Recorde as incidências do encontro
Rio Ave e Vitória SC já se tinha defrontado 67 vezes ao longo da história e chegavam a este encontro numa fase de reformulação estrutural e do próprio plantel, que afetou o início da temporada das duas equipas, mas que tinha encontrado um ponto de estabilidade antes deste duelo no Estádio dos Arcos.

Mais rasgadinho era difícil
Por isso, começamos por dizer que as expectativas para este duelo estavam altas, pelo futebol de ataque que as duas equipas têm vindo a mostrar, mas também pelas debilidades defensivas que antecipavam um jogo aberto e num ritmo intenso. Foi assim que o Rio Ave tentou começar, com Clayton, melhor marcador da Liga ao lado de Pavlidis, a tentar visar a baliza de Castillo. Na outra metade, Saviolo começava a dar água pela barba a Vrousai, num duelo que viria a terminar antes do esperado.
Antes do lance que invariavelmente marcou a partida, Oumar Camara (12') ficou muito perto do golo com um remate em arco, enquanto André Luiz, um dos melhores dribladores da Liga, dava nas vistas com um túnel sobre João Mendes, mas com a defesa vitoriana a resolver os problemas de forma eficaz. Vrousai pensou que estaria a fazer o mesmo quando travou Saviolo em falta para o primeiro amarelo da partida, aos 18 minutos, mas a cabeça do grego estava tão distraída com a verticalidade do extremo do Vitória SC que o lateral acabou por fazer o mesmo aos 29', acabando expulso por duplo amarelo.
Se o jogo já estava intenso, a expulsão foi o toque final para fazer levantar os bancos dos Arcos, com o árbitro Pedro Ramalho a ter dificuldades para controlar a partida e o Vitória SC a chegar à vantagem logo a seguir. Oumar Camara (35') fez o terceiro golo na Liga e, num lance de insistência, abriu o marcador.
O jogo estava bom e dava pena ver chegar o final da primeira parte, marcada pela expulsão de Vrousai que motivou um domínio ainda mais intenso por parte do Vitória SC. Miszta segurou a desvantagem mínima e permitiu ao Rio Ave entrar mais organizado e com o olho no empate para a segunda parte, por muito que a diferença numérica acabasse por passar fatura minutos depois.

Nervos até ao fim
Luís Pinto tinha saído para os balneários irritado com a equipa por não ter feito um cruzamento no último minuto de descontos da primeira parte, mas os pedidos para o segundo tempo foram distintos. O Vitória SC veio com intenções de gelar o jogo para depois matar o resultado com o 0-2, mas o perigo do ataque vila-condense obrigou a outra postura.
André Luiz (53'), sempre o mais perigoso, ficou a pedir penálti, na jogada seguinte Brandon Aguilera (54') desperdiçou uma ocasião flagrante e, com tantos nervos, Sotiris, treinador do Rio Ave, excedeu-se nos protestos e acabou a ver o resto da partida nas bancadas.
O técnico grego ainda tentou reorganizar a equipa à distância, enquanto Luís Pinto, bem mais perto, não conseguiu controlar o encontro como queria. O jogo partiu, as ocasiões sucederam-se nas duas áreas e o Rio Ave, mesmo com 10, acabou a carregar, mas o Vitória SC resistiu e confirmou uma tendência que noutra fase da época parecia impossível: são já seis jogos consecutivos sem perder!
Homem do jogo Flashscore: Oumar Camara (Vitória SC)

