"Eu já disse o meu sentido de voto, pessoal, e justifiquei. Não é a mudança que eu quero, mas é a única mudança que existe", lançou na Luz aos jornalistas Manteigas, o último dos seis candidatos da primeira volta a exercer hoje o direito de voto.
Questionado sobre se acredita que, em caso de vitórias, Noronha Lopes vai dar títulos ao Benfica, João Diogo Manteigas jogou à defesa.
"Isso foi há 15 dias, de lá para cá, não mudou nada. A mudança que eu queria era a minha. Estou preocupado com aquilo que se vai passar nos próximos meses", sublinhou.
Quanto ao recorde mundial de votantes, que já foi batido, o advogado desvalorizou, considerando que mais importante é o envolvimento demonstrado pelos sócios nas eleições.
"Isto é que é ser do Benfica. É um espetáculo. Não estou muito preocupado com recordes mundiais, quero ganhar taças e títulos. Não sei se isso preocupa os outros, a mim preocupa-me", salientou.
De resto, Manteigas criticou as recentes declarações sobre o Benfica feitas pelo presidente do FC Porto, André Villas-Boas.
"Não gostei deste bate-boca da parte do presidente do FC Porto. Acho que o presidente do Benfica, ainda atual, deve responder de outra maneira. Se vier a ser ele o novo presidente, deve responder também. Se for Noronha Lopes, também deve responder, pegar na batuta e responder", considerou.
E acrescentou: "Este é o meu grande receio, aquilo que eu tenho alertado nos últimos meses e fiz isto no debate. Acho que as últimas semanas, infelizmente, provaram que houve muito poucas propostas, muito poucas ideias".
Para finalizar, Manteigas pediu total "união" nas águias, seja qual for o desfecho do ato eleitoral.
"Claro que é possível haver união. Amanhã o presidente que for eleito é o presidente de todos os benfiquistas", vincou.
O candidato, que na primeira volta obteve 11% dos votos, recusou-se ainda a comentar cenários sobre uma possível nova candidatura da sua parte dentro de quatro anos.
"Estamos em 2025, não estamos em 2029. O que interessa são os próximos quatro anos", rematou.
O presidente em funções, Rui Costa (Lista G), e o gestor João Noronha Lopes (Lista F) disputam a presidência do clube lisboeta numa segunda volta, depois de terem sido os dois candidatos mais votados no sufrágio de 25 de outubro.
Fora da corrida ficaram o antigo presidente Luís Filipe Vieira (13,86%), João Diogo Manteigas (11,48%), Martim Mayer (2,10%) e Cristóvão Carvalho (0,18%).
