Liga Portugal: Luís Pinto diz que "não vale a pena chorar" penáltis, Peixoto admite "confusão" no final

Luís Pinto
Luís PintoHUGO DELGADO/LUSA

Declarações em conferência de imprensa após o jogo Vitória SC – Gil Vicente (0-0), da 13.ª jornada da Liga Portugal, disputado na segunda-feira, no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães:

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Luís Pinto (treinador do Vitória SC): 

“No final, houve confusão, mas não percebi sinceramente o que se tinha passado. Quanto aos penáltis, não vale a pena chorar no futebol português. Foi um jogo sempre parado, de dois a dois minutos, para proteger quem quer que seja e, no final, acaba por prejudicar quem vem ver os jogos de futebol. Como adepto, não sei se quereria vir ver um jogo de futebol com estas paragens.

A nossa equipa foi tão competente. Não temos de nos desviar do nosso foco. Tivemos algumas oportunidades. Não sei como é que aquela bola do Ndoye não entrou (aos 85 minutos). 

Houve alguns momentos em que nos faltou ter fluidez no nosso jogo. Tivemos algumas oportunidades. Da parte do Gil, não me recordo de sofrer algum calafrio junto da nossa baliza. Faltou-nos ser mais agressivos junto à área, nas zonas de pressão. A equipa foi muito competente e competitiva. Temos de estar felizes pela nossa forma de estar em campo.

A equipa foi resiliente perante as adversidades. Estávamos à espera. Tivemos de ser capazes de ser resilientes. A equipa pode utilizar este momento como um momento para crescer”.

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César Peixoto (treinador do Gil Vicente):

“Foi um jogo difícil, bem disputado, um pouco quezilento, com nenhuma equipa a desmontar as organizações defensivas. Era importante não perdermos e manter a distância, não somando duas derrotas seguidas. Queríamos lutar pelos três pontos, mas, a certo ponto, percebemos que não íamos conseguir. A equipa comportou-se com caráter e entrega e somou um ponto importante.

Houve confusão, mas eu estava lá em baixo a falar com o Santi (Garcia). Quando chego ao balneário, vi que estava a haver confusão. As pessoas da Liga têm de reportar. Temos de ser adultos, de saber perder, de saber ganhar. Quando acaba o jogo, acaba tudo. Quando há jogo, é guerra. As duas equipas querem ganhar. Mas temos de ter cabeça fria para evitar estas situações, porque não beneficia o futebol.

Há coisas que não gostei, há coisas de que o banco do Vitória não gostou (sobre a forma como o árbitro conduziu o jogo). Foi um jogo quezilento. O ambiente ficou mais quente, com duelos mais ríspidos. O Vitória queria muito ganhar este jogo, porque tem pretensões às competições europeias. O empate assenta bem num jogo muito intenso, muito emocional, que, aqui e ali, não foi muito bem jogado. Estes jogos entre duas equipas fortes da Liga acontecem assim. Elogio a minha equipa, porque teve tranquilidade. A equipa soube estar em campo e evitou expulsões. Mostrou um espírito de grupo fantástico.

(A propósito do penálti exigido pelo Vitória SC) Não vi mesmo o lance, senão dava a minha opinião".