver futebol por entretenimento tem mesmo de ver jogos do Estoril Praia. A equipa de Ian Cathro foi muito elogiada no Estádio do Dragão, mas acabou derrotada pelo líder FC Porto, e manteve o nível na receção ao Moreirense, ainda que o arranque, tal como na cidade Invicta, tenha sido em falso.

Pé esquerdo para começar com o pé direito
Ainda havia adeptos a chegar ao estádio depois de um almoço de domingo mais alargado e já os cónegos festejavam o 0-1. A jogada da equipa de Vasco Botelho da Costa também merece elogios, assim como a finalização de Diogo Travassos (2'), o lateral direito que é extremo e finalizou de pé esquerdo, deixando Robles sem capacidade de reação.
O Moreirense estava motivado, apesar de vir de uma sequência de apenas uma vitória em cinco jornadas, e teve ocasiões para dilatar o marcador. Os axadrezados chegaram sempre com qualidade à área do Estoril, que teve dificuldades defensivas já habituais ao longo da temporada, mas faltou eficácia para chegar a um resultado mais interessante para os cónegos.
Depois do susto, o Estoril assumiu finalmente a vontade de entrar no jogo e chegou com a qualidade habitual à área de André Ferreira, acabando por empatar por Patrick de Paula (19'), que fez um golaço na estreia a marcar na Liga Portugal, aproveitando a assistência inteligente de Ricard Sánchez.
O empate ao intervalo era um resultado justo, depois de as duas equipas conseguirem equilibrar forças, embora as melhores ocasiões tenham novamente pertencido ao Moreirense - Diogo Travassos falhou o 1-2 de baliza aberta, num lance anulado por fora de jogo mas que teria condições de ser validado caso o jogador emprestado pelo Sporting não tivesse sido enganado pelo desvio de Robles.

Rock and roll
A primeira parte foi de qualidade alta para a Liga Portugal, mas as duas equipas não baixaram o nível no segundo tempo, muito pelo contrário. O conjunto de Ian Cathro entrou numa versão totalmente diferente à que começou o jogo e virou o resultado num ápice, com Ricard Sánchez (54') e Begraoui (58') a aproveitarem os passes açucarados de Jandro e João Carvalho, respetivamente, para afirmar o futebol rock and roll da equipa de Ian Cathro, que ainda viu Lacximicant desperdiçar um lance de um para um quando tentou fazer um chapéu a André Ferreira.
Aqueles 15 minutos quase foram o golpe fatal para o Moreirense, que reagiu rápido e reduziu pelo recém-entrado Afonso Assis (62'), no sítio certo para finalizar o sexto passe para golo de Dinis Pinto na Liga. Os cónegos, que perderam Alanzinho para o jogo da próxima jornada, diante do Benfica, não desistiram e aproveitaram o jogo aberto para evitar a derrota. Rodri isolou Luís Semedo (90+3') e o ex-Sunderland, também ele saído do banco, fez o 3-3 final.
Homem do jogo Flashscore: Ricard Sánchez (Estoril Praia)

