Recorde as incidências do encontro
Dia santo e dia de romaria ao S. Luís. Os adeptos de Farense e Boavista aderiram à chamada, aproveitando o feriado para dar o seu apoio num jogo decisivo para o futuro das duas equipas no campeonato, mas a responsabilidade da partida acabou por influenciar a qualidade (ou falta dela) do jogo.

Em estreia no banco axadrezado, Stuart Baxter desfez o esquema de três centrais e entrou em cena com um 4-3-3 que até começou por criar perigo à baliza de Kaique. Marco van Ginkel (2') apareceu na grande área para cabecear por cima da baliza do Farense.
A resposta imediata prometia um jogo intenso em Faro. Rui Costa (6'), em boa posição, desperdiçou uma ocasião clara para fazer o 1-0. O problema é que nenhuma das equipas conseguiu manter o ritmo na primeira parte.
O jogo começou a ficar mais físico e a ter mais paragens, o que levou Tozé Marreco a reunir as tropas para tentar passar a mensagem que este duelo decisivo precisava, mas o Farense acabou a primeira parte em dificuldades e valeu Kaique, novamente no lugar do lesionado Ricardo Velho, a negar o golo a Joel Silva (40'), num remate do médio axadrezado que ainda desviou em Tomás Ribeiro e obrigou o guardião brasileiro a uma grande intervenção.
Com Seba Pérez no comando das operações, o Boavista pareceu entender melhor a importância do jogo e assumiu essa responsabilidade acrescida, até porque só uma vitória permitia sonhar com a permanência. Apesar do atraso de quase 20 minutos a voltar dos balneários, o Farense não regressou melhor para a segunda parte.

Descontente com a fraca produção algarvia, Tozé Marreco foi ao banco para mexer com o jogo e Yusupha, antigo jogador do Boavista, ainda obrigou Vaclik a uma defesa atenta, mas foi quando o Farense parecia capaz de crescer que Joel Silva (68'), na sequência de um lançamento lateral, adiantou o Boavista no marcador.
Depois de fazer o mais difícil, o Boavista baixou linhas para segurar três pontos que podem ser decisivos para a luta pela permanência. Marco Matias (71') acertou no poste quase de imediato, na sequência de um livre, e os algarvios carregaram para tentar pelo menos chegar ao empate, mas Stuart Baxter, que já foi campeão com o pior ataque do campeonato na Suécia, aplicou a sua fórmula e o Boavista mantém vivo o sonho da permanência.

Homem do jogo Flashscore: Joel Silva (Boavista)