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Hugo Oliveira: "Os desgastados do Sporting vieram de charter, não vieram de easyJet"

Hugo Oliveira, treinador do Famalicão
Hugo Oliveira, treinador do FamalicãoHUGO DELGADO/LUSA
Leia abaixo as declarações de Hugo Oliveira, treinador do Famalicão, depois da derrota por 1-2 diante do Sporting, na 5.ª jornada da Liga Portugal.

Recorde as incidências da partida

Análise à partida: "Acho que o Famalicão cai com o queixo para cima, com os olhos no futuro, mas a saber que há muitas coisas para evoluir. Estamos cá para fazer evoluir o processo mas a verdade é que estamos a fazer um papel muito bom naquilo que é o jogar, mas há momentos em que temos de crescer e há jogos em que se nota mais. Há momentos em que temos de ser fieis ao nosso jogo. A primeira parte foi mal jogada de ambas as parte, o Sporting percebeu que teria de nos impedir de deixar construir. Em alguns momentos não fomos tão personalizados como temos de ser. Acabámos por fazer golo numa bola parada. Na segunda parte já fomos mais fieis mas depois sofremos um golo. Quando não vamos ao encontro das nossas ideias, temos mais dificuldade, ainda mais contra o bicampeão, que é uma equipa forte mas que sabia que tinha de trabalhar muito. Acho que o Sporting percebeu que tinha de vestir o fato de macaco para ganhar ao Famalicão. Saio orgulhoso pelos nossos adeptos e jogadores, mas temos de dar passos. É nestes jogos que crescemos."

Estratégia: "O jogo foi mais partido na primeira parte, tornou-se um jogo de transições, temos de ser capazes de criar perigo pelo nosso jogar. Na segunda parte fizemos mais. Depois do golo o Sporting não fez mais remates à nossa baliza, o Sporting acabou encostado. Para caminharmos para o golo temos de ser fiéis aos nossos princípios. Bateram-se como gente grande. O campeonato é longo. Queríamos continuar sem perder em casa mas já estamos com o olhar no próximo jogo". 

Desgaste dos jogadores do Sporting: "Mas os desgastados vieram de charter, não vieram de easyJet. Isso são problemas que eu gostava de ter mas não tenho. O Sporting percebeu que tinha de ser hiper competitivo, tinha de ser forte com bola. O segundo golo sai porque tivemos uma perda de bola e tínhamos dois extremos do mesmo lado. Estávamos fora do setup. Depois acabámos com dois avançados e o Sporting a lutar como equipa grande. Metemos mais meninos lá para dentro. Tenho pena de que tenha sido um jogo demasiado emotivo para todos os intérpretes. Temos de todos de gostar mais de futebol e quem gostar mais de futebol tem de querer que o jogo se respeite na sua continuidade e que chegue ao fim, que se jogue o tempo que se perdeu para que seja justo. Não quer dizer que o final fosse diferente, mas temos de respeitar um jogo que teve muitas paragens, é mais o que me custa porque gostamos de jogar bem". 

Conversa com o árbitro: "É importante caminharmos para um momento mais de comunicação, comunicamos muito pouco, entre nós, os intérpretes do futebol português. Fiquei a saber que os descontos também são influenciados pelo VAR, pensava que era o árbitro que tomava era decisão. Vou ser honesto, achei que cinco minutos podiam ter sido mais. Respeitar o jogo. Saímos daqui tristes para a olhar o futuro. A equipa vai ser melhor."

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