Recorde aqui as incidências do encontro
Depois da vitória encorajadora na Amadora (1-2), os vilacondenses abdicaram de Petrasso por Lomboto e Aguillera por Liavas, enquanto os canarinhos mantiveram a mesma confiança no onze apesar do empate na receção ao Nacional (1-1) e de não vencerem para o campeonato desde 13 de setembro.

Begraoui trouxe a bússola e os golos
Sem perder há quatro jogos para a Liga - com a surpreendente eliminação da Taça de Portugal pelo meio (Sintrense, 3-2) -, seria de esperar uma entrada forte por parte dos anfitriões, mas acabou por ser a turma de Ian Cathro a entrar com o pé no acelerador perante a apatia rioavista. Os comandados de Silaidopoulos não conseguiam impôr o seu jogo e o Estoril somava aproximações perigosas, como o remate de Pedro Carvalho à malha lateral e de João Carvalho para defesa atenta de Mizta.
A tarefa ficou ainda mais complicada quando Jonathan Panzo viu o cartão vermelho direto por travar em falta Begraoui que já seguia isolado para a baliza. A partir daí, a primeira parte foi de sentido único, mas o Estoril não definia bem no último terço. André Lacximicant ainda marcou, mas o golo foi anulado por fora de jogo. Aos 40 minutos, a retaguarda vilacondense brincou com o fogo, perdeu o esférico para Holsgrove e Begraoui não teve meias medidas dentro da área, recebendo o passe e rematando cruzado e rasteiro para abrir o ativo.
Completamente condicionado e com alguns jogadores a jogar no limite da agressividade, o Rio Ave tentou responder perto do intervalo, mas o Estoril aproveitou essa subida no terreno para ampliar a vantagem. Ao melhor estilo tiki-taka, Holsgrove ativou o radar e lançou Pedro Carvalho na profundidade, o ala direito fez o passe atrasado para Begraoui rematar de primeira e colocado, fora do alcance de Miszta. 0-2 ao intervalo e três pontos seguros na bagagem.
Barco ao fundo
Sem alterações dos dois lados no reatamento, a toada manteve-se igual. Lacximicant não festejou o terceiro porque um colega travou-lhe o remate com Miszta batido. Os vilacondenses retiraram o ímpeto ao adversário trocando a bola com calma, à procura de aberturas. A melhor ocasião surgiu dos pés de Athanasiou, que ganhou a linha de fundo e cruzou para um remate pouco convincente e enrolado de André Luiz.
Já depois de João Carvalho ter acertado no ferro, Lacximicant foi finalmente vingado ao aproveitar um cruzamento de Holsgrove a meia altura para rematar de primeira e fazer o 0-3. Cathro já tinha ido ao banco para refrescar as alas e a defesa e pouco depois de colocar o maestro Pizzi, o internacional português desviou de calcanhar antes do cruzamento de Begraoui ter encontrado o recém-entrado Tiago Parente, que foi atropelado por Miszta dentro da área.
Chamado a converter a grande penalidade, Begraoui pegou na bola com apenas uma coisa em mente e assinou o hat-trick para não deixar dúvidas sobre quem seria o melhor em campo. Foi o segundo hat-trick do francês no campeonato com a camisola canarinha.
Até ao apito final, o Estoril ainda ameaçou a mão cheia de golos, mas Tomás Nikitscher evitou o quinto em cima da linha de golo. Com este resultado, os estorilistas fogem à zona de despromoção até ao 12.º lugar e ficam a um ponto dos vilacondenses.
Melhor em campo Flashscore: Begraoui (Estoril).
