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Depois de um arranque de temporada vitorioso, a saída súbita de Ruben Amorim, a escolha que se revelou errada de João Pereira e a onda de lesões, que apanhou o super herói Viktor Gyokeres, praticamente afastaram o sonho do Sporting de finalmente voltar a festejar dois campeonatos seguidos.
A partir de março, Rui Borges finalmente tomouas rédeas da equipa e, com um viking Gyokeres mais forte do que nunca, os leões praticamente venceram tudo e todos e, na sequência de uma igualdade preciosa no Estádio da Luz (1-1), festejaram o título na última jornada em Alvalade, na 34.ª e última jornada, após baterem o Vitória de Guimarães, por 2-0.
Com 39 golos, incluindo o que confirmou o título da Liga, Gyokeres foi claramente a personagem principal do enredo leonino e certamente irá de novo vencer o Óscar de melhor ator da Liga, mas o filme teve outras excelentes interpretações.

Nesta sequela, o dinamarquês Morten Hjulmand foi o escolhido para substituir Sebastián Coates no papel de capitão e cumpriu essa função praticamente na perfeição, fazendo esquecer o uruguaio.
Trincão, entre altos e baixos, também foi determinante na caminhada leonina, que contou com a estreia ambiciosa do novato Quenda, de apenas 17 anos, nos grandes ecrãs, que o fez logo garantir um lugar na Premier League a partir de 2026, pela porta do Chelsea.
Como é usual num filme de Hollywood, tudo começou às mil maravilhas para o Sporting, com Ruben Amorim a fazer juras de amor por uma temporada, com 11 vitórias seguidas - e algumas goleadas pelo meio - no arranque da Liga, cinco pontos de vantagem na liderança e um Viktor Gyokeres a marcar a tudo e a todos.
Tudo parecia perfeito no caminho para o bicampeonato até Ruben Amorim se apaixonar, em novembro, pelo Manchester United e decidir partir de Alvalade para rumar a Inglaterra, deixando o Sporting totalmente desamparado.
João Pereira, até então ao leme da equipa B, foi o escolhido para entrar em cena, mas durou apenas quatro jogos, tendo somado duas derrotas, um empate e apenas um triunfo.
Foi preciso ir a Guimarães buscar o terceiro treinador da época, com Rui Borges a estrear-se logo com uma vitória sobre o Benfica, em Alvalade (1-0), na despedida de 2024, mas o arranque do novo ano acabaria por ser penoso.
Sem nunca se saber publicamente do seu real problema, Gyokeres esteve dois meses a coxear, num plantel verde e branco que passou a ter uma enfermaria cheia, em que já estava Pedro Gonçalves, que chegou a estar seis meses afastado para regressar na parte final da temporada.

Janeiro e fevereiro, com quatro empates pelo meio, praticamente deixaram os adeptos do Sporting com poucas esperanças de voltar a festejar a revalidação do título, mas os leões, com Gyokeres vigoroso com nunca, renasceram das cinzas em março e acabaram por ser dominadores.
Foram nove vitórias em 11 jogos, com o sueco a assinar 16 golos nesse período, que deram ao Sporting o final feliz desta longa-metragem, que ainda teve direito ao bónus de fazer a festa em Alvalade, afastando o seu maior rival histórico do título.