A MAG emitiu um comunicado para responder a “algumas dúvidas que têm sido colocadas” quanto ao processo eleitoral, garantindo, desde logo, que o voto presencial em Portugal continental “será sempre físico”, em boletim em papel e mesas de votos espalhadas pelo país.
Nesses casos, o controlo da identidade e da elegibilidade para votar, uma só vez, dos sócios é feito pela digitalização do cartão de sócio e o carregamento online, cruzando com dados em caderno eleitoral digital, num processo “assegurado pela empresa certificadora”.
“Nas Regiões Autónomas e no estrangeiro, o modelo varia consoante a decisão das candidaturas, a tomar apenas após a oficialização das listas (10 de outubro). Se todas as listas estiverem de acordo, aplica-se o voto eletrónico remoto ou supervisionado, operado em plataforma certificada, com autenticação segura e auditoria independente”, pode ler-se na nota.
Este comunicado surge na sequência de uma carta enviada por um grupo de sócios ao presidente da MAG, além de alguns candidatos se terem mostrado contra o recurso ao voto remoto eletrónico, no caso João Diogo Manteigas e João Noronhas Lopes.
No caso de haver oposição de alguma das listas que se apresenta a eleições, esclarece a MAG, “prevalece o voto físico nesses círculos”, no mesmo modelo de Portugal continental.
Como esta decisão será tomada apenas depois de 10 de outubro, data limite para formalização de candidaturas, o Benfica terá a logística “duplamente preparada”.
“Desta forma, no momento da decisão, o clube apenas comunica a modalidade aplicável a cada círculo, assegurando total segurança, transparência e continuidade logística, sem margem para improviso e no respeito pela democracia que funda o Sport Lisboa e Benfica. Sublinha-se, por último, que está a ser preparada a maior operação logística eleitoral de sempre, certificada e auditável”, conclui a MAG.
Grande parte dos esclarecimentos reforça o que tinha já sido comunicado esta semana quanto ao regulamento eleitoral.
O recurso ao voto eletrónico fora de Portugal continental foi contestado publicamente por João Diogo Manteigas e João Noronha Lopes, candidatos à presidência do Benfica, após uma reunião informal com o presidente da MAG, José Pereira da Costa, realizada em 28 de julho.
Rui Costa, presidente do Benfica desde 2021, o empresário Luís Filipe Vieira, que liderou o clube entre 2003 e 2021, o gestor João Noronha Lopes, os advogados João Diogo Manteigas e Cristóvão Carvalho e o industrial Martim Mayer são os seis candidatos assumidos às eleições dos órgãos sociais dos ‘encarnados’ para o quadriénio 2025-2029.