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Sexto jogo em 23 dias, quinto fora de casa: "Estamos a falar de poucas horas de preparação, mas temos tido um calendário apertado. Mas é possível com o trabalho de todos, o profissionalismo dos jogadores. Amanhã de manhã vamos ter uma sessão no estádio. É normal tentarmos estar bem preparados para um jogo que vai ser difícil e exigente. Sabem o quão bem o Famalicão joga desde que o Hugo (Oliveira) chegou. São uma equipa muito boa em casa. Vai ser um jogo muito exigente e temos de estar preparados e sermos a nossa melhor versão".
Famalicão: "O adversário está num momento muito bom. Do nosso lado, e com o calendário apertado e muitos jogos, jogámos muitos deles fora de casa. Tentamos gerir isso. O desejo de vencer a cada jogo e a forma como o adversário nos aborda exige algo mais. Até agora, temos estado bem. Nos últimos dois jogos apresentámos o mesmo desejo, mas com abordagens diferentes. Estamos no caminho certo. Há coisas a melhorar, mas há outras tantas bem feitas. Mas o processo está longe da perfeição e é preciso tempo e paciência para ficarmos ainda melhores".
Dois avançados em simultâneo: "O Deniz (Gul) estava bastante cansado quando saiu, o jogo foi muito exigente. Foi motivo físico e tático. O Gabri (Veiga), na minha opinião, foi o melhor jogador em campo em várias fases do jogo. E senti que precisávamos dele até ao fim para aparecermos mais na grande área, para ter o passe final, para jogar em espaços curtos. O Deniz até foi usado a extremo contra o Moreirense, por exemplo. Podem existir muitos cenários, dependendo do jogo".
Dificuldades nos últimos jogos: "O jogo tem 90 minutos, marcar no minuto 1 ou no 90, conta o mesmo... Por vezes, as expectativas são muitas por causa da maneira como começámos. Sentir que temos de ganhar sempre 2-0 ou 3-0... Mas não é assim. No campeonato, na Europa, na Taça, os jogos são muito complicados. Há uns que desbloqueamos cedo, mas noutros temos de lutar e competir até ao fim. Já falei disto algumas vezes, acho que foi construída uma narrativa que não é saudável. Os nossos rivais, bem como os meios de comunicação, querem atirar o FC Porto para baixo. Mas o que nós queremos é ver a equipa unida, estamos nas decisões. Vamos enfrentar as dificuldades como uma família, a família portista. E quando estamos com essa mentalidade, podemos defrontar qualquer adversário em qualquer circunstância. É o momento para estarmos unidos, em que precisamos dos nossos adeptos, para continuarmos a lutar tal como fizemos desde o início da época".
Há o risco da equipa perder identidade? "Não... Não foi algo decidido antes do jogo. O que queremos fazer, e o que treinamos, é claro. Para sermos dominantes, ter bola no terço ofensivo, pressionar alto... Somos os melhores em todas as estatísticas relacionadas com a agressividade defensiva. Mas claro que os jogos podem colocar diferentes cenários. E, para mim, uma equipa grande precisa de ter a capacidade de mudar de face consoante o tipo de jogo. Contra o SC Braga, se tivéssemos sido mais eficazes, poderíamos ter feito dois ou três golos. Não o fizemos. E depois, com a coragem e a maneira do SC Braga jogar, obrigaram-nos a defender mais baixo. Mas mesmo assim, senti que o espírito de equipa esteve lá, algo que tem de estar no ADN do FC Porto. Precisamos de uma flexibilidade que nos permita ser camaleónicos. E a isso não chamo falta de identidade, chamo capacidade de nos adaptarmos. Se formos pelos estudos, vemos que as equipas bem-sucedidas são as que se adaptam aos diferentes cenários".

Bolas paradas do Famalicão: "O Famalicão é uma equipa que tem mais de 50% de golos nas bolas paradas. Têm qualidade em jogo aberto, jogadores com certas caraterísticas que podem criar perigo. Mas, nas bolas paradas, são muito bons. Temos de ter muita atenção. Claro que há combinações diferentes que tentamos estudar, mas vão preparar outras coisas e precisamos de estar preparados. O golo contra o Utrecht é uma boa oportunidade para estarmos alerta, e para ganhar novamente a confiança para defendermos esses momentos da maneira certa".
Rodrigo Mora e Gabri Veiga podem jogar juntos? "Podem... É um cenário possível. O nosso meio-campo é adaptável. Dou o exemplo do Pablo (Rosario), que é um 6 que pode jogar a 8. O Eustáquio também... O Rodrigo talvez seja o mais ofensivo, o Gabri é um número 8/10. De acordo com o jogo, isso pode ser uma possibilidade. Mas uma das prioridades é ter um certo balanço na equipa e é isso que estamos à procura".
Regresso de De Jong com o Sintrense? "Esperamos que sim. Ele e o staff médico estão a fazer um trabalho fantástico. Já começou a treinar no relvado, a fazer algumas sessões com bola. A reação é positiva, apesar de ainda ter algumas dores. Esperamos que depois da paragem para as seleções volte a estar com a equipa e a poder treinar e jogar connosco".
