O Gil Vicente foi a primeira equipa a vencer fora de portas nesta edição da Liga Portugal ao vencer na visita ao Nacional por 0-2, com golos de Pablo Roberto, aos 35 minutos, e Luís Esteves (45+2'), ex-jogador dos madeirenses. Com este resultado, os gilistas dão seguimento ao triunfo por 0-3 na Choupana na época passada e sobem à liderança provisória ao lado do Sporting, neste que é apenas o segundo jogo da primeira jornada do campeonato.
Recorde aqui as incidências do encontro
Com 17 caras novas no plantel, Tiago Margarido terá um difícil trabalho pela frente em mais uma temporada na Choupana. Ainda assim, contou com os regressos ao clube de Witi e Chucho Ramírez, (re)contratados este verão e lançados no onze inicial. Por outro lado, o Gil Vicente, de César Peixoto, perdeu três grandes figuras - Rúben Fernandes, Félix Correia e Kanya Fujimoto -, e contou com o reforço Luís Esteves a titular, que passou as últimas três temporadas precisamente no emblema insular.

Uma equipa prometeu, mas só a outra cumpriu
O duelo até podia ter começado de feição para os madeirenses, mas Witi deixou-se surpreender pela flagrante ocasião que lhe caiu nos pés e disparou para as nuvens junto à pequena área. Foi uma grande entrada dos anfitriões que só pecaram na finalização e permitiram espaço para os barcelenses crescerem na partida. O reforço promissor Martin Fernández deixou o primeiro aviso com uma bomba à trave.
À passagem da meia hora, Ulisses apareceu de rompante para cabecear após um canto, mas Andrew, no 100.º jogo pelos gilistas, estava no sítio certo. Na resposta, Pablo ganhou a luta corpo a corpo com Léo Santos após um lançamento lateral, fugiu para a grande área, fintou um defesa junto à linha de fundo e rematou rasteiro ao primeiro poste, inaugurando o marcador para os visitantes.
Foi um choque duro de digerir para os adeptos presentes na Choupana... mas não ficaria por aí. Já em tempo de descontos, Buatu aliviou para a frente e apanhou a defesa em contra-pé, Martín Fernández - nome a seguir - aproveitou para ganhar a linha de fundo e fazer um cruzamento atrasado para quem mais senão Luís Esteves que, no reencontro com o Nacional, assinalou o 0-2 perante um impotente Lucas França. O médio não festejou, nem deixou de festejar, como se tivesse algo que ficou por dizer, mas o marcador era claro o suficiente.
Falta de inspiração e poder de fogo
A segunda parte começou com chuva e... dois Zé Carlos no Gil Vicente. O médio rendeu Bamba, enquanto o lateral direito substituiu o queixoso Hevertton. Os anfitriões voltaram com tudo à procura do empate, embora sem o discernimento e a pontaria necessária. Prova disso foram as tentativas de João Aurélio, Joel Silva, em estreia, José Gomes e Chucho Ramírez. Witi estava desinspirado e Tiago Margarido não tinha opções ofensivas no banco.
Os barcelenses souberam suster os madeirenses e iam controlando a bel-prazer a partida que, nos últimos 15 minutos, teve uma forte ventania a empurrar a turma da casa. Ainda assim, perto do apito final, Pablo Roberto voltou a ter espaço junto à linha de fundo para um remate ao ferro e, na recarga, Luís Esteves ficou perto do bis. Na resposta, André Sousa levantou um canto que embateu na trave, ameaçando um golo olímpico, na melhor oportunidade dos insulares desde o segundo minuto.
Homem do jogo Flashscore: Pablo Roberto (Gil Vicente).
