"Ontem foi um resultado difícil de aceitar para todos nós. Partilho a frustração dos sócios e adeptos, porque o Benfica tem de estar sempre mais alto. Mas não é com palavras inflamadas que se resolvem os problemas, é com liderança, rigor e trabalho. É tempo de o atual presidente assumir verdadeiramente as suas responsabilidades em mais um fracasso. Já são demasiados fracassos desportivos e erros de gestão que obrigam o Benfica a pagar milhões e milhões de indemnizações a sucessivos treinadores despedidos. A saúde financeira do clube depende da prestação na Champions e do desempenho na Liga. Da minha parte, reafirmo o compromisso de lutar por um Benfica competitivo, forte e capaz de honrar a nossa história. As responsabilidades devem ser exigidas, mas não agora! Agora é tempo de pensar na equipa e no futuro do clube! Mas há uma coisa que não posso deixar passar em claro da noite de ontem. Depois da vergonha que foi a final da Taça de Portugal e da posição, e bem, desta direção, boicotando jogos da seleção na Luz e exigindo uma série de esclarecimentos e ações que a Federação Portuguesa de Futebol nunca se dignou a dar e fazer, Rui Costa achou por bem sentar o presidente da FPF à sua direita. O Benfica tem de se dar ao respeito, e esta direção não se dá a esse respeito", pode ler-se no comunicado.
Recorde-se que o Benfica perdeu com o Qarabag (2-3), na primeira jornada da fase principal da Liga dos Campeões, depois de ter estado a vencer por 2-0 no Estádio da Luz. Na sequência desse resultado, Bruno Lage acabou pro ser despedido.
José Mourinho é o nome apontado ao comando da equipa neste momento. Uma nomeação que surge a pouco mais de um mês das eleições que vão decidir a liderança dos órgãos sociais do Benfica.
A 25 de outubro, os sócios vão ser chamados a votar, sendo que Luís Filipe Vieira é um dos candidatos, tal como Rui Costa. João Noronha Lopes, João Diogo Manteigas, Martim Meyer, Cristóvão Carvalho e Paulo Parreira são os outros candidatos.