Recorde as incidências da partida
A jornada 16 arrancou mais tarde do que o habitual e vai prolongar-se no tempo, acabando apenas em 2026, mas começou com um bom cartão de boas-vindas, ou de despedidas, se estivermos a pensar no ano 2025. Ainda em modo natalício, Famalicão e Estrela ofereceram algumas prendas e a partida foi disputada ao ritmo do golo, tónico que definiu a primeira parte em Vila Nova de Famalicão.

Prendas fora de horas
Se havia alguém a sentir o peso das rabanadas na quadra natalícia, não parecia. As duas equipas entraram a bom ritmo e o Famalicão foi feliz na primeira abordagem à baliza de Renan Ribeiro. Sorriso (8') celebrou e dedicou o golo à parceira nas bancadas, mas sabia que, no fundo, tinha sido o desvio de Luan Patrick a determinar que o cruzamento de Gil Dias acabasse com a bola na baliza do Estrela.
Se o defesa tricolor acabou por oferecer uma prenda aos famalicenses, não foi preciso esperar para ver a retribuição do favor. Houve mérito na forma como Kikas (9') fez o empate logo na jogada que sucedeu o golo do Famalicão, mas a desconcentração da defesa da equipa de Hugo Oliveira, com Léo Realpe a colocar o avançado em jogo, acabou por ser determinante para o 1-1.
Tu cá, tu lá. O jogo estava assim, apesar da melhor versão pertencer ao Famalicão, que pediu penálti sobre Gustavo Sá instantes mais tarde. O lance foi limite da grande área e só isso explica que Luís Godinho não assinalasse a infração, após conselho do VAR.

Do lado do Estrela, a eficácia foi suprema. Kikas foi o único a fazer um remate sem destino à baliza de Carevic, quando estava em boa posição para a reviravolta, mas foi Jovane (24') a fazer o 1-2, com contribuição do avançado, que amorteceu um cruzamento de Abraham antes do remate do ex-Sporting.
O Famalicão aproveitou esta oportunidade para retribuir a sensação aos jogadores do Estrela. É que, logo no lance seguinte, também marcou e obrigou à velha expressão "jogo de loucos" quando Sorriso (27'), desta vez por mérito próprio, respondeu a novo cruzamento de Gil Dias e fez o 2-2, castigando a saída de bola errática do conjunto tricolor, a começar em Renan Ribeiro.
O ritmo estava de loucos, mas depois da pausa natalícia era necessário fazer uma pausa nesse ritmo frenético. O Estrela, que até então tinha tido algumas dificuldades, conseguiu baixar o ritmo da partida e proteger a sua área, não dando margem ao Famalicão já a pensar na segunda parte, que não tardou a... ter golos. Jovane (53') antecipou-se a Rodrigo Pinheiro e fez o 2-3, validado pelo VAR depois de Luís Godinho ter visto uma falta inexistente.
Tendo em conta o histórico da partida, o lógico seria esperar por um golo imediato para o Famalicão, mas a verdade é que, desta vez, os minutos passaram e o 3-3 nunca apareceu. Não por falta de oportunidades, que existiram de forma consecutiva e com estrondo - Realpe e Zabiri atiraram à trave da baliza de Renan -, mas o Estrela agarrou-se ao nome e contou com um pedaço de sorte para garantir os últimos pontos do ano num palco onde, à partida, seria pouco provável sair com um triunfo.

Homem do jogo Flashscore: Jovane Cabral (Estrela da Amadora)

