Acompanhe aqui as incidências e o relato do encontro
Análise ao AFS: "Se olharmos para a tabela, os sentimentos são claros: é o primeiro contra o último. A realidade é sempre diferente, mudaram recentemente de treinador, que ganhou um jogo há pouco tempo, analisamos esse jogo e as experiências anteriores. É um treinador com muita experiência em Portugal também, apesar da última não ter sido cá. Analisámos também o jogo em que o adjunto esteve à frente, procuramos padrões e encontrar coisas em comum.
Não há um jogo que nos faça relaxar, amanhã volta a não ser um desses. Temos de ser afinados e competitivos, vimos de uma semana sem jogos, o que é um cenário pouco habitual para nós. Os jogadores voltaram aos treinos com grande motivação e energia depois da pequena pausa e temos de transportar essas sensações para relvado e fazer um grande jogo".

Ressurgimento do AFS: "Nos últimos dois jogos, a tendência foi muito mais positiva, venceram no terreno do Vitória SC e (com o Nacional) começaram muito bem e acabaram mal, as sensações foram diferentes. É um motivo extra para estarmos ligados para o jogo, temos de estar atentos a muita coisa. A longo prazo, numa época longa, o mais importante para manter a motivação é a disciplina e esta equipa (FC Porto), até agora, mostrou a capacidade de ser constante e resiliente. É o que espero. Uma equipa com disciplina com ADN do FC Porto, com qualidade e agressividade no relvado".
Jogadores na balança depois do Natal: "A verdade é que alguns jogadores até voltaram com menos dois quilos, por isso acho que andaram de bicicleta na sauna. Vieram em grande forma, o último treino teve muita energia, boas sensações. Isso não ganha jogos, mas ajuda-nos a ficar perto disso. Queremos transferir a energia destes últimos dias, a pausa foi muito merecida, especialmente para uma equipa que disputou o Mundial de Clubes, era importante arranjar um momento para quebrar o calendário. Tiveram dois ou três dias de folga, portaram-se bem, aproveitaram com a família, o Gabri Veiga foi pai no dia 25 (de dezembro). O momento familiar tem sido positivo para todos, foi importante para recarregar baterias e agora ir com tudo nas competições. Esperamos um Estádio do Dragão cheio para terminar o ano como a cidade e os adeptos merecem".

Varandas disse que era um "paraquedista que caiu agora no futebol português": "A metáfora do paraquedas só se aplica ao nosso fotógrafo, que vai fazer isso. Da minha parte, tenho adrenalina suficiente com o jogo, não jogo padel, sou muito aborrecido, não faço atividades extremas. O resto é só barulho e poluição. Mesmo que esteja há pouco tempo em Portugal, já vi o suficiente para ter as minhas sensações. Sempre o partilhei com respeito pelas instituições, mas também a defender o meu clube e as pessoas que estão a tentar o seu melhor comigo".
Multas pesadas para quem fale de arbitragem: "Isso é com retroativos ou não? Precisamos de perguntar".
Uma das razões da renovação de Diogo Costa foi Farioli: "Tem sido um grande passo para o clube e para a equipa. A renovação foi celebrada com muita energia de todos os jogadores. Não discutimos o seu nível, está a crescer muito em nível de liderança, com grande carisma e a forma como tem envergado a braçadeira tem sido única. Estou muito feliz por trabalhar connosco, é o capitão da nossa equipa. Temos uma grande relação, respeitamo-nos, amamos que um jogador deste nível e personalidade esteja connosco. A nossa ambição coloca-nos na mesma página, o desejo de colocar os padrões certos e comportamentos. O trabalho diário, no final, é a parte mais importante".

FC Porto tem dificuldades contra equipas "mais fracas": "Essa é a sua opinião. O futebol moderno apresenta sempre cenários difíceis e situações diferentes no campo. A organização melhora a cada dia, os treinadores melhoram em todas as ligas, a todos os níveis, assim como o conhecimento dos jogadores. Depois disso, há o plano tático que precisamos de encontrar a chave para desbloquear. Quando enfretamos equipas de bloco mais baixo, o jogo depende muito dos eventos. Mesmo que joguemos no meio campo contrário, que dominemos a posse de bola, às vezes não é suficiente.
É preciso termos organização, capacidade para ganhar duelos individuais. Um bom exemplo foi o jogo com o Tondela, tivemos dificuldades na primeira parte porque não conseguimos acelerar tanto como queríamos, fomos pobres na capacidade de desbloquear a partida individualmente e, neste tipo de jogos, a capacidade de resolver individualmente é muito importante. Acredito que um adversário forte ou fraco, é mais sobre equipas que pressionam mais ou mais baixo, são jogos diferentes. Isso exige a capacidade de perceber muito rapidamente o tipo de jogo que temos de fazer e encontrar a solução".
Críticas a arbitragem são mais intensas em Portugal? E se o Benfica é o Lewis Hamilton, quem é o FC Porto?: "É uma pergunta longa com vários tópicos. Eu gosto de ver Fórmula 1, mas há muita coisa a ter em conta. Quanto à arbitragem, deixei bem claro o que penso há algumas semanas e mantenho o que disse. Não é preciso acrescentar mais nada, podem rever a conferência para perceber a minha posição. Precisamos de analisar o problema com uma mente fria, fora da polémica de um evento individual, mas com a mentalidade de melhorar o futebol português.

Todos os outros comentários e metáforas precisam de estar fora das nossas mentes, porque amanhã temos um jogo importante, numa altura crucial da temporada para nós. É aí que o nosso pensamento e energia devem estar investidos. Quero fechar a conferência de imprensa porque ainda temos trabalho a fazer no escritório, por isso vamos parar de falar do ruído e da poluição, mas estou à vontade para responder a perguntas sobre o jogo de amanhã".
Polémica não vai parar até final da época: "Talvez não, mas na minha cabeça tento ser positivo. Acredito que as pessoas responsáveis vão encontrar a solução para terminar com o ruído e deixar a competição o mais justa possível".
Quebra de forma de Alan Varela com chegada de Pablo Rosario: "O Alan Varela é um dos jogadores com mais minutos na equipa, é normal e humano sentir (cansaço). No último jogo, além do golo, foi muito positivo, num campo difícil, começou a sentir caibrãs na segunda parte porque o relvado estava pesado. Deu-nos muito e vai continuar a dar, é um jogador-chave para nós. Os dois jogadores complementam-se muito bem, o Pablo joga em várias posições e já jogaram bem juntos, acrescentaram muito à equipa. A época é longa, o jogo vai ser um passo importante, vou ter que tomar decisões no meio-campo. Ter dois jogadores deste nível no meio-campo é muito importante para nós, vamos geri-los da melhor forma para nos ajudarem até ao fim".
