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Bruno Lage: "Seria uma época razoável, no Benfica é insuficiente e temos plena consciência disso"

Bruno Lage, treinador do Benfica
Bruno Lage, treinador do BenficaSL Benfica
Bruno Lage, treinador do Benfica, fez esta sexta-feira a antevisão ao jogo com o Sporting, da 33.ª e penúltima jornada do campeonato, marcado para amanhã, às 18:00, no Estádio da Luz.

Dérbi em casa: "Que melhor forma de promover o futebol português e o nosso campeonato do que fazer o jogo de amanhã. Quando olhamos para o campeonato de Inglaterra, de Espanha, da Alemanha - que até já teve o campeão - e amanhã podemos ter oportunidade de jogar o jogo do título. Não há melhor forma de promover o nosso futebol e o nosso campeonato. Depois, o nosso adversário. Tem um treinador que tem vindo a fazer um trabalho muito bom, é capaz de ser o treinador com mais jogos esta época, pelo que também fez no Vitória SC, e depois é uma grande equipa, com grandes jogadores. Quando olhamos para os jogadores que jogam na frente, o Trincão, que eu conheço muito bem, o próprio Viktor e o Pote, que são jogadores de seleção. Vamos jogar contra uma grande equipa, nós também o somos e amanhã vamos ter oportunidade de jogar o título de campeão e convicto de que o apoio dos nossos adeptos é decisivo para o desfecho."

Fala-se em jogo do século. Concorda? "Não, considero que o jogo mais importante é sempre o próximo. A título individual, coletivo e do clube é um jogo muito importante, pode ser decisivo e é dessa forma que o estamos a viver."

Jogo mais importante da sua carreira? "Na nossa profissão, o jogo mais importante é o proximo. Repito que pode ser decisivo, temos essa consciência."

Di María vai ser titular? "Do nosso lado, o que posso dizer é que o Di María está convocado."

Pedro Gonçalves titular? "Acredito que Pote será titular, traz muito à equipa. E joga. Cabe ao Rui decidir se joga de início ou se entra. A nós cabe-nos decidir a melhor estratégia."

Continuidade no comando técnico depende do título? "Peço-lhe que faça essa pergunta amanhã depois do jogo, mas tenho bem claros quais são os meus objetivos para o futuro. Mas lanço-lhe o desafio. Qual foi o primeiro objetivo de quando cá chegámos? Acho que os conseguimos. O primeiro era voltar a ter a envolvência dos adeptos e vamos ver isso amanhã. E depois era estarmos nesta posição de disputar o título. Os dois primeiros objetivos foram alcançados. Taça da Liga já vencemos. Temos eliminatórias da Champions garantidas. Chegámos aos oitavos de final da Liga dos Campeões. Somos finalistas da Taça de Portugal. E conseguimos colocar as pessoas a gostar do futebol ofensivo que realizamos em campo, com golos, e fazer o enquadramento de alguns jogadores e trazer ao de cima o melhor de cada um deles. Num clube como os outros seria uma época razoável, no Benfica é insuficiente e temos plena consciência disso."

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Roger Schmidt também será campeão? "Claro que sim. Se for ao museu do Benfica, o título de 18/19, estão lá as duas fotografias, de Rui Vitória e Bruno Lage. É aquilo que mais desejo, e vamos trabalhar muito para que no futuro possam estar lá duas fotografias, a minha e do mister Roger."

Despedida de Di María? "Não lhe sei responder. Tiramos notas é da forma como o Sporting joga. Já jogámos com 'n' adversários. O nosso trabalho parte disso, como preparar a melhor estratégia para o jogo. Gosto muito de trabalhar com Di Maria, é uma situação que terá de ser resolvida entre o jogador e o presidente."

Apoio dos adeptos em casa: "O nosso grande objetivo enquanto profissionais é jogar pelas nossas famílias. Jogar neste clube representa isso. Acredito que, pelo que foi a aproximação, que os adeptos vão estar do nosso lado. Só há um caminho. Vamos receber o forte apoio das bancadas durante os 90 minutos."

Estratégia para parar Viktor Gyokeres: "Temos uma ideia muito clara sobre a estratégia que, como deve calcular, não vou partilhar."

Sporting está mais forte do que no dérbi da primeira volta? "Olhamos sempre para aquilo que as equipas vão fazendo nos últimos jogos. Temos o cuidado de analisar, mas há sempre ideias que podemos tirar de outros jogos. É uma grande equipa, que já jogou em diversos sistemas. Temos sentido essa necessidade de poder encontrar sempre boas soluções. É sempre nisso que nos concentramos."

Depois de Jaime Graça, alguma nova dedicatória? "Eu não mandei estampar nada. Como eu sou, só quero estar tranquilo e focado no jogo, mas vou recordar a história. Deram-me um saco fechado do roupeiro dos juvenis e só podia abrir depois do jogo. Foi o que fiz e estava lá o 37 e o nome de Jaime Graça."

Futuro: "Sobre o futuro, o que mais nos orienta é a forma como nos preparamos para o jogo e sentirmos os sinais de que a equipa está connosco, os jogadores sentem-se muito confrotáveis com as nossas ideias de jogo. Há várias coisas a alimentar. Queremos promover o nosso campeonato pela competitividade. Há muito tempo que um dérbi não é decisivo para encontrar o campeão? Poderemos nós ajudar em ter uma comunicação mais positiva no futebol?"

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